Capitulo 12

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Se você pensou em alguém como por exemplo o Luighi, você está completamente enganado.
Quem estava na minha frente nesse exato momento era nada mais, nada menos que o deus grego na qual esbarrei aquele dia indo pro shopping.
Ele me olhava como se estivesse pensando "eu já vi essa garota", mas não estava me reconhecendo, provavelmente, pelos meus conhecimentos deduzo que ele tenha muitas meninas na vida dele.

Lisa me cutucou e então voltei a realidade - mana senta aqui - disse ela batendo na cadeira ao lado dela para que eu me sentasse.

Fiz isso e logo meus pais também, em seguida chegou o garçom e perguntou o que queríamos. Fizemos nossos pedidos e ele se foi.

Meus pais estavam empolgados com a conversa e eu estava brincando com meus dedos enquanto via Lisa brincar com suas Barbies.

Senti um fraco e delicado toque no meu pé e então olhei pra frente e ele estava sorrindo pra mim, ele apontou para o celular e começou a fazer números com a mão, deduzi que fosse o número dele e fui digitando na lista de contatos, adicionei.

Guardei o celular e quando coloquei minhas mãos sozinhas em cima da mesa recebi um chute um pouco mais forte novamente, olhei pra ele que estava sorrindo, um sorriso de canto dessa vez, então ele silabou "WhatsApp" eu pude entender perfeitamente, porém ignorei e virei-me para Lisa, perguntando se poderia brincar com ela. Recebi outro chute, na mesma intensidade do anterior, bufei de raiva então percebi que tinha chamado muita atenção, todos estavam me olhando.

-Está tudo bem querida? - meu pai perguntou me olhando atenciosamente.

-Sim pai... - falei sem jeito

Eles voltaram a conversar e quando olhei pro retardado ele estava rindo e apontando pro celular, não restou outra alternativa a não ser chamar o mesmo.

~Conversa On~

Lindsay: oq vc quer?

Ele: oi pra você também.

Lindsay: oi

Ele: q marrenta, qual teu nome?

Lindsay: não te interessa

Ele: para de drama, fala logo

Lindsay: não

Ele: fala

Lindsay: não

Ele: não?? Que nome mais lindo!

~Conversa Off~

Bufei, ele me chutou, bufei de novo, ele me chutou novamente.

-Licença, vou ao banheiro - me retirei da mesa, não sei porque motivo eu estava fazendo isso, mas eu não me sentia bem, estava com raiva. Espera aí, eu deveria estar com raiva? Ele só quis chamar minha atenção, e olha como estou tratando ele. Me perco em meus pensamentos e quando estou saindo do banheiro alguém segura meu braço.

-Eai marrentinha - ele fala com uma voz sexy.

-Sério, o que você quer? - falo já sem paciência.

-Você - ele fala e da um sorriso de canto de boca.

-Ah meu bem, vai ficar querendo - falo e saio andando em direção a mesa novamente.

O garçom já havia trago nossos pedidos, então eu me servi e comecei a comer, um tempo depois o garoto voltou, nisso me lembro que nem o nome dele eu sei, estou me protegendo dele de todas as maneiras, como se ele fosse algo perigoso, porque estou fazendo isso?

Vai que ele só quer ser seu amigo

Acho que não

Mas ele é educado

Não é

É sim, naquele dia ele te pediu desculpa

E dai, todos pediriam

Não mesmo Lindsay

Sim mesmo Lindsay


Aí que confusão, as vezes eu queria ser menos dramática sabe, levar tudo numa boa como todos levam, tanto faz como tanto fez, sou toda certinha e não consigo me mudar de jeito ou maneira nenhuma, mas enfim, não tenho que mudar por ninguém.

Termino de comer e passo o olho rápido por ele, que está tomando sua bebida e olhando pra mim, quando o mesmo vê que estou olhando-o ele sorri.

Pego meu celular determinada a perguntar o nome dele, já está ficando chata essa situação.

~Conversa On~

Lindsay: qualé teu nome?

Ele: não aguentou por muito tempo né gatinha

Lindsay: idiota, só quero saber teu nome mesmo

Ele: e porque quer saber?

Lindsay: aí que saco, tchau.

~Conversa Off~

Guardei meu celular e fiquei alternando entre observar Lisa, ele e meus pais, eu não tinha nada pra fazer.

O guri estava no celular o tempo inteiro, Lisa brincava freneticamente com as bonecas e meus pais estavam engatados numa conversa sem fim.

Depois do que pareceu anos, meus pais decidiram ir embora, levantamos e fomos andando até a porta. Lá na rua foram se despedindo dizendo que teríamos que repetir mais vezes um jantar como esse e blá blá blá.

O garoto misterioso se despediu dos meus pais, da Lisa e quando chegou em mim ele parou por uns segundos, me observou como se quisesse gravar aquela imagem pra sempre e chegou mais perto, deu um beijo na minha bochecha, no canto da boca pra ser mais específica e um leve abraço, quando achei que ele já tinha terminado ele sussurrou no meu ouvido - ian - aquele o calor de sua boca, fez arrepios percorrerem por todo meu corpo, assim como no abraço uma corrente elétrica passou por mim.

-Ian o que? - perguntei completamente confusa.

-Ian Felipe - ele mandou um beijo no ar e se foi.


LindsayOnde histórias criam vida. Descubra agora