𝐎𝐍𝐃𝐄 Daryl Dixon resgata uma garotinha perdida na floresta, que anos depois, se revela como sendo a filha de um terrível inimigo no caminho deles.
𝐎𝐔 onde Kate usou o sobrenome de solteira de sua mãe depois de pensar que Negan tinha a abandona...
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𝐙𝐎𝐌𝐁𝐈𝐅𝐈𝐄𝐃 𝟎𝟏𝟎 ☆ ᵖᵃˡᵃᵛʳᵃˢ ᵈᵉ ᶜᵒⁿᶠᵒʳᵗᵒ
𝐊𝐀𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍𝐄 𝐋𝐄𝐍𝐈𝐕𝐘 ☆ ⁿᵃʳʳᵃⁿᵈᵒ
A manhã chegou como uma explosão de nervos entre o grupo. Assim que eu acordei, Beth já estava praticamente na minha porta me pedindo para pegar a Judith um pouco para ela. Não estava entendendo nada até sair da cela. Nosso grupo estava todo reunido no centro do bloco de celas, discutindo se devíamos sair da prisão ou se íamos ficar e defender nossa casa. Beth me entregou a Judith nos braços e eu peguei a bebê com cuidado, porque até mesmo a garota loira estava nervosa e queria se fazer ser ouvida — e acredite, quando a Beth ficava nervosa, era por alguma coisa muito grande. Nosso grupo estava dividido entre aqueles que achavam melhor sair enquanto havia tempo, e a outra parte insistia em ficar. Hershel, Glenn e Rick eram o centro daquela discussão. E o Merle, o irmão do Daryl, não ajudava em nada ao colocar ainda mais lenha na fogueira, falando sobre o Governador. Ele tinha sido parte do grupo inimigo, sabia mais ou menos como eles funcionavam, e suas palavras só serviam para deixar o resto ainda mais nervoso.
Glenn, principalmente, estava nervoso com isso. Ele não estava nem um pouco contente com o Merle aqui dentro e considerando o que ele e a Maggie passaram com o grupo inimigo por causa do Merle, era completamente compreensível. Rick deu as ordens por enquanto, colocou vigias lá fora. Embora todo o campo estivesse agora tomado por zumbis e pelo que estavam falando, não havia poder de fogo suficiente pra combater os mortos no momento.
Quando tudo se acalmou minimamente e cada um foi designado para suas respectivas funções, a Beth também tinha se armado e todos estavam meio tensos, como se esperassem alguma coisa ruim. Não consegui falar direito com ela, apenas o essencial sobre a Judith. Tipo, os horários de mamadeira e trocas dela. Daryl estava quieto demais na cela dele quando eu cheguei em sua porta. Ele se encontrava inclinado na cama, afiando a ponta de uma flecha com um canivete.
— Eu não consegui dizer antes — Me apoiei com as costas contra a batente da porta, com a Judith entre os meus braços. Os olhinhos dela estavam atentos em nós dois. Daryl levantou o olhar quando eu comecei a falar. — Mas tô feliz que você voltou.
— Acho que você deixou isso bem claro quando me deu aquele soco — Sua voz era arrastada e rouca como sempre, mas havia um tom divertido lá no fundo que me fez abrir um sorriso.
— Não fica bravo com aquilo, foi uma reação totalmente emocional — Respondi um pouco mais leve, me atrevendo até a fazer uma brincadeirinha. — Prometo.
— Não tô bravo — Daryl respondeu após soltar um breve "tsc".
Judith decidiu resmungar baixinho logo nesse momento e eu ajeitei ela um pouco melhor nos meus braços. Via a Beth segurando a bebê por horas sem reclamar, mas a verdade é que Judy crescia rápido e começava a ficar pesadinha conforme as semanas passavam. O tecido da roupinha dela raspou no arranhão do meu cotovelo, feito na noite anterior depois daquela fuga da biblioteca com o Carl, e eu resmunguei um "ai" que acabou chamando a atenção do Daryl. Ele então olhou para a direção que eu olhava.
