Real Love

Chapter Thirteen

Estado de Iowa, 27 de abril de 2016

Tobias

21:28 P.M.

- Ok, ok - digo. - Primeiro, quem é você?
A garota se senta, tirando sua pequena mochila das costas.
- Meu nome é Joanna, sou irmã gêmea da Juanita, ou como vocês chamam, Nita.
- Nita não nos falou de nenhuma irmã gêmea - diz Eric.
- Bom, eu estou aqui. Acho que a semelhança é bem óbvia.
- E como você nos achou? E como nunca soubemos da sua existência? - pergunta Shauna.
- Juanita nunca gostou de mim. Eu era... uma vergonha, para a "imagem" dela. Eu morava com meu pai, e ela com minha mãe na cidade. Ela nunca falou de mim, ou pelo menos me ligava, nada. Quando esse apocalipse começou, eu tentei achá-la, mas então eu vi ela com vocês, e os fui seguindo. Eu vi ela morrer, e fui andando, sem rumo, até achar essa casa, e vi vocês, então pensei : "Por que não?". E aqui estamos.
Todos a olham desconfiados. Ela é realmente a cara da Nita. Os olhos, o cabelo, a boca, tudo. Realmente, ela parece um clone da Nita.
- Pra sabermos se você é realmente irmã dela, preciso fazer uma pergunta importante - diz Uriah.
- Pode dizer.
- Seus peitos são grandes?
- URIAH! - Grita Marlene. O resto de nós cai na gargalhada.
- O quê? - diz Uriah, dando de ombros. - Se lembra da foto da Tris? Nita quase nem tinha peito. Pode ser uma prova.
- Isso faz sentido - diz Tris.
- Meu Deus! Vocês são desconfiados hein! Meus peitos são grandes, sim.
- Posso pegar?
- PARE DE SER SAFADO, URIAH! - Grita Marlene de novo. Acho que o feitiço virou contra o feiticeiro.
- Não quero comer ela, Mar, só quero testar uma coisa, posso?
- Huuum... tá, vai em frente.
Quase como um ginecologista, Uriah vai até Joanna e aperta seus seios. Ela faz uma careta de dor.
- Ela não é a Nita - anuncia ele.
- Agora que o momento "Peguem nos peitos da Joanna" passou, posso comer? - pergunta Joanna. - Ou vocês querem que eu vá embora?
- Imagina Joanna, pode ficar - diz Susan. - Vem, vamos para a cozinha. Depois você vai tomar um banho, e vou achar um lugar para você dormir.
Susan. Boazinha como sempre (N/A: "Uma vez Careta, sempre Careta" Lispector, Peter. Pensador contemporâneo).
Me dirijo até um quarto, e Tris me segue. Entro e tiro minha camisa, me deitando na cama. Quando Tris entra, se assusta.
- Precisa mostrar toda a sua gostosura? - pergunta ela, fazendo uma cara de nojo ao dizer "gostosura".
- Então, a senhorita me acha gostoso?
Tris revira os olhos.
- Não force a barra, Tobias.

28 de abril de 2016

12:16 P.M.

Quando acordo, Tris não está mais no quarto. Me levanto, lavo meu rosto e pego a mesma camisa de ontem. Ela está um pouco amassada por ter ficado no chão, mas dá pro gasto.
Assim que piso na sala, vejo que todos estão todos na grande piscina da casa. Por que, é super normal ter um apocalipse de zumbis e você aproveita uma piscina, super na boa.
- Aê Tobias! Chega mais mano! - Grita Zeke, com certeza bêbado. Ele nunca fala a palavra "mano".
- Hum, não, valeu! - grito de volta. - Acho que vou dar uma caminhada.
Ele dá de ombros.
- Você que sabe, mano!
Lá vem ele com " mano " de novo.
Começo dando uma volta pela floresta. Vou olhando atentamente cada detalhe por onde eu passo, para o caso de eu me perder, saber voltar depois. Como a natureza pode ser bela, se olhar bem. Esse verde da floresta é realmente muito lindo.
De repente, ouço um grito. Um grito de mulher. Corro na direção do som, tentando ver por entre os arbustos. Mais um grito, mas dessa vez ela pede por socorro. Eu reconheço essa voz.
Tris.
Corro mais rápido. Tris continua gritando por socorro. Estou chegando! Penso. Eu vou te salvar.
A cena é horrível.
Tris está deitada sobre uma pedra, as pernas para cima, suas roupas completamente rasgadas, seu lindo rosto vermelho. Suas mãos estão presas por uma corda, e ela chora e grita.
E o pior. Eric está tentando estuprá-la.
- TOBIAS! - Grita ela assim que me vê.
Eric gira o corpo, mas é tarde demais, pois lhe dou um chute nas costas (lê-se voadora). Ele cai de cara no chão, e subo em cima dele. Desconto toda a minha raiva em seu rosto, lhe dando vários socos. Seu sangue espirra por todo o lado. Quando ele está quase inconsciente, me levanto e chuto primeiro suas costelas, depois sua barriga, e por último o meio de suas pernas. Eric berra de dor e tenta se levantar, mas não consegue. Então, ele se arrasta para longe.
- QUANDO EU TE VER DE NOVO, ACABO COM A SUA RAÇA SEU FILHO DA PUTA! - Berro para ele.
Agora que estou vingado, volto minha atenção para Tris.
Ela ainda está chorando. Faço ela se sentar, e arrebento as cordas que a prendiam. Ela me abraça, soluçando.
- To... Tobias... foi... foi horrí... horrível - diz ela.
- Ei, já passou - digo, acariciando seus cabelos. - Estou aqui, e nunca vou sair do seu lado. Nunca.
- Me pro... promete? - sussurra ela.
- Prometo. Ele não... você sabe...
Ela nega com a cabeça.
- N-não. Você chegou bem na hora.
Um alívio se instala em meu peito.
- Graças a Deus. Vem, vamos lavar esse rosto... e minhas mãos.
A conduzo até um pequeno riacho que tem por perto. Lavo minhas mãos, e a ajudo a lavar o rosto. Infelizmente, minha camisa vai ficar manchada com o sangue daquele cretino.
- Obrigada, Tobias - diz Tris, com a voz meio fraca. - Se não fosse por você eu nem sei...
Seguro sua mão delicadamente. Ela está gelada e tremendo.
- Tris, eu sempre vou estar com você, ao seu lado. Mesmo com nós sendo inimigos. Eu não me importo mais se você pregar peças em mim. Eu realmente não vou ligar. E sabe o porquê?
- Não...
A olho nos olhos. Chegou a hora.
- Tris Prior, eu te amo.
Sem pensar duas vezes, a beijo.
No começo, ela parece resistir, mas aos poucos vai se entregando completamente. Seus braços deslizam pelos os meus ombros, e a puxo pela cintura, aprofundando o beijo. Cada vez que ela me toca, é como se mil descargas elétricas percorressem o meu corpo. Tris é a garota dos meus sonhos.
Terminamos o beijo com um selinho. Tris cola sua testa na minha, e ficamos nos encarando por alguns segundos, completamente sérios.
Então vejo um sorriso minúsculo surgir no canto de sua boca.