Para Sempre

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Ai, meus Deus! Me perdoem, sim? Acabei me distraindo com outras coisas e não deu para postar o que prometi ontem. Sou péssima em cumprir promessas! Vou tentar melhorar. Espero que esse capítulo compense ;)
Nos vemos lá embaixo novamente pois eu tenho explicações a dar. Boa leitura!

☆☆☆

-- Sim, pai. Eu já falei com a Helen -- falei tentando não trincar os dentes, agarrando o celular num aperto mortal. -- Sammy está me levando para a casa dele agora.

-- Como você está? -- perguntou preocupado.

Como estou? Me sentindo acabada. Tendo total certeza de que minha mãe é um lixo total. Estou com vontade de gritar e chorar até cair no sono. Mas é claro que escolhi a opção de fechar todos esses sentimentos e as vontades dentro de uma caixinha a sete chaves. Exceto pelo aperto no meu celular, eu era a figura da calma.

-- Não precisa se preocupar, pai -- garanti.

Claro que na maioria das vezes em que alguém diz isso, há algo com o que se preocupar na verdade. E ele parecia saber disso.

-- Filha, o que aconteceu? -- questionou.

Suspirei. Se há alguém que eu não posso enganar, é ele, aparentemente. E Sammy.

-- Nós discutimos feio. Quero dizer, não foi exatamente o que pode se chamar de discussão do tipo, pessoas gritando e partindo para a agressão física, mas foi intenso. E eu a chamei de vadia miserável.

Ouvi o som repentino de tosse, como se ele tivesse se engasgado com algo, então a linha ficou em silêncio por alguns segundos.

-- Pai? -- chamei, franzindo a testa em confusão. -- Pai?

Pigarreou.

-- Helen deve estar cuspindo fogo -- disse ele.

-- Ela vai ter que superar. Aliás, acho que ela lidou melhor com os xingamentos do que com o Sammy. Depois de tudo que ele disse, eu no lugar dela procuraria um buraco para enfiar minha cara.

Ele resmungou.

-- Imagino. Sei por experiência própria que esse garoto tem a língua afiada.

Sorri embora ele não pudesse ver.

-- Acho que tem uma história por três disso aí. Sobre o que andaram conversando?

-- Nada demais -- disse sério e por algum motivo isso me fez desconfiar ainda mais.

-- Aham. Claro. Pai, eu vou desligar agora, tá bom?

-- Certo. Vou lhe buscar a tarde.

-- Beijo, pai.

Desliguei e olhei para Samuel. Desde que saímos da presença da minha mãe a raiva dele parecia aumentar a cada instante que se passava. Suas mãos seguravam o volante com tanta força que os nós de seus dedos estavam brancos e sua postura era rígida no assento. Eu não sabia o que dizer para quebrar aquela tensão, por isso permaneci em silêncio o restante do caminho todo até sua casa.

***

-- Não minta para si mesma, Heather. Nem para mim. Você não está bem -- foram as primeiras palavras que ele disse após termos chegado.

E isso apenas depois de termos subido para o seu quarto, onde ele indicou que eu me sentasse na cama e se recostou na porta fechada, com os braços cruzados, de onde me encarou por alguns segundos.

Eu sorri.

-- É claro que eu estou, afinal, nada disso é grande coisa, é? Já sabíamos que Helen era uma cadela. Não tem porque me chatear mais ainda com isso.

Loucamente Apaixonada [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora