Capítulo 18

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O dia passou tão rápido que mal percebemos, depois do evento inesquecível da cachoeira, resolvemos ir para piscina que não era tão funda e eu podia nadar, ou pelo menos tentar. Há todo momento alguém trazia suco ou água para nós e Guilherme passava protetor o dia todo. Depois do almoço, resolvemos relaxar e fomos para a sala de jogos, onde havia um xbox e um play4... Que humilde. Jogamos um jogo que precisava do sensor de movimentos, no meio já estava ofegante e suando. Guilherme disse que eu era marica e ia precisar treinar muito para competir com ele... Não ia reclamar. Passamos um tempo á mais na piscina até escurecer e eu resolver ir tomar banho. Subi até nossa suíte e fui na ducha fria, quando eu via a temperatura do Rio sempre desejei ir no inverno mas mesmo no inverno, estava pelando. Lavei meus cabelos e quando estava para acabar, as luzes apagaram. Mas que merda... Odeio escuro. Me enrolo na toalha e abro a porta.
"Gui!" Sem resposta. Saio para o quarto e está tudo escuro, apenas as janelas abertas. Odeio esse clima de filme de terror, o que por sinal me deixa meses sem dormir. Vou andando no corredor e olho para a escada, mas não vou mesmo descer tudo isso. "Gui!!"
Escuto um barulho de algo cair, já penso em ladroes que podem ter entrado mas Guilherme está lá embaixo. Volto correndo para o quarto e tento encontrar alguma coisa que possa usar mas não há nada, vou até a sacada e olho. Silêncio. Puta merda já estou tremendo, pego meu celular e ligo para ele. Ouço o toque lá embaixo e resolvo ir descendo devagar, ele pode mesmo em perigo. Mas eu não poderia ajudar em nada, uma garota de toalha só daria diversão aos bandidos... Vou descendo devagar e não vejo ninguém na porta da escada, quando me viro para ir para a cozinha Guilherme está com a máscara do pânico e uma faca do tamanho de uma régua. Dou um grito e caio no chão. " Filha da mãe, vai á merda. Você quase me matou de susto, idiota." Ele gargalhava e acabou tirando a máscara. Me ajudou a levantar e eu segurando minha toalha.
" O plano era você deixar a toalha cair e não segura-lá até o fim."
"Nos filmes de terror as toalhas nunca caem."
"Nos de romance elas são retiradas..."
O empurro, ainda com raiva pelo susto. Esse tipo de coisa realmente não se faz. Subo correndo as escadas e ele vêm atrás dando risada... Eu ia me vingar, mas só depois. Coloco minha camisola e deito, estou acabada e Guilherme tira a camisa se deitando ao meu lado. Liga o ar condicionado e o cheiro de sabão vem no meu nariz.
"Esse foi o melhor dia da minha vida depois que minha irmã se foi..."
Beijo sua testa, nesses momentos nunca sei o que falar e prefiro ficar calada. Só sinto seu abraço apertar e eu adormeço.

Sonhos Congelados ( Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora