Bônus - Gavin - Ódio Mútuo

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Nunca conheci uma garota que pudesse me dar nos nervos tanto quanto Achyle Benson. Ela é irritante, marrenta, dona da verdade e faz de tudo para deixar claro que me rejeitaria mesmo que fossemos as últimas pessoas da face da terra. Nosso ódio é mútuo, sem dúvidas. E eu adoro isso.

Ainda não consigo definir o dia que a conheci, se como um pé no saco ou como um dia de sorte. Mas de uma coisa estou certo sobre mim, provocá-la é meu passatempo preferido ultimamente. E se há uma certeza sobre aquela manhã em que Heather sumiu e Samuel fez com que Achyle e eu nos encontrássemos pela primeira vez é que ela aprendeu a odiar italianos com todas as forças.

Eu já a conhecia por meio de notícias que tinha ouvido sobre ela e pela série que estrelava, mas nunca pessoalmente. Quando a vi, sendo ela uma bela mulher -- sim, mulher. Descrevê-la simplesmente como uma garota não seria o suficiente para que tivessem uma visão completa do que estou falando. -- e sendo eu um apreciador de mulheres bonitas, como todo bom italiano, logo tentei uma aproximação nada sutil. Minha personalidade e aparência não dão espaço para sutilezas, nesse caso, infelizmente. Claro que ao dar em cima dela eu não pensei que Achyle Benson teria a mesma personalidade explosiva/sarcástica/que-se-ferre-o-mundo da personagem que interpretava no meio televisivo. Tampouco achei que meu charme seria totalmente desprezado em questão de segundos.

Foi realmente uma droga.

E eu sei o que você deve estar pensando. Sim, minha prima estava sumida. Sim, eu a amo e estava preocupado com ela, mas ao que parece, não o suficiente. Sim, Heather não é a pessoa mais estável do mundo e mesmo sabendo disso me preocupei mais do que deveria em dar em cima de uma garota. Sou uma droga de primo. Mas Achyle é do tipo de mulher que pisaria em cima do meu coração usando suas botas de couro de salto alto e isso não estava bem para mim. Digamos que os Sharpe Salvatore tem o ego bastante inflado e eu não sou exceção. Ela meio que tinha machucado o meu. O que, claro, era meio que uma novidade para mim. Não pensem que estou me gabando quando digo que nunca tive dificuldade com mulheres, é apenas mais pura verdade.

Ri comigo mesmo ao sair do banheiro masculino, lembrando da cara que ela fez quando a beijei. Eu queria que ela calasse a boca naquele momento. Queria tirar aquele olhar irritante do rosto dela. Quem diria que os lábios dela poderiam ter um sabor tão doce? Vai ver era o champanhe. E claro, não é porque ela é uma mulher tão ácida que quando a beijei tenha se passado pela minha cabeça a possibilidade de que o veneno dela fosse me atingir mortalmente, mas poderia ter pensado. Só Deus sabe o quanto odiamos um ao outro. E o quanto nos atraímos, mesmo que ela não admita.

Infelizmente, assim que me recostei na parede do lado de fora do banheiro feminino me vi com um pensamento fixo na cabeça: Queria que ela tivesse correspondido.

E outro:

Isso não acabou aqui. Ela ainda vai me beijar e vai gostar muito.

-- É uma promesa.

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Loucamente Apaixonada [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora