"(...) Can't break free from the things that you do. I wanna walk, but I run back to you, that's why I hate myself for loving you."
Camila's POV
- O que foi aquilo? - Margot me perguntou assim que voltei do corredor.
- Só uma amiga minha. Não se preocupe, ela não contará a ninguém e você não perderá o emprego. - Forcei um sorriso para tentar intensificar minha afirmação.
- Não só por isso. Ela parecia chateada – a loira disse, guardando as folhas que usamos no estudo em sua pasta.
- Sim, eu sei. Ela basicamente mandou eu me foder agora a pouco. - Dei de ombros, um pouco preocupada.
- Olha, não quero ser obstáculo de ninguém, ok? O que aconteceu aqui, aconteceu. Mas não devemos repetir.
- Tudo bem. E ninguém saberá se não comentarmos. Obrigada pela ajuda, de qualquer forma.
- Imagina. Pode me procurar sempre que precisar.
Dei-lhe uma piscadela e deixei a biblioteca para minha aula de música.
Lauren's POV
Tudo em mim fez questão de manter distância de Camila durante quase uma semana inteira. O que no começo era uma simples irritação, tornou-se uma repulsa. Eu simplesmente não conseguia olhar para aqueles olhos sem lembrar que ela nem ao menos quisera admitir que estava fazendo coisas inadequadas com a professora substituta quando eu as peguei no flagra.
Após minha aula de softball, passei em meu quarto apenas para tomar um banho e trocar minhas roupas, porque logo partiria para a última festa do semestre com Vero e as meninas.
Foi assustador encontrar uma garota sentada em minha cama quando saí do banheiro. Quem tinha deixado ela entrar?
- O que caralhos você ta fazendo aqui? - eu rugi, numa tentativa falha de manter a calma.
- For crying out loud, settle down! - Camila respondeu de imediato, quase melodicamente.
- Não aja como se The 1975 fosse funcionar numa hora dessas. - Joguei a toalha molhada em sua cabeça, vestindo o restante de minhas roupas. - Vamos, quero saber o que você veio procurar aqui.
- Vim procurar você. Porque, sabe, estamos sem nos falar há uma semana.
- Ah, legal, e você fodeu com a porra da substituta da professora Marion!
- Primeiro, abaixe esse tom porque eu vim em paz. E, segundo, você está com ciúmes.
- Não estou não! - Virei-me de costas, cruzando os braços. Ok, talvez estivesse um pouco, mas ninguém precisava saber.
- Claro que está! Olha como está com raiva – a latina riu. Era surpreendente como ela conseguia rir mesmo quando eu estava brigando com ela.
- Vá se foder! Lógico que estou com raiva. É um tanto perturbador ver uma amiga sua no meio das pernas de uma professora. E pior: Ela é só uma substituta! Está aqui há, o que, cinco dias? Isso é ridículo.
- Você ta exagerando. Todos sabemos que ela está há quase duas semanas.
- Não importa. Ainda é uma mulher que mal conhecemos. Sabia que não devia ter dito que te amava aquele dia.
- Poxa, essa doeu. Eu te amo de verdade, sabia?
- Bom pra você.
- Você. - Camila se levantou da cama e parou de frente para mim. - Está. - Chegou mais perto de mim. - Com. - Pôs as mãos em meu pescoço. - Ciúmes. - E então me beijou. Idiota. Achava mesmo que venceria aquela batalha com um beijinho? Na verdade, eu via aquilo como uma provocação. Ela queria uma guerra.
Cravei minhas unhas em suas costas debaixo da blusa, logo depois puxando seus cabelos sem dó, descontando toda minha ira naqueles lábios quentes. Apenas me deixei levar por aquele sentimento tão forte que era o ódio. Ela não contra-atacava, só deixava que eu fizesse o que quisesse com seu corpo. Mordi seu lábio inferior, fazendo-a suspirar.
- Isso é tão excitante. - Ela sorriu com malícia, e foi quando me separei dela e deixei o quarto, sem nem olhar para trás. Era bom que ela não tivesse tudo o que queria pelo menos uma vez na vida.
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PopRocks And Coke (Camren)
أدب الهواةUma menina doce e reservada é enviada para um colégio interno. Ela só não imaginava que a partir dali sua vida tomaria um novo rumo... Essa mudança viria com a chegada de uma morena com intensos olhos castanhos. A chegada de alguém na sua vida pode...