Por trás de uma tela || HIATUS

9.

RECADINHO:
Então gente, a partir de agora os capítulos seguintes serão narrados pelo Lucas. (O por que vocês já vão descobrir haha) sendo assim, não colocarei no título "pov Lucas" eu vou colocar o número do capítulo e no começo da história o nome de quem a esta narrando. (Como esta a baixo). Era só isso. Obrigada pela atenção, uma boa leitura.

_______________________________

LUCAS

Ainda terça-feira.

A dona Regina, mãe da Melissa chegou e disse que depois falaria comigo, me olhou feio e foi até a recepção tentar conseguir alguma informação sobre o estado da filha.
Eu já tentei isso muitas vezes. E não consegui. Mas ela por ser a mãe pode ser que consiga.
Ela ficou lá por cerca de dez minutos e voltou com uma afeição não muito agradável. Disse que não havia conseguido nada.
Com ela estava um garoto, de aproximadamente 17/18 anos, presumo ser o namorado ou amigo de Melissa, (não sei por que mas a hipótese de ser namorado me deixou chateado) já que ele não se parece nem um pouco com ela pra ser irmão.
Dona Regina me chamou de canto para uma conversa.

- Lucas né? - pergunta com expressão de brava.

- Isso, Lucas. Olha senhora, primeiramente eu queria me desculpar e explicar a situação pra....

Ela não me deixa continuar e processegue falando.

- Não terminei. Vou ser bem sincera com você. Se minha filha vier a falecer eu vou chamar a polícia e você vai preso.

- Mas.. - tento protestar, ao que ela novamente me impede.

- Mas NADA! Ouça com atenção. A sua carinha não me engana. Com certeza estava indo pra alguma balada, já devia ter bebido algumas. Isso se não tiver feito uso de coisas piores. - Disse ela me reprovando.

Que feio dona Regina, julgar a pessoa sem ao menos a conhecer.

- Não é nada disso. Jamais. Eu estava indo ao restaurante. O problema foi só um descuido. Coisa rápida. Uma simples falta de atenção. Tanto minha quanto dela que atravessava a rua fora da faixa e sem nem ao menos olhar se vinha carro na sua direção ou não. - disse já ficando irritado.

- Ah então quer dizer que você esta jogando a culpa pra cima da minha filha? Como se ela tivesse se jogado na frente do teu carro?

- Não dona Regina. Longe de mim. Olha, por favor, entenda. E me deixe continuar. Eu não sou esse tipo de pessoa que a senhora imagina, pois se fosse não teria a socorrido na hora do acidente e ficado aqui esperando, com fome e morto de cansaço. Se eu fosse esse tipo de pessoa que a senhora esta achando que sou, eu teria fugido no momento do acidente. Então eu apenas peço que me trate com um pouco mais de respeito. Eu sou homem, vou assumir minhas responsabilidades, estarei aqui, o tempo todo. Pagarei hospitais, remédios e o que for necessário para a melhora de sua filha, e caso, Deus nos livrai, aconteça o pior, eu não virei a faltar para com a senhora e sua família. Eu estarei aqui. Então só peço que a senhora por favor se acalme. - desabafei.

Ela me olhou fixamente. Dessa vez o seu olhar era diferente, não era mais de reprovação, ela estava surpresa e pelo que pude perceber, minhas palavras surgiram algum efeito sobre o pensamento dela em relação a mim.

- Ok. Eu acredito em você. -disse séria, mas continuou agora com uma expressão triste..
Desculpe por ter falado tudo aquilo, mas é que imagine, minha filha, meu bem maior, esta agora numa sala de hospital e eu nem ao menos sei se ela esta viva. - disse ela entre lágrimas.

Realmente me comoveu demais a sua reação, e como já estava fragilizado me pus a chorar também. Pedi licença para abraçá-lá, o que de certo modo foi estranho, por que não a conhecia e a poucos minutos atrás ela estava querendo me matar. Mas tentei reconfortá-la com meu abraço, e disse que tudo iria ficar bem. Ao menos é o que eu mais espero nesse momento.