Amantes lendários!

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"Eu quero sua energia, eu quero sua aura
Você é meu destino, meu mantra
[...]
Nunca pensei que o carma pudesse ser tão recompensador
E me traria até sua luz
Talvez este seja o começo de algo
Tão mágico esta noite
[...]
Entraremos para a história, entraremos juntos
No infinito, para sempre
Sua Cleópatra, sua Julieta corada
Qualquer coisa por seu amor
O que der e vier
[...]
Poderíamos ser lendários
Amantes lendários
"

— Legendary Lovers — Katy Perry

Inglaterra, Londres, 23 de dezembro, dias atuais.

Sim, Louis, definitivamente estarei lá. Avise a mamãe. — ela disse, confirmando mais uma vez para o irmão que poderia comparecer à reunião familiar na véspera do Natal.

Lena havia feito o impensável e deixado de ir às duas últimas, preferindo ficar para ajudar os colegas de trabalho em alguns casos que haviam exigido que ficassem trabalhando durante a época das festas. Poderia ter feito o mesmo este ano, só que não havia tido nenhum assunto requerendo atenção imediata. Na verdade, prometia ser uma semana tão parada, que ela havia folgado.

Não é que não gostasse da família... Gostava. E adorava a oportunidade de ver todos os seus primos e primas, só que, às vezes, eles eram lembretes dolorosos de que apenas o trabalho não era o suficiente para fazê-la se sentir realizada. Suas amigas haviam achado maneiras de ter tanto carreiras quanto famílias.

Ela procurava se convencer de que não era nada demais, aos 26 anos de idade, não ter encontrado alguém com quem compartilhar a vida, mas aquele enorme relógio biológico dentro dela, com frequência cada vez maior, a lembrava impacientemente de que sua hora estava chegando.

Como dissera para Justin na noite anterior, jamais havia conhecido alguém tão interessante quanto ele, mas também entendia que ele tinha razão no tocante ao que ele tinha a oferecer.

Ao terminar as compras de Natal, preparando-se para visitar a família em alguns dias, ela o afastou de seus pensamentos e procurou se convencer de que era melhor que ele não aparecesse esta noite, quando ela estivesse recolhendo donativos. Um rompimento brusco a ajudaria a esquecê-lo, esquecer a paixão que a havia dolorosamente feito enxergar tudo que estava faltando em sua vida.

Mas, ao tirar o traje de Papai Noel do armário e começar a vesti-lo, não havia como negar que parte dela queria vê-lo.

O GLOBO DE cristal repousava sobre a mesa, ao lado do cálice de sangue vazio.

Justin pegou o globo, sacudiu-o, devolveu-o à mesa e ficou assistindo aos flocos de neve falsos girando ao redor do Papai Noel.

Lá de fora vieram as batidas irregulares do sino, chamando-o, mas ele passara a maior parte da noite ignorando-o, procurando se convencer de que atender ao seu chamado só faria trazer nada além de dor para ambos.

Justin sabia que ela não ficaria ali muito mais tempo. Já eram quase nove da noite e a biblioteca logo fecharia. O fluxo de pedestres cairia drasticamente após isso, deixando-a sem motivos para permanecer ali.

Mas a hora chegou e passou, assim como as dez, e o sino continuava a badalar até que ele não conseguiu mais evitar o seu chamado.

Vestiu-se rapidamente e estava descendo as escadas quando o badalar cessou. Ele também se deteve, achando ter perdido a sua chance, até que o sino começou a tocar a esmo, sem nenhum ritmo, até que o silêncio tomou conta da noite.

Havia algo errado.

Ele desceu apressadamente as escadas e atravessou correndo a rua até chegar ao local onde Lena estava caída no chão, o pote de contribuições virado ao seu lado, moedas espalhadas pelo chão. O sino em silêncio na sua mão.

Me Ame Intensamente |Justin Bieber|Onde histórias criam vida. Descubra agora