𝟎𝟏𝟓 ☆ ᶠᵒᶠᵒᶜᵃˢ

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𝐙𝐎𝐌𝐁𝐈𝐅𝐈𝐄𝐃𝟎𝟏𝟓 ☆ ᶠᵒᶠᵒᶜᵃˢ

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𝐙𝐎𝐌𝐁𝐈𝐅𝐈𝐄𝐃
𝟎𝟏𝟓 ☆ ᶠᵒᶠᵒᶜᵃˢ

𝐓𝐄𝐑𝐂𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀 ☆ ⁿᵃʳʳᵃⁿᵈᵒ

Katherine Lenivy nunca pensou que poderia fazer amigas depois que o mundo como ela conhecia tinha chegado ao fim. Ainda se recordava com carinho das amizades que fez quando estava na escola. Das memórias de sentar junto nos intervalos, dividir lanches, rir depois de alguém congelar o cérebro comendo sorvete rápido demais nas férias de verão, e da sensação de empolgação que ela sempre tinha quando saia pra andar de bicicleta com os filhos do vizinho nos dias quentes. Mas tudo aquilo havia ficado para trás. Assim como a criança que ela tinha sido um dia.

Três meses tinham se passado desde que os novos residentes vindos de Woodbury chegaram na prisão. O verão foi embora sem se despedir, e o outono chegou sem pedir licença. Katherine não contava os dias, mas sabia obviamente distinguir as estações do ano. Com a chegada da temporada que cobria o chão de folhas alaranjadas, ela tinha consciência que seu aniversário de quatorze anos já tinha passado. Katherine fazia aniversário bem no meio do verão norte-americano. Especificamente no dia vinte e cinco de julho, e com a passagem da estação que regia seu aniversário, significava também a passagem da data. Fazer aniversário no verão para ela sempre tinha sido legal. Bem no meio das férias, ela podia ir para a praia com os pais, brincar em parques aquáticos, tomar sorvete depois do jantar e fazer guerrinha de balões d'água por cima da cerca com os filhos do vizinho. Ela tinha sido uma criança feliz. Pelo menos, na maior parte do tempo.

E agora, ela já não se sentia tão sozinha. A vida na prisão estava dando certo. O solo fértil entregava boas colheitas e os animais que eles criavam serviam para a comunidade, que tinha crescido. Mais partes da prisão foram limpas para abrigar os novos residentes, e naquele intervalo de três meses, Kate descobriu que ela e Carl não eram os únicos adolescentes que sobreviveram ao fim do mundo. Garotas tinham uma certa necessidade de andar em bandos depois de entrarem na adolescência, e Kate finalmente pôde se sentir um pouco menos sobrevivente-desastrosa-pós-apocalíptica e mais como uma simples garota que gostava de ficar acordada até tarde abafando risadas contra o travesseiro.

Numa das celas do segundo andar do bloco C, a cortina de tecido verde clara, cuja a estampa de florzinhas amarelas já estava desbotada pelo tempo, balançava suavemente, mas não era o suficiente para abafar as risadinhas femininas que vinham lá de dentro. Reunidas num círculo improvisado, as cinco garotas de idades diferentes conversavam entusiasmadas como se fosse a hora da fofoca.

— Vamos, Jenny. Você é a mais velha aqui, conta pra gente como que é... — Anna Parkson, a garota sentada em cima de um banco improvisado feito de uma velha caixa de madeira que em alguma outra época servia de transporte para fardos de suco de maçã, pediu se inclinando para a frente. Seu cabelo loiro curto caiu na frente do rosto quando ela fez isso.

𝐙𝐎𝐌𝐁𝐈𝐅𝐈𝐄𝐃 ☆ ᶜᵃʳˡ ᵍʳᶦᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora