Capítulo 8

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Paula

Hoje irei ao café de novo, estou anciosa para ver Ana. Mas dessa vez não irei sozinha, Karol vai comigo. Acabo de me arrumar e mais uma vez saio apressada, mas dessa vez não consegui escapar de minha mãe.

_ Que pressa é essa Paula?

_ Nada mãe vou encontrar com a Karol antes do trabalho. Vamos tomar café na rua. Tudo bem?

_ Tudo bem minha filha. Bom trabalho.

Dei um beijo nela e sai. Peguei Karol no caminho e ela não parava de falar, de dar recomendações para eu chamar logo Ana pra sair.
Chegamos ao café e nos sentamos na mesma mesa que eu me sentei ontem.

_ Paula, cade ela?

- Calma garota, tá mais anciosa que eu.

Rimos e acabei me distraindo, quando percebo Ana já esta ao nosso lado.

- Bom dia, Ana. Essa é minha amiga Karol.

Ana apenas acentiu com um leve sorriso. Ela parecia triste hoje.

- Bom dia. Já escolheram?

- O mesmo de ontem, para nós duas. Tá tudo bem, você me parece triste hoje.

- Não é nada tá tudo bem. Eu já volto.

E ela sai, mas pude perceber seus olhos cheios de lágrimas.

- Paula, realmente ela é linda. Mas o que será que aconteceu?

- Boa pergunta karol.

Não demora muito e ela volta com o nosso café, e aquele olhar triste.

- Ana, me desculpe, não sei o que houve, mas se precisar de ajuda pode falar. Ok?

- Obrigada, mas não se preocupe está tudo bem.

Então ela voltou ao trabalho, eu e Karol terminamos nosso café e fomos trabalhar. Mas passei a maior parte do dia pensando em Ana e o porque daquela tristeza toda. Enfim hora de ir pra casa, hora de descanço.
Entro no carro ligo o som e sigo pra casa. No meio do caminho, quando passo pela praça central, vejo Ana aos prantos. Não penso duas vezes estaciono o carro e vou atras dela.

-Ana?!?! O que houve?

- Ah oi Paula, tá tudo bem. Não se preocupe.

- Me desculpe mas não tem nada bem por aqui. Vem eu te levo em casa.

- Não precisa, é sério.

- Deixa eu te levar pra casa, você não pode ficar aqui sozinha.

Depois de muito incistir, ela aceitou que eu a levasse em casa. Mas antes ela preferiu me contar o que estava acontecendo. Confesso que fiquei, triste por ela. Durante todo o caminho ela permaneceu em silêncio, só dizia o caminho que eu deveria tomar. Quando chegamos, ela agradeceu e me pareceu um pouco envergonhada.

- Obrigada Paula. E desculpa qualquer coisa.

- Que isso não precisa agradecer, agora melhora essa carinha.

Então ela se joga em meus braços, um abraço forte e demorado. Desceu do carro e seguiu para casa.

Cheguei em casa e não consegui tirar a cena dela chorando do pensamento. Vou fazer de tudo para ajuda-la...

Nós duasOnde histórias criam vida. Descubra agora