Oi, gente! Sei que demorei, mas nunca consigo postar nas férias e a internet que uso é horrível! Então tenham um pouco de paciência comigo. Já voltei as aulas, então as postagens (ironicamente) Serão mais frequentes.
Beijos meus anjos, e até a próxima.
***
– Acho que você pegou muito pesado com seu primo. – Charlote disse logo depois que terminei de resumir minha vida inteira. Essa proeza tinha sido realizada em mais ou menos cinco minutos.
– Eu peguei pesado? – questionei franzindo a testa. – Charlote, os pais dele tem dinheiro suficiente para comprar esse maldito prédio inteiro e minha mãe teve que empurrá-lo justo para o meu apartamento? Isso não é um pouco invasivo demais?
– Querida, ele só quer cuidar de você.
Bufei.
– Desculpe-me, mas eu não penso assim. Amo Gavin, sério, amo mesmo, mas ele é mandão, folgado e adora me atormentar a cada respiração, então ninguém pode me culpar por não recebê-lo com um sorriso estampado no rosto.
Charlote sorria.
– Ele está agindo como um irmão mais velho agiria. – disse ela. – Pelo que me contou, vejo que seu relacionamento com seus pais não é muito próximo...
– Está brincando? – a interrompi. – Minha mãe acredita que a vida é uma eterna colônia de férias e meu pai está sempre com ela, isto é, quando não está trabalhando. Sabe quantas vezes eles me ligaram desde que cheguei ontem? Nenhuma. Que tipo de pais deixariam de ligar para saber se a filha chegou bem ou não em um novo país?
Ela respirou fundo me fitando.
– Sinto muito por isso, mas pense na chegada de Gavin de maneira positiva. Você não é alguém que convive com sua família como deveria ser o normal e morar com ele irá te proporcionar isso. Ninguém deve ficar sempre sozinho, Heather. Esqueça de todos os momentos ruins e dê-lhe uma chance.
Esquecer de todos os momentos ruins. Quer dizer que devo me esquecer de todas as vezes que ele sorrateiramente pintou meu cabelo de cores estranhas? Ou de todas as minhas roupas que ele já arruinou? As vezes em que ele me acordou pela manhã com baldes de água fria? Se é assim, então talvez eu também deva me esquecer de todas as vezes em que ele pôs o maldito cachorro dele – amorosamente nomeado de Cérberos. – em minha perseguição na casa de seus pais.
Eu odeio cachorros. Não porque não sejam fofos, mas porque tenho medo mesmo. E eu tinha medo de Cérberos o que era absolutamente ridículo, afinal... ele era apenas um buldogue.
– Bem, eu tenho que admitir que seus argumentos são bons. – dei de ombros. – E que talvez, apenas talvez eu esteja exagerando um pouco.
– Isso significa que você não vai mais expulsá-lo, certo? Posso ver porque Samuel estava preocupado com isso. Ele também acha que é a melhor opção para você.
Eu ri.
– Seu filho, preocupado comigo? – aquilo parecia inconcebível para mim.
– Porque lhe parece algo tão impossível? – ergueu as sobrancelhas, mas havia um pequeno sorriso repuxando seus lábios.
– Porque ele é irritante e claramente me odeia! – exclamei, o que para mim já era obvio. – Ele fez questão de me provocar desde o primeiro momento em que nos vimos. Tenho que concordar que ele me pegou em um momento não muito normal da minha vida, mas eu merecia um desconto, meu dia tinha sido horrível!
– Ele não te odeia, na verdade, ele gosta de você. – ela falou e tudo que fiz foi lhe olhar incrédula.
Suspirei procurando as palavras certas para responder aquela afirmação tão sem fundamento, mas não consegui encontrá-las, o que acabou não sendo necessário quando Wendy entrou pisando duro na cozinha e se encaminhou até a mesa. Charlote e eu a observávamos em silêncio.
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Loucamente Apaixonada [Completo]
HumorHeather sempre teve tudo que o dinheiro poderia comprar: Bolsas, sapatos e roupas de grife. Mas nunca teve o amor dos pais, que preferiam passar seu tempo em algum lugar do Atlântico do que com a filha. Disposta a começar uma nova vida, ela se muda...