Não sabia mas o que fazer, já está de noite, já gritei por socorro, o sinal do celular aqui cai toda hora, não da para ligar para ninguém, o que eu faço? Se eu ligar para a polícia, vão achar que eu sou uma maluca ou que eu matei essa pessoa, uma pessoa morta em uma floresta que sempre venho e ainda a alguns metros de distância de minha casa. Já tentei escalar não adianta, eu escorrego e não para de chover des de que cheguei. Estou com muito frio, não estou aguentando, vai ser a policia para quem vou ligar. Pego meu celular que esta com a bateria quase acabando e ligo para a polícia.
-Polícia de Detroit, o que deseja?- uma voz doce de uma mulher me atende.
-Olá, eu preciso de ajuda, eu cai em um barranco e não consigo mas sair e tem... um corpo morto, de alguém... eu não sei de quem é, moça me ajuda eu estou com muito frio, estou des de cedo aqui, estou encharcada, muito molhada.- disse eu desesperada para sair desse lugar.
-Senhora se acalme, só me diga onde você está?- disse ela calma.
-Estou em uma floresta um pouco perto da escola School Rose Madison.- disse eu tentando me acalma.- por favor moça, vem logo!•§•§•
Cheguei na delegacia, depois de uma hora a polícia me achou, graças a Deus. A polícia disse que queria o meu depoimento do que houve, de como achei o corpo e eu pedi para ligarem para minha mãe, que deve estar muito preocupada. Pela a minha sorte acho que não pensaram que eu tinha enterrado aquele corpo lá, também se eu tivesse enterrado acho que não estaria lá. Estava dando o depoimento ate que vejo Edy chegando. Edy?
-Edy? O que faz aqui?- pergunto surpresa.
-Como moro perto daqui, sua mãe pediu para eu vir logo, enquanto ela não chegava.- disse ele me dando um abraço, fiquei nos braços dele, acho que a polícia deve está pensando que ele é meu namorado. Mesmo assim continuo nos braços dele, precisava de um ombro amigo. Até que chega um homem e eu saio do abraço.
-Senhor?- falou ele para o delegado.
-Sim, Douglas.- falou o delegado.
-Reconhecemos o corpo, a identidade estava na roupa da pessoa.- disse o homem entregando a identidade para o delegado.- se chama Diana Black.- quando o homem disse isso, eu olhei para Edy e Edy olhou para mim. Meu mundo caiu.
-Espera delegado, acho que conheço ela.- disse eu meio abalada.
-Venha então, mostrarei o corpo da mulher.- falou o homem pedindo para que eu o seguisse, tirei a manta que me deram para me aquecer e fui atrás do homem, ele entrou na sala, tem alguns corpos, até que ele chegou perto de um e destapou o rosto. Era ela mesmo, Edy esta atrás de mim e eu nem tinha percebido.
-Não acredito.- disse ele.- é ela.
-Era ela.- falei com lágrimas nos olhos.
-Conhecem ela?- perguntou o homem.
-Sim.- disse eu.- ela era a nossa amiga da escola.- disse eu meio triste, as pessoas agora que eu conheço estão morrendo, é isso?
-Por isso ela ando faltando aula, vou ligar para os pais dela.- disse Edy saindo da sala.
-É acho... que vou sair também.- disse eu saindo de lá e voltando para onde eu estava e vi minha mãe chegando.
-Minha filha, o que aconteceu?- disse minha mãe me abraçando.•§•§•
Estamos no enterro de Diana, ela era uma boa amiga para mim, não era daquelas que são grudadas 24horas por dia, mas ela morreu né e estudava na minha escola. A gente conversava, éramos colegas por assim dizer. Não queria mas fica aqui, olhando todos aqui chorando, eu estou chorando porque estou lembrando muito do meu pai e lembrando que duas pessoas que eu conheço morreram em tão pouco tempo, é muito para processar. Não aguentei mas fica ali e sai, algumas pessoas me olharam e outras ficaram como estavam.
Não estava aguentando mas fica ali, vi uma árvore e sentei nela, o dia esta nublado, esta muito deprimente hoje. Só foi eu pensar e começou a chuviscar, sinto uma mão me tocando, viro para trás rapidamente e é Edy.
-Oi.- disse ele.
-Oi.- disse eu. Não queria muito conversar, mas queria desabafar com alguém, não sei se é o momento certo.
-Como você esta?
-Mal, estou em um enterro, acha que eu estaria como?!- falei choramingando, só andei lembrando do meu pai des de que sai de casa.
-Não chore.- disse ele me puxando para um abraço, eu retribui o abraço. Ficamos ali por um tempo, até eu ver que já estavam indo enterrar-la.
-Vamos para lá.- disse eu apontando para a onde estavam a enterrando.
-Vamos.- disse ele me puxando.
Fomos para lá e começaram a jogar flores, eu joguei uma rosa branca, é a preferida dela. As vezes fico pensando se somos colegas ou amigas, já fizemos tantas coisas juntas, mas depois de um tempo ela foi se afastando, me disseram que não identificaram a causa da morte dela, duvido muito estam escondendo algo da gente.•§•§•
Bom hoje é o meu segundo dia de aula e só em pensar que o meu primeiro dia não foi bom, imagina o segundo, mas preciso estudar. Bom me arrumo, boto um all star preto, uma blusa de manga longa branca, uma calça jeans preta, penteio o meu cabelo e faço um rabo de cavalo; pego a minha mochila e desço as escadas da minha casa. Não vou tomar café, minha mãe está acordada, minha irmã não, preguiçosa vai ser atrasar.
Minha mãe me viu e falou.
-Bom dia.
-Bom dia mãe.- disse eu com um sorriso meio forçado.
-Vou acorda sua irmã, se não ela vai se atrasar.- disse minha mãe dando um beijo na minha bochecha e subindo as escadas.
Não quero tomar café, estou sem fome, pego uma maça e saio de casa. Não quero que minha mãe me obrigue a tomar café, então saiu de fininho. Anda a pé até a escola é entediante, sem ninguém para me acompanhar. Sempre foi assim, por quê mudaria?•§•§•
Cheguei na escola avistei Edy, chamei pelo nome dele, ele veio até mim.
-Oi.- disse ele.
-Oi.- disse eu, falamos fazendo o trocadilho da mão.
-Então que ir numa festa?- disse ele meio alegre.
-Não, primeiro que ontem foi o enterro da nossa colega, segundo não to com animo de ir em festa.- disse eu desanimada.
-Ah, mas não vai ser uma festa assim, do jeito que esta pensando, vai ser na minha casa de praia, meus pais deixaram e para os meus pais deixarem disse que não vai se uma festa de arromba. É só para os nossos amigos, pode se considerar ser só uma diversãozinha que você esta precisando, porque uma festa não tem pouca gente assim.- disse ele rindo.
-Ta bom, vou só porquê é em uma praia e porque não vai ter muita gente.- disse eu.
-Ta, vamos na sua casa depois da aula e ai você pega o que quiser. Vamos avisar ao pessoal que veio.- disse ele explicando tudo.
-Ta bom.- disse sorrindo.
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No lado das sombras
Vampire"Porque todos a minha volta mentem? Porque eu não posso ser normal? A vida é tão estranha! Queria nunca ter nascido." Ellen pensa assim após descobrir o mundo a sua volta. Ela percebe que o mundo não é como todos pensam. Muitos segredos e mistérios...