Capítulo Quinze - Sarah

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- Bom... Já que você não sente suas pernas... Teremos que fazer alguns exames e se não der certo, tratamento de choque, e fisioterapia... Mas fique tranquilo, suas chances de andar são enormes. - Doutor diz tentando passar o máximo de confiança ao Rafael.

Lágrimas escorrem dos olhos de Rafael. Tudo aquilo era culpa minha... Eu queria estar no lugar dele, sentir a dor dele! Acho que depois disso, nunca mais vou brigar com o Rafa... Acho que eu não suportaria ficar sem ele para sempre... Abraço o Rafael com todas as minhas forças, e lágrimas escorrem dos meus olhos. Fico um pouco abraçada com o Rafael, e saio para os familiares conversarem com o Rafa.

- Amor, qual a causa das lágrimas ? - Bruno pergunta limpando minhas lágrimas.

- O Rafael... Ele pode não voltar a andar, Bruno! Isso tudo por culpa minha! Por um delírio meu, por uma frescura minha! Por tudo... - Digo chorando mais.

- Amor... A culpa não é sua. - Bruno diz tentando me confortar.

- É sim amor... Eu queria sentir a dor dele! Eu deveria estar no lugar dele, por tudo o que eu fiz! - Digo chorando cada vez mais.

Bruno me abraça forte. Fico sem falar nada, e as lágrimas caem cada vez mais. Um enfermeiro me chama e eu o acompanho até a porta do quarto de Rafael. Ele começou a ter uma parada cardíaca! Meu deus! Por que ? Não quero que minha última lembrança de Rafael seja nossa briga... Não quero!

Rafael é reanimado e volta a um estado melhorzinho. Decido ir para casa, pois tenho que tomar um banho.

- Vamos ? - Pergunto para Bruno.

- Sim.

- Calma, tenho que fazer uma coisa. - Digo e saio correndo.

Vou até a UTI, e vejo Rafael dormindo, não tinha ninguém no quarto, então entrei e dei um beijo no Rafael. Um beijo calmo, só pra que se qualquer coisa acontecer, ele nunca se esquecer de mim, aonde quer que esteja.

- Te amo tanto Rafael... - Digo e dou um beijo em sua testa.

- Eu também te amo Sarah. - Rafael sussura com olhos fechados.

Saio da UTI, e encontro Bruno conversando com uma enfermeira, que era bem jovem e bonita. Bruno dá um papel pra enfermeira e sai com um sorriso, vindo em minha direção.

- O que tinha naquele papel ? - Pergunto enciumada.

- Nada não amor, só meu número. - Bruno diz com um sorriso idiota.

- E pra que você deu seu número a ela ?

- E não é óbvio ? - Bruno pergunta.

- O que ?! - Pergunto quase gritando.

- E não é óbvio que você está com ciúmes ? - Bruno pergunta com um sorriso e me dá um beijo quente.

- Desculpa atrapalhar o casalzinho ai, mas aqui não é lugar, né ? - A enfermeira diz pra gente e eu reviro os olhos.

- E aonde é lugar certo ? - Pergunto com certa grosseria.

- Boom... O gato ai tinha que estar no meu apartamento... E você, ah sei lá, em um lixão, que tal ?

- Não muito obrigada, outro dia te faço uma visitinha lá, quem sabe até te dou uns restos de comida, que tal ? - Pergunto revirando os olhos.

A enfermeira revira os olhos e beija o Bruno com vontade... Quando o beijo termina, Bruno estava cheio de batom na boca, e eu com um ódio mortal daquela vaca.

- Gostou Amorzinho ? - A enfermeira pergunta.

- Pelo silêncio sei que sim! - A enfermeira diz com um sorriso patético no rosto.

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⏰ Última atualização: Sep 07, 2015 ⏰

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