𝐎𝐍𝐃𝐄 Daryl Dixon resgata uma garotinha perdida na floresta, que anos depois, se revela como sendo a filha de um terrível inimigo no caminho deles.
𝐎𝐔 onde Kate usou o sobrenome de solteira de sua mãe depois de pensar que Negan tinha a abandona...
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𝐙𝐎𝐌𝐁𝐈𝐅𝐈𝐄𝐃 𝟎𝟏𝟑 ☆ ᵖʳᵉᵖᵃʳᵒˢ
𝐊𝐀𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍𝐄 𝐋𝐄𝐍𝐈𝐕𝐘 ☆ ⁿᵃʳʳᵃⁿᵈᵒ
O carro balançava levemente na subida da ladeira de cascalhos para dentro do pátio da prisão. Da qual Maggie já tinha aberto o portão para nós e nos esperava lá em cima. Michonne dirigiu desviando dos zumbis pelo caminho, e assim que ela estacionou, Maggie fechou o portão. Eu abri a porta do meu lado e desci do veículo, logo notando duas figuras paradas do lado do portão. Daryl e Beth. E ela veio rapidamente na minha direção assim que eu fechei a porta atrás de mim. Beth segurou minhas mãos e começou a me verificar com os olhos, querendo ter certeza que estava tudo bem comigo. Sua preocupação comigo era cativante. Não me lembrava da última vez que alguém se preocupou assim comigo — a não ser, claro, minha mãe.
— Como foi lá? Foi ferida? Você obedeceu? Ocorreu tudo bem? — Ela me bombardeou com várias perguntas das quais eu nem tive tempo direito pra pensar e formular qualquer resposta. Beth puxava as mangas da minha camisa em busca de algum ferimento.
— Ei, Beth. Deixa a menina respirar — Daryl se aproximou de nós duas e cruzou os braços. Ele tinha esse jeito de fingir que não se importava, mas eu sorri quando olhei para ele. Sabia que ele se importava.
— Estou bem, conseguimos muitas armas — Apertei as mãos da Beth de volta pra transmitir confiança com a minha resposta, e ela concordou com a cabeça. Ainda acrescentei, só pra tirar aquela preocupação dela. — E eu não me machuquei.
— Carl cuidou de você? — A pergunta da loira não foi exatamente direcionada a mim, mas para a figura do menino de chapéu que tinha parado ao meu lado.
Carl olhou para ela, então depois para mim — notei que ele abriu um sorrisinho ladino de cumplicidade —, e depois se voltou outra vez para a Beth.
— Cuidamos um do outro — Ele respondeu.
— Tsc — Daryl bufou. Ele tinha uma sobrancelha levantada e um olhar todo desconfiado que quase me deu vontade de rir. Ele ia surtar se soubesse da aventura que eu e o Carl nos metemos sozinhos por uma foto da família dele para a Judith. — Aposto que deram trabalho.
— Não, eles foram muito corajosos — Michonne falou um pouco mais atrás, nos fazendo virar para olhá-la. Ela tinha parado momentaneamente de tirar as armas do porta–malas do carro com o Rick e a Maggie só pra falar isso, e quando olhou para eu e o Carl, a mulher abriu um sorriso e piscou o olho esquerdo.
☆
Os dias seguintes foram marcados por uma tensão silenciosa que se aproximava pelas beiradas. A sensação que me dava era de que a gente tentava atravessar em uma corda bamba num lugar tão alto que era impossível de enxergar o chão. Todos estavam se preparando de alguma maneira. Contando quanto de comida a gente tinha, armas, munições. Rick separava funções, montava sempre as vigias, intercalando quem ia ficar de guarda lá fora. Não fazia muitos dias que ele tinha tido um encontro com o Governador, que foi conseguido graças à Andrea. Daryl e Hershel tinham ido junto. Era a nossa última esperança de que um acordo pacífico fosse feito, e que o trio retornasse com boas–novas. Mas infelizmente não foi isso que aconteceu. Quando voltaram para a prisão, Rick nos contou como foi. O Governador não queria acordo nenhum. Queria confronto. Era tão assustador, vivíamos num mundo dominado pelos mortos–vivos e a única comunidade que conhecemos tinha um líder que queria acabar com o nosso grupo. Sabe, eu costumava ler sobre isso nas aulas de história. Sobre as civilizações antigas que eram hostis umas com as outras. Tipo os habitantes de Atenas e os Espartanos, que duelavam pelo domínio da Grécia na antiguidade. Não dava para imaginar que com o fim da sociedade como a gente conhecia, isso ia acontecer de novo.