Será ?

XI

Jordan

No outro dia acordei por volta das 6:30 da manhã com o meu despertador tocando.

Felizmente acordei sem ressaca, porém com muito sono, já que havia dormido bem tarde na noite anterior.

Me dirigir ao banheiro para tomar um banho frio para acordar e depois saí enrolado na toalha da cintura para baixo e me dirigi ao meu closet à procura de um termo de cor escura. Encontrei vários, mas optei por um azul marinho escuro que deu um destaque aos meus olhos também azuis, mas de tom mais claro.

Quando estava voltando para o quarto escutei o som da maçaneta da porta girando e me virei para ver quem era.

- Mãe, estou sem roupa, tem como a senhora sair do meu quarto?

- O que você está tentando esconder, Jordan? Já te limpei, e conheço cada centímetro seu.

- Pode parar mãe, eu já mudei muito desde que tinha dois anos.

- Ah, Jordan, tá com vergonha de ficar pelado na frente da sua mãe?

- Para, mãe. É rápido, já estou atrasado, daqui a pouco o papai vai vir atrás de mim.

- Ah, falando no seu pai, ele já está quase pronto, acho melhor você terminar logo. Tchau filho, pode se vestir em paz.

- Obrigado, mamãe. - falei e me virei depois que ela saiu pela porta.

- Sua bunda continua linda, filho! - ouvi a voz da minha mãe, risonha.

- Oh mãe!!!

Vesti a minha roupa o mais rápido possível e quando terminei olhei na tela do celular.

Tinham duas mensagens, mas ignorei ao perceber que já eram sete horas da manhã.

Desci as escadas rapidamente me dirigindo à mesa já posta para o café da manhã.

Meu pai estava na mesa tomando o café dele e lendo o jornal. Quando me viu sentado na mesa, falou:

- Você está atrasado, vamos sair em dez minutos.

- Tudo bem, pai, vou apenas comer umas torradas com geleia e pegar uma pera e poderemos ir.

Comi as torradas o mais rápido possível e fui escovar os dentes rapidamente. Em exatos dez minutos eu já estava pronto na sala esperando meu pai para sairmos.

Ele apareceu com um terno preto e uma gravata azul também escura e fomos para a empresa no carro do meu pai, com o motorista dirigindo. Até metade do caminho o silêncio prevaleceu, mas foi quebrado por mim.

- Pai, como vai ficar a faculdade? Já estou no penúltimo semestre e hoje irei faltar, pois estarei na empresa trabalhando com o senhor.

- Não se preocupe filho, eu já liguei para o reitor da faculdade e pedi para você trocar de turno, agora você irá estudar à noite. Quando você sair daqui você vai para casa e depois para a faculdade. - disse meu pai, com o tom de voz calmo.

- Tudo bem, pai. Mas a respeito da minha "noiva" - fiz aspas com as mãos - aquilo é mentira, né pai? - perguntei ainda com esperança daquilo ter sido só uma ideia momentânea do meu pai.

- Não Jordan, não mudamos de ideia e prepare-se que você irá conhecê-la em breve.

Naquele momento o celular do meu pai tocou.

- Alô González meu amigo tudo bem?

Depois de ouvir aquilo decidi olhar as mensagens no meu celular.

Uma era de uma garota que conheci no dia anterior em uma boate, trocamos os números e alguns beijos.

- Oi Jordan, por que a gente não sai hoje à noite e se conhece um pouco mais ?

Exclui a mensagem depois de lida e coloquei o número dela na lista dos ignorados. Não gosto de mulher muito fácil e que não se valoriza.

A segunda foi da minha mãe mandando eu voltar para casa cedo que ela precisava falar comigo.

Olhei a mensagem e percebi que era da noite passada.

Logo depois percebi que o meu pai já estava encerrando a ligação e guardei o celular na mesma hora para tentar descobrir quem seria a tal garota que aceitou se casar comigo.

- Pai, o senhor vai me falar pelo menos quem é essa tal mulher? Eu a conheço?

- Jordan você a conhece sim, quando você era pequeno vocês brincavam juntos.

- Pai o senhor acha que eu vou me lembrar com quem eu brincava quando era pequeno?

- Eu sei que não se lembra filho. Ah e a propósito, vocês irão se conhecer hoje na hora do chá.

Acabei de marcar o encontro com o González.

- Mas por que com o González? Ele também a conhece?

- Claro que sim, filho, ele a escolheu. - falou meu pai já saindo do carro.