Ligo a luz e não vejo ninguém, será que estou ficando paranóica mesmo? Desligo a luz e começo a subir e algo me puxa com força. Dou um grito, começo a me debater e quando eu vejo é o boneco do filme jogos mortais. Eu consigo me libertar das mãos disso e saio correndo. Subo as escadas e traco a porta do porão.
Eu estou tremendo de medo o que era aquilo? Será que o carinha do filme veio me pegar? Calma Ellen não seja burra aquilo só era um filme, um filme que eu tenho muito medo. Aquilo ali embaixo so pode ser um assaltante ou um serial killer... ai que droga!
Pego uma faca e posiciono para a porta. Como sou covarde vou para o lado de fora e espero minha mãe chegar.•§•§•
Eu estava quase durmindo nos degraus da escada, mas não podia vai que aquela coisa venha para cá ou sei lá.
Daqui um tempo minha mãe chega, ela estaciona o carro e vem até mim me olhando confusa.
-O que você esta fazendo aqui fora em um frio desse?- ela olha para minha mão a faca.- e com uma faca?!
-Mãe.- levanto e ela se afasta.- tem algo dentro do porão, acho que é um assassino.
-Que? Como assim? Cade sua irmã?
-Como eu vou saber dela?
-Ela estava em casa.- minha mãe entra desesperada indo pra cozinha.
-Mãe não abre isso.
Puxo ela para longe.
-Pode ser um assassino.
-Sua irmã pode estar com ele. Cade a chave?
-Não vou te dar.
Começamos a discutir, eu não ia dar chave nenhuma para ela entrat la dentro. Ela quer morrer?
-Ei me tirem daqui!- ouço uma voz abafada vindo detrás da porta, é a voz da Nath.
-Nathalia?- diz minha mãe e eu destranco a porta o mais rápido possível.
Quando abro avisto a coisa mais estranhamente ridícula da minha vida.•§•§•
-Nathalia você não sabe o quão grave foi o quê você fez. Assustou sua irmã, assustou a mim e ficou presa no porão quase o dia inteiro.- disse a minha mãe brigando com Nath. Acredita que ela se fantasiou do boneco de jogos mortais porque é o filme que me deu mais medo na vida, só para me assustar? Ela comprou uma fantasia com a roupa e a máscara dele. Isso me deu muita raiva.
-Mocinha você está muito encrencada quando eu descobrir quanto que foi essa fantasia. Você me decepcionou eu pensei que você pudesse ficar sozinha em casa uma vez na vida, mas não da porquê você ainda é um bebê.
-Mas mãe...
-Não me fale mais nada. Suba para o seu quarto.
Nath subiu de cabeça baixa, eu fiquei quieta o tempo todo que ela brigou com Nath. Minha mãe foi para cozinha fazer o sei o quê e eu fui para meu quarto tentar dormir ou sei lá.•§•§•
Domingo
Hoje Harold me ligou disse que queria fazer um passeio no parquinho com o primo dele que tem uns 6 anos, ele virou babá hoje dele. Então ele resolveu ir leva nós dois no parquinho. O único problema é que ele esqueceu que eu não sou mas criança. Como vou me divertir no parquinho?
•§•§•
-Empurra mais alto Harold.- grito para Harold, acredita que estou em um balanço. Pensei que a criança fosse o primo dele. Eu e Harold estamos rindo da minha criancice, os poucos pais dos filhos que estão no parque devem me achar maluca. O primo de Harold está em uma casinha onde você pode pular ou escorregar para o chão que esta coberto de neve.
Harold me balança alto rindo. O dia hoje está muito divertido eu não pensei que ele seria assim. Eu pensei que teria que correr atrás de uma criança levada que não parava quieta, mas até que o primo de Harold é quietinho.
Harold para de me balançar deve estar cansado de me empurrar, ele senta em um balanço no meu lado e fica em silêncio, eu paro de me balançar e fico olhando para qualquer lugar.
-Já pensou em ser criança de novo?- perguntei ao Harold.
-Sim queria. Queria correr, brincar e pular. Sem medo de nada...
-Resumindo ser inocente.- falo olhando para ele.
-Isso.
Um silêncio se instala entre nós, olho para onde o primo de Harold está ele acena para Harold e Harold acena de volta. Dou um sorriso para o garotinho e ele me devolve com alguns dentes faltando.
Ele fica na ponta para pular, logo atrás vejo ele, de novo não! O homem do beco, ele me lança um sorriso macabro e eu arregalo os olhos, ele estica os braços. Eu me levantei.
-Não!- gritei. Tudo foi muito rápido. Ele o empurrou e ele caiu no chão com tudo.
Eu e Harold corremos atrás dele.
-Ai, ai meu braço tá doendo muito.- falou o primo de Harold.
-Calma vamos te levar para o hospital.- fala Harold o pegando no colo. Olho para dentro da casinha, não tem ninguém e nem nada.
Olho para o balanço e vejo corvos pousando e olhando para mim. Fico assustada e sigo Harold.•§•§•
No hospital ficamos na sala de espera, ele quase destroncou o braço, teve alguns hematomas e sua asma atacou. Vai ter que ficar em observação até amanhã. Bom pelo menos foi isso que o medico disse para nós. Nós estamos aguardando terminarem de enfaixar o braço dele.
-O que foi aquilo?- me pergunta Harold confuso.
-Aquilo o quê?- perguntei mais confusa.
-Você gritando "não" e meu irmão caindo.
Droga como vou explicar pra ele!
-Eu vi ele muito na ponta, gritei para ele se afastar... mas ja era tarde demais.
-A tá.- falou meio desconfiado. Ué o quê ele acha que aconteceu? Eu não fiz nada.
A enfermeira entrou na sala de espera e disse que podíamos ir no quarto do William que é o nome do primo de Harold.
Ele estava meio pálido.
Harold foi para o lado dele e eu fiquei no fim da cama.
-Como esta primo?- perguntou Harold.
-Estou bem.- William deu um sorriso.- primo pode pegar um copo de água pra mim, por favor?
-Claro.- Harold se levanta e fala para mim.- fique com ele.
Ele sai pela porta. Eu fico olhando para William e ele olha para mim. Dou um sorriso, mas ele continua sério.
-Quer alguma coisa?
-Eu tenho que te dar um recado.- falou e eu fiquei confusa.
-Um recado? De quem?
-Se entregue.- falou com voz desfigurada.- ou mais acidentes e até mortes aconteceram.- ele ficou parado igual uma estátua enquanto dizia.
-Quem te disse isso?- ele ficou parado.- quem William? Quem?- falo indo até ele e o balançando. - me fala!
-Ellen!- ouço alguém me chamar atrás de mim. Me viro e vejo Harold.- o que está fazendo?
-Eu... eu...- fico meio trêmula e espantada.- eu preciso sair daqui.
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No lado das sombras
Vampire"Porque todos a minha volta mentem? Porque eu não posso ser normal? A vida é tão estranha! Queria nunca ter nascido." Ellen pensa assim após descobrir o mundo a sua volta. Ela percebe que o mundo não é como todos pensam. Muitos segredos e mistérios...