16.

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Lucas

01:30 - ainda sexta.

Minhas pernas tremiam. Meu coração batia em ritmo completamente descompassado.
Dei um pulo da cadeira. E corri pra ver que ela estava bem.
Suspirei de alívio ao ver que ela respirava normalmente e que seus aparelhos funcionavam da melhor forma possível.
Agradeci a Deus por ter sido um sonho.
Mas o susto, mesmo sendo apenas um sonho foi tão grande que eu tremia, e sentia minhas mãos congelarem e meu rosto arder.
Sai ainda que atordoado da sala, mas antes dei apenas mais uma conferida pra ver se estava tudo certo com a minha pequena e fui em busca de algum médico.
Encontrei uma enfermeira de pele morena, olhos castanhos e sorriso simpático. A cutuquei pra chamar-lhe e pedir a ela que fosse até o quarto cujo a mel estava internada pra certificar se ela estava bem. Mas não consegui pronúnciar uma palavra sequer. Acho que devivo ao cansaço, sono e o baita susto em que despertei, não conseguia dizer absolutamente nada.

- Você está bem? Nossa, você está pálido. Suas mãos estamos tremendo. O que houve? - perguntou enfermeira.

- E..eu T-to b-be be bem. - Disse, quando na verdade mais gaguejava do que falava realmente.

Dito isso, ou melhor, tentado dizer isso, vejo a dona Regina se aproximando de nós. Ela me olhou com aquele olhar doce e acolhedor dela (muito diferente do olhar que fizera quando nos conhecemos) e perguntou se eu estava me sentindo bem.
Mas uma vez, sem conseguir me pronunciar, balancei a cabeça em negação. Ao que ela me olhou com preocupação e junto com a enfermeira Jaqueline (esse era o nome dela, soube disso, pois depois de um tempo vi em seu crachá) até uma sala, que creio eu que seja sala de triagem.
Jaqueline mediu minha pressão, e ao constatar que a mesma havia caido, e muito, tratou de providenciar no refeitório uma bolacha cream cracker, mas conhecida como água e sal.
Após um certo tempo, entre bolachas (n/a: BOLACHA SIM, E NÃO BISCOITO, DESCULPA AI SOCIEDADE HAHAHA) e copos e mais copos de água, consegui, aos poucos, ir explicando a elas que tudo isso havia acontecido graças a um sonho, na verdade pesadelo, que eu havia tido com a mel.
Após contar o "sonho" a elas, percebi que dona Regina mudou sua feição. Acho que ela pensou na hipótese da filha dela falecer e isso a entristeceu. Não deveria ter contado os detalhes do sonho, mas no calor do momento, acabei contando e percebi que mais uma vez eu havia feito burrada. Novidade né, Lucas?
Jaqueline percebendo nossa preocupação com o estado de saúde da mel, resolveu nos tranquilizar dizendo que não havia a menor chance dela falecer por conta da (doença com nome difícil que eu não sei pronúnciar) e que que acreditava que ela iria acordar logo e disse também que ia naquele exato momento verificar como ela estava.
Confesso que isso realmente nos tranquilizou, ao menos um pouco.
Mas eu ainda estava mal.
Não me alimentava direito, não dormia direito, não fazia nada direito.
Dona Regina percebendo que eu não estava bem, aconselhou-me a ir pra casa, e só voltar no outro dia, e de preferência depois do almoço. E fez questão em ressaltar que era pra eu almoçar, arroz, feijão, comida de verdade e de preferência caseira, por que era disso que eu estava precisando. Disso e uma ótima noite de sono.
E querendo ou não eu tive que concordar com ela. Era disso mesmo que eu precisava.
Andava com a mente cheia, e um tempinho de "folga" não iria me fazer mal.
Concordei com ela. Mas disse que voltaria depois do almoço, sem falta.
Ela disse pra eu não ter pressa, que até as 18hrs ela segurava as pontas. Acenti e prometi que no outro dia, eu ficaria lá o dia inteiro, e ela teria essa "folga'', rimos e nos abraçamos antes de eu sair. Peguei o hábito de abraça-la, seja pra confortá-lá, a cumprimentar, ou despedir. Eu via aquela senhora com uma mãe e de certa forma ela me lembrava a dona Charla.
Antes de eu sair, fui até o quarto dar uma última olhada na mel, vendo que ela estava bem, me despedi da Dona Regina, e ela ainda fez uma piadinha antes de eu sair.

- Pegue um táxi, não queremos que atropele mais ninguém. - disse rindo, o que fez com que eu também desse uma risada sem graça. Sabia que ela estava sendo de certa forma irônica, mas também sabia que não estava sendo grosseira.

Não segui seu "concelho" e fui embora com meu carro mesmo.
Cheguei em casa, tirei toda a minha roupa, e adormeci do jeito que estava mesmo.

-
Ihuul, 800 palavras!!! ❤
Bom amadas, com esse capítulo encerro a maratona (que deveria ter sido encerrada a tempos haha) mas fiquem tranqüilas que depois do dia 01 postarei toda semana, toda quinta-feira como foi lhes prometido. Okay? Okay. Hahaha
Espero que entendam o por que de eu me ausentar esse tempo, mas é que vocês sabem..
Final de ano. Festas e afins.
E provavelmente vou viajar pra São Paulo, passar o natal . Talvez viajo quarta, ou seja, amanhã. (To escrevendo as 02:40 de terça-feira, 22)
E se eu for viajar mesmo vai ter todo aquele processo de matar saudade das amigas, da família e não terei tempo.. Então digamos que estarei de "Férias" até o dia 01.. Depois voltamos a ativa novamente.
Vou escrever quando der tempo, mas postar.. depois do dia primeiro mesmo.
Enfim, o que acharam do sustinho que dei em vocês? Hahaha acham mesmo que eu seria louca a ponto de matar nossa personagem principal no início da história? Nunca nesse Brasil queridaxxx! Ainda tem muita coisa p acontecer.
Comentem ai o que acharam, e qual foi a reação de vocês, a tudo, desde a "morte" até o fato de descobrirem que era apenas um sonho hahah diz ai ;p

Bom, sigam nas redes pra acompanharem meu final de ano, e adicionem no snap pra verem minhas loucuras diárias, e brisas que acontecem do nada hehehe

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Beijinhos

Por trás de uma tela || HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora