Parado a minha frente, ninguém mais ninguém menos que o Pedro, o cara que eu mais amava, um completo idiota.
Fiquei paralisada, e não falei nada, ele então sentou ao meu lado, olhou em volta e começou:
- Por que não me responde?
- Porque não é da sua conta. - Disse nervosa e levantei, querendo sair de lá, porém, Pedro me segurou:
- Não vai correndo não - ele riu - saiu por que minha presença no mesmo local que você te incomoda?
Queria chorar, ele ia fazer piadinha com a minha cara se eu dissesse que sim? Que ele estar presente em todo lugar que eu fosse me deixava brava? Que eu tinha raiva de ter conhecido alguém tão estúpido mas ao mesmo tempo que mexia comigo? Portanto respondi:
- Sim, me incomoda, agora me deixe ir.
Ele soltou meu braço e falou:
- Te soltei, mas você também não quer ir embora.
Tremi, ele sabia de tudo? Nesse momento, a Fernanda chegou, sentou ao lado do Pedro e o abraçou. Olhei a cena, e sai de lá, correndo, e segurando o choro, subi até o outro pátio, e entrei no banheiro, desabei por fim, e comecei a chorar.
Fiquei quieta, só ouvindo o meu próprio soluçar, ao meio do silêncio.
Tentei me controlar, e sequei as minhas lágrimas com a manga do meu moletom, inspirei e voltei pra onde estavam meus amigos.
Ana olhou pra mim, e quando percebeu que meus olhos estavam vermelhos, pegou o celular de dentro do seu bolso, e tirou uma foto minha, não entendi a necessidade, mas ignorei.
Sentei ao lado da Sofia de novo, e fiquei quieta, ouvindo eles falarem.
Depois de muito papo que vinha, o sinal tocou, e voltamos pra sala de aula, porém, antes de entrar, Ana veio até mim e disse:
- Eu percebi que você estava chorando - olhei pra ela pra prestar atenção - A foto era para que um dia você possa rir de toda essa situação na qual você está passando.
Abracei a Ana, aquele abraço de gratidão, sabe? Que parece que nunca mais vai acabar? Ela era uma ótima amiga, por mais que brigássemos toda hora, era ela a pessoa que fazia de tudo a maior brincadeira no meio da maior das tristezas.
Logo, a professora entrou na sala, e eu pude soltar ela.
[...] Após a aula, fui até o pátio de cima, para poder esperar minha mãe , que vinha me buscar todo o dia , quando fosse 13:00, e ainda era 12:45.
Fiquei sentada esperando, sozinha, até que o Bernardo apareceu e disse:
- E aí? Vai me contar por que saiu do refeitório tão bravinha hoje?
- Primeiro: não gosto que me chame de bravinha, e você devia saber disso. E outra, eu sai porque você é babaca.
- Ah, por que eu estava falando da Carol ? A menina da festa de sábado?
- Talvez - respondi, esperando que ele pudesse entender que eu não queria falar sobre o assunto.
- Saquei, você ficou com ciúmes.
- Não Bernardo!!
Mas no fundo no fundo, não sei por qual motivo, mas eu realmente senti ciúmes, então comecei a me questionar, por que ciúmes de uma menina com quem meu melhor amigo, só amigo, ficou? Ele me deu uma piscada, e um sorriso idiota.
"Não" pensei "Você não sentiu nada".
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aquele cara.
Любовные романыComo se manter forte em momentos difíceis? Chorar é bom, mas superar é melhor, a história conta sobre uma garota que se apaixona pela pessoa errada, e aprende em meio a seu trajeto como e com quem se pode lidar.