Hello, my angels! Esse é o bônus da Achyle que eu prometi - dã! - Espero que gostem dele.
A foto na mídia - se tiver ficado - é da Achyle, certo?
Beijos!
***
Tenho aversão a humanos.
Certo, estou exagerando. Seria mais simples dizer que detesto 99% dos humanos do planeta terra e de qualquer dimensão paralela existente. Claro que a maioria das crianças pequenas se salvaria se eu não detestasse ouvi-las chorando, o que infelizmente acontece com muita frequência.
A maioria das pessoas que me agradam fazem parte de minha carreira de atriz. Gosto de boa parte do elenco e da equipe de filmagem da série que estou participando no momento, cujo nome é "Adoro odiar você". Eu sei, o nome parece clichê, mas de certo modo também é perfeito. A mocinha – eu. – realmente odeia praticamente todo mundo e o nome da série é minha frase de efeito.
Ela não é o típico clichê, no qual a protagonista parece odiar o mocinho desde o começo e de uma hora para outra eles acabam se envolvendo, amorosamente falando, ao contrário, nem temos um mocinho definido ainda. Tivemos um garoto na primeira temporada, mas então a Alison – minha personagem. – se mudou com a família para outra cidade e agora temos outro mocinho. Sou a peça central, detesto praticamente todos na ficção – de um jeito engraçado, óbvio. – e o melhor de tudo é que nem preciso me esforçar para criar uma personalidade, porque Alison e eu não somos nem um pouco diferentes. Digo, a não ser por um único detalhe: ela vai terminar com um dos garotos que ela odeia, no final da série. Felizmente só teremos um protagonista definitivo quando – de acordo com o diretor. – encontrarem o cara perfeito. O que nunca vai acontecer. Porquê? Simples, não existem mais caras perfeitos por aí, são todos um pé no saco. Um em especial...
Simplesmente não acredito que acabei de conhecer aquele sujeitinho insuportável e ele já está no topo da minha lista negra.
Gavin.
Ah, Samuel, mais tarde você me paga por ter me deixado sozinha com aquele garoto metido e irritante, que se acha o último oásis do deserto.
Abri meu notebook em cima da cama e entrei no google, uma das piores armas inventadas pelo homem e um dos meus amigos mais íntimos quando eu quero descobrir algo sobre alguém que odeio. Digitei seu nome apenas para me lembrar de que não sabia seu sobrenome e o apaguei novamente.
Droga!
Se eu procurar apenas pelo nome Gavin e ele não for ninguém muito importante, a pesquisa abrangerá dados insignificantes demais. Milhares de guias diferentes.
Meu celular começou a tocar Burn It Down de Linkin Park sobre a mesa do meu computador e tropecei para fora da cama, o apanhando e atendendo sem nem mesmo olhar o nome que piscava no visor.
– Oi, ingrato. – atendi.
– Parece que não está de bom humor – disse Samuel. –, embora isso não me surpreenda nenhum pouco. Gavin disse que eu deveria te ligar. Quer me dar broncas ou o quê?
– Isso pode esperar! Qual é o sobrenome daquele príncipe encantado do inferno?
– Gavin? – questionou confuso.
– Existe algum outro infernal neste prédio? – indaguei ironicamente.
– Bem, eu não sei qual é o sobrenome dele. Imagino que seja Sharpe, já que este é o de Heather. Mas posso estar errado.
– Certo, posso lidar com isso. – voltei a cama e digitei "Gavin Sharpe" no google e pressionei buscar. Muitas guias apareceram, até mais do que eu gostaria. A família Sharpe parecia ser famosa.
– Droga! – xinguei baixinho.
– O que foi? – Samuel perguntou. – Ainda está brava comigo por causa de Gavin?
– Estou brava por aquele garoto existir. Ele me tira do sério e agora está dificultando minha vida!
– O quê?
– Nada. Diga-me, o que tinha na cabeça quando decidiu fazer a mim e a ele cruzarmos o caminho um do outro?
Poderia imaginá-lo dando de ombros do outro lado da linha.
– Eu queria achar a Heather, nada mais.
– Você me deve uma.
– Duas, se você aceitar meu pedido.
– Que pedido? – perguntei desconfiada.
– Hoje é o aniversário da Heather e nós vamos sair, mesmo que ela não tenha realmente concordado com isso. Quero que seja apenas um encontro de amigos, nada que a afaste de mim, por isso Gavin e Wendy concordaram em ir junto... e você vai com a gente.
– Eu o quê?!
– Você pode fazer isso por um amigo, não pode?
– Eu acho que preciso descobrir como, em nome de Jesus, você consegue fazer parte do um por cento da população mundial da qual eu gosto.
– Posição privilegiada por sinal.
– Ainda bem que sabe disso, espertinho. Eu posso até ir, mas isso não significa que vou ficar de papo com alguém e se Gavin me irritar, ou Heather for uma patricinha chata como minha prima, vou embora sem pensar duas vezes!
– Heather não é como Ariela.
– Acho bom mesmo.
– Mas não posso prometer a parte sobre Gavin. Parece que até ouvir o nome dele te irrita.
Bufei correndo os olhos pela página e abri a guia de um jornal italiano, me deparando com a seguinte coluna:
"Modelo e ator Gavin Feliphe S. Salvatore faz campanha de divulgação beneficente para o auxílio de crianças carentes."
Abaixo tinha uma foto dele sentado entre algumas crianças. Gavin estava sorrindo e não olhava para a câmera, mas sim para um garotinho. Não tinha sido uma foto planejada, pegaram-no de surpresa e ele aparentemente não se importava com isso, ao contrário, parecia a vontade, como se estar diante das câmeras não modificasse o seu comportamento em nada. Mas é lógico que aquele não era ele de verdade. O Gavin que conheci não perde tempo em dar em cima de uma garota e tem quase sempre uma expressão presunçosa no rosto. O da foto tinha a expressão tão inocente quanto a das crianças ao seu lado.
Claro, ele parecia alguns anos mais novo ali...
Mas, bem, parece que somos colegas de profissão. Merda.
Fechei o notebook com força, me negando a acreditar que tinha a sensibilidade de um artista dentro daquele garoto.
– Achyle? Você está me ouvindo?
A voz de Samuel me tirou de meu devaneio.
– O quê? – não pude ocultar o ácido em minha voz, meu humor havia azedado.
– Aconteceu alguma coisa?
– Acho que estou retirando a minha palavra sobre aceitar ir com vocês.
– Absolutamente não. Você não vai passar o seu dia de folga das gravações trancada dentro de casa, vai com a gente. Vai ser divertido, confie em mim.
Bem, conheço Samuel desde que iniciei o ensino médio e ele nunca esteve errado sobre algo. Mas para tudo tem uma primeira vez. Se eu for, ou mato Gavin Phelipe, ou será ele quem vai me matar... de ódio. Talvez eu consiga fazer da vida dele um inferno ao ponto de ele não querer nem mesmo se aproximar de mim. Seria divino.
E foi por isso que me vi respondendo:
– Tudo bem, Samuel.
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Loucamente Apaixonada [Completo]
HumorHeather sempre teve tudo que o dinheiro poderia comprar: Bolsas, sapatos e roupas de grife. Mas nunca teve o amor dos pais, que preferiam passar seu tempo em algum lugar do Atlântico do que com a filha. Disposta a começar uma nova vida, ela se muda...