Capitulo 20

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            Os dias no trabalho sem o Hektor não foram os mesmos. Infelizmente, ele precisou estender a viagem por mais alguns dias e eu não aguentava mais de saudades.

Meus dias ficaram vazios sem ele. Mesmo nos falando todos os dias por telefone, não era a mesma coisa, sem contar que a minha insegurança estava me atormentando. E se ele arranjasse outra pessoa durante esse tempo?

Tenho que parar com isso. Sei que ele não faria nada para me magoar.

Finalmente sexta-feira chegou e hoje à noite, Hektor voltaria de Boston. Isso seria muito bom, já que a Camilla praticamente se mudou para casa do Caio. Fiquei sozinha, mas estava feliz por eles.

— Bom dia, Caio — eu digo, assim que entro na sala. Caio estava usando a sala do Hektor enquanto ele não voltava de viagem.

— Bom dia, Larinha.

Vou para minha mesa e coloco todas as coisas em ordem. Não há um só minuto que eu não pense nele. Nunca imaginei que fosse me apaixonar novamente. Sinto que dessa vez é para valer.

Mais tarde, saio para almoçar com as meninas.

— Então, quando o Sr. Hektor volta de viagem?

— Hoje, Alice, graças a Deus. Eu não aguento mais um só minuto longe dele. Se pudesse, pegaria um avião e o encontraria.

— E por que não faz isso? — Karen questiona.

— Porque a Lara não tem coragem.

— Não é isso, Camilla. Eu não posso dar uma de namorada ciumenta.

— Tenho certeza que ele adoraria a surpresa — disse Alice.

— Eu sei, mas agora é tarde. Ele já deve estar voltando.

Terminamos o almoço e cada uma foi para sua sala. No final do dia, arrumo as minhas coisas e saio da sala. Despedi-me da Karen e aperto o botão do elevador. Assim que as portas se abrem, lá estava ele em minha frente. Sem hesitar, pulo em seu pescoço. Esqueci completamente das pessoas que estavam ao nosso redor, tudo o que eu queria era matar a saudade.

— Nossa, acho que ficarei longe por mais tempo, só para ter uma recepção como essa.

— Não sabe como senti saudades.

— Eu também. Não houve um só minuto em que não pensei em você. Mas acho que estamos impedindo as pessoas de passarem.

— Sim, me desculpe — peço às pessoas atrás de nós.

Hektor sai do elevador, dando espaço para as pessoas passarem.

— Vamos para nossa sala — ele segura em minha mão.

Assim que entramos, ele me encosta na parede e ataca os meus lábios.

— Senti saudades dessa boca deliciosa — fala, entre os beijos.

Suas mãos percorrem o meu corpo. Ele me leva até o sofá e então, fica sobre mim. O beijo é muito quente. Sinto a sua ereção e tudo o que sei é que não quero mais esperar. Ouvimos batidas na porta.

— Droga! — Ele diz, saindo de cima de mim.

— Acho que alguém quer nos impedir — brinco.

Hektor abre a porta e dá de cara com o Caio.

— Olá, amigo. Fiquei sabendo que voltou.

O azul dos seus olhos - Liberado para quarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora