The Rarc's - Conquistando o Paraíso (completo)

Capítulo VII

Fecho os olhos e penso no Ronan, preciso focar no meu namorado para não fazer alguma besteira.

Eu amo o Ronan!

Eu amo o Ronan!

Eu amo o Ronan!

Eu amo o Ronan!

"Ponha isso na sua cabeça, Alexia!", falo comigo mesma. O que sinto pelo Ryan é só uma atração e com um tempo isso acaba!

O Ryan é só uma atração!

O Ryan é só uma atração!

O Ryan é só uma atração!

O Ryan é só uma atração!

Mas como vou controlar essa atração? O indivíduo que faz minhas pernas perderem o equilíbrio e meu coração acelerar está por perto o tempo todo! Se alguém souber, me avise! Ainda mais quando se trata do Ryan, que faz questão de se aproximar de mim... Tenho que pelo menos o evitar o máximo que conseguir. Olho novamente para aqueles rabiscos.

"Por que você parece tão divina?

Por que você tem que ser proibida?

Eu sei que eu não mereço você.

Porque eu não mereço o Paraíso."

Será que ele se inspirou em mim para compor essa música? Tenho que parar com paranoias, claro que não, não tem nada a ver comigo, só estou imaginando coisas. Ele compôs essa música porque devia compor algo para o próximo álbum. Só isso. É isso.

Vou até a parte da frente do ônibus, abro o frigobar e pego uma garrafinha d'água.

— Com sede? — me assusto ao ouvir uma voz masculina bem perto do meu ouvido. Ricky.

— Que susto! — sussurro.

— Não queria te assustar. O que aconteceu com Ryan? Ele está meio decepcionado...

— Humm, não sei. — minto. — Deve ser por causa daquela tal cama da sorte dele. Agora mesmo saio de lá para o mimadinho compor suas canções. — abro a garrafa e dou um gole.

— Você tem que entender que aquele lugar o faz compor suas melhores canções, por isso o deixamos lá.

— Me poupe! — saio e deixo o Ricky sozinho ali.

Vou até o que chamam de quarto e arrumo minhas coisas. Carrego as malas nas mãos para não acordar o pessoal e vou até o andar de baixo. Encontro duas poltronas vazias e então coloco minhas malas em uma delas e me sento na outra. Pego uma manta e caço uma posição confortável para dormir, mas não encontro. Coloco as malas no chão, embaixo dos meus pés, e deito nas duas poltronas. Assim está melhor. Me cubro e o sono me invade.

Acordo com gritos dizendo "acooordem!!! O sol já raiou!!!", era o Ryan acordando os músicos com almofadadas. Virou uma guerra só. Sinto ele se aproximando, mas não me movo.

— Acooord... Alexia? — ele para a almofada no ar ao me ver.

— Nem para deixar os outros dormirem em paz você serve, Ryan! — digo com cara fechada.

— Por que você dormiu aqui?

— Porque eu quis.

— Você não devia ter saído da minha cama. — me repreende.

— Pode ficar com sua cama, querido. Não quero ser culpada por não ter conseguido compor suas músicas porque eu estava lá. — rebato e viro o rosto para a janela.