𝟎𝟎𝟑 ☆ ʲᵘʲᵘᵇᵃˢ

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𝐙𝐎𝐌𝐁𝐈𝐅𝐈𝐄𝐃𝟎𝟎𝟑 ☆ ʲᵘʲᵘᵇᵃˢ

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𝐙𝐎𝐌𝐁𝐈𝐅𝐈𝐄𝐃
𝟎𝟎𝟑 ☆ ʲᵘʲᵘᵇᵃˢ

𝐊𝐀𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍𝐄 𝐋𝐄𝐍𝐈𝐕𝐘 ☆ ⁿᵃʳʳᵃⁿᵈᵒ

Não sei ao certo quantos dias haviam se passado. Uma semana, talvez. Calendários eram inúteis e a contagem de dias não era feita com precisão. Já me acostumei com o grupo. Sabia o nome de todos e fui acolhida muito bem por todos, mesmo com a escassez de recursos. Bom, quero dizer — quase todos. Carl passava a maior parte do nosso tempo em grupo me olhando torto, ou simplesmente saia do cômodo quando eu chegava. Quando isso acontecia, Beth me dizia para ter paciência. Ninguém falava muito do que tinha acontecido antes de eu chegar aqui, mas certas coisas não me precisavam ser explicadas ao pé da letra. O bebê... a pequena Judith que Beth cuidava, a mãe do Carl faleceu no parto. Foi recente e o ânimo de todos estava baixo. Bom, falando sobre a Beth, eu já gostava muito dela. Era uma garota gentil e simpática que não tinha obrigação nenhuma de cuidar de mim ou da Judith, e mesmo assim, ainda fazia isso. Eu ganhei uma das celas para dormir sozinha, serviam como quartos, apesar do espaço apertado. E era perto da cela da Beth. Mesmo assim, estava tendo dificuldades para pegar no sono todas as noites. Os pesadelos em relação ao cadáver da minha mãe me faziam acordar várias vezes durante as noites, com o coração acelerado e o corpo tremendo.

Balancei a cabeça para tentar tirar as lembranças da minha mente. Toda vez que eu ficava parada assim, aquelas imagens voltavam sem pedir permissão. Tentei focar meus olhos na visão do Daryl na minha frente mexendo em alguma coisa na moto dele. Eu estava sentada numa arquibancada na parte externa da prisão, onde os presos costumavam tomar sol. Daryl que me disse isso. Como ele sabe? Não faço ideia.

Você não precisa viver grudada em mim — Daryl rompeu o silêncio que nos cercava e dirigiu um olhar para mim, com uma sobrancelha levantada. Ele estava abaixado, com um joelho contra o chão, umas ferramentas e um pedaço de tecido nas mãos. O ar a nossa volta tinha cheiro de gasolina e graxa.

— Mas eu gosto — Respondi praticamente no automático, dando de ombros. Balançava meus pés para frente e para trás pois não tocavam na arquibancada de baixo. Daryl soltou um bufo.

Daryl era legal, eu gostava dele. Ele era meio cabeça quente quando o grupo tinha alguma discussão, mas quando eu ficava sozinha com ele, a gente apreciava nossos momentos de silêncio juntos. Bom, eu não sei se ele gosta de ficar comigo tanto quanto eu gosto de ficar com ele, mas ele nunca reclama. A moto de Daryl era bem maneira, e durante esses dias eu tinha me acostumado com o barulho dela. Ele sai com ela direto pra fora das cercas, diz que vai caçar ou procurar alguma coisa útil, não gosta de ficar muito tempo aqui na prisão, eu entendo. Mas ele nunca me deixa ir junto. Aliás, ele não tava me deixando colocar um pé pra fora das cercas. Daryl meio que tava sendo responsável por mim, junto com a Beth, porque eu não tinha um familiar aqui, igual o Carl tem o Rick. Mas tá tudo bem, Daryl e Beth cuidam bem de mim. Eu gosto deles.

𝐙𝐎𝐌𝐁𝐈𝐅𝐈𝐄𝐃 ☆ ᶜᵃʳˡ ᵍʳᶦᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora