Capítulo 6

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Hektor

Depois de tudo resolvido na empresa em Boston, sabia que estava na hora de voltar para Londres. Caio me falou que o idiota do Octávio Lee, queria uma reunião diretamente comigo para resolver um projeto de um edifício. Ele queria que analisássemos a área. Então, era melhor voltar e resolver tudo, sem contar que estava preocupado em deixar a Miller tomando contas das coisas sem mim. Ela era nova na empresa e claro, completamente maluca. Além disso, não perdia a oportunidade de me irritar. Ainda me pergunto porque não a demiti, talvez pelo fato do Caio ter pedido, por conta do seu interesse em Camilla. Mas claro que se ela continuar me provocando, não medirei esforços e logo a mandarei embora.

Assim que ligo para o Caio e aviso que estou voltando, ele me convida para o aniversário da minha assistente e diz que estão comemorando numa balada que sempre gostamos de ir. Penso seriamente se devo ir ou não. Conheço a Miller há poucos dias, mas é o suficiente para saber que não vou com a cara dela.

Pensando bem, é uma forma de relaxar, já que a minha semana foi muito estressante, sem contar as ligações histéricas da Soraya, que não entende que o que temos é apenas físico e nada mais. Para Soraya, nós ainda vamos nos casar, mas isso nunca vai acontecer. Hektor Thompson não é homem de uma mulher só. Gosto da minha liberdade e gosto de ter as mulheres que eu quiser. Apenas sexo e nada mais.

Pego a minha BMW e não demoro a chegar na balada. Assim que entro, dou de cara com ela brigando com um homem e acho estranho. Quando me aproximo, não aguento e arrebento a cara do canalha. Mulher nenhuma deve ser forçada a fazer algo que não queira.

Ela estava assustada, mas percebo que ela tinha bebido. O pior de tudo é que ela não aceita o meu presente de aniversário. Essa garota faz de tudo para me irritar. Uma hora vou acabar explodindo.

Para não perder a paciência com ela, vou embora. Porém, ela acaba me seguindo e fico irritado quando ela menciona o nome da Megan. Não posso acreditar que ela leu a carta que estava na gaveta. Também, Hektor, você é um idiota. Já deveria ter rasgado aquela carta há muito tempo! Mais uma vez, ela joga o bendito presente em minhas mãos. Quando ela decide ir embora, cambaleia e antes que caia, eu a seguro. Não acredito que ela desmaiou.

Pego-a em meus braços e a levo até o meu carro. Acho que ela precisa descansar. Eu a coloco deitada no banco de trás. Ligo para o Caio, mas a ligação cai na caixa postal. Ligo para Camilla e também cai na caixa postal. Merda, era só o que me faltava, a minha assistente acabou de estragar os planos que eu tinha para essa noite. Ouço o meu o celular tocar e pego, na esperança de que seja um deles.

— Alô — digo e olho para dentro do carro. Ela permanece imóvel.

— Hektor, por que não me ligou avisando que tinha chegado? — Merda, era a Soraya.

— Porque não devo satisfações da minha vida para você e para ninguém. Já disse para parar de me cobrar como se fôssemos namorados, porque não somos.

— Nossa, você está muito estressado. Posso resolver o seu problema... — diz, maliciosa.

— Não tenho problema nenhum, Soraya, e se tivesse, Londres está cheia de mulheres para me ajudarem a resolver. Agora, chega de me encher. Depois nos falamos — encerro a ligação.

Não tenho alternativa a não ser levar a minha assistente para a minha casa. Não posso deixá-la sozinha no estado em que está. Entro em meu carro e sigo. Não demora muito e logo chego na minha cobertura. Deixo o carro no estacionamento e desço, pegando-a no colo. Ai, Miller, você vai me dar mais trabalho do que eu pensei.

O azul dos seus olhos - Liberado para quarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora