"Estamos livres para viver".
Essa frase pode significar tanta coisa... Estamos livres para irmos aonde quisermos, seguir nosso rumo. Estamos livres para conhecer novos "amores". Estamos livres para mostrar nossos sentimentos. Estamos livres para nos importar só com o que quisermos, sem que nada nos atrapalhe.
Falando assim parece ate que tudo é fácil, mas não é. Palavras são apenas palavras, se não posso fazê-las ser a minha realidade. Infelizmente, não posso dizer que sou livre, não que algo como uma corrente me prenda, mas algo sentimental sim. Tudo parece que se tornou uma enrolação sem sentido.
Talvez eu nem amo Logan como penso que amo, e acabo ficando assim, tendo esse amor platônico atoa.
Mas são só palavras... Pois o que sinto agora é tão forte, que tenho até medo.
Eu posso muitas vezes tentar não ligar, simplesmente não me importar, só que isso fica tudo na minha cabeça. Já que, com o fato de poder falar com ele, já me arrepia, e traz uma sensação de conforto.
É... Acho que estou perdidamente...
Amando de verdade.*
—Logan, precisamos entrar, vamos! — tento convencê-lo a entrar na escola.
—Ah Sofia! Vamos, tenho certeza que você nunca matou aula na sua vida.
—Sim mas...
—Viu! Vai ser legal. Vamos! —fiquei encarando-o — Por favooorr?
Eu nao resisti.
—Não me faça se arrepender disso.
—Claro que não, eu vou fazer você querer de novo. — ele coloca aquele sorriso maroto no rosto.
Esse sorriso... Já estava com saudades.
Com total suavidade, ele entrelaça seus dedos nos meus, e me guia. Sinto seu toque quente, na minha mão, e espero realmente que eu nao me arrependa disso.
—Para onde vamos?
—Vamos para a minha casa —quando vou formular uma frase, ele interrompe — quero passar mais momentos sozinhos com você, já que ficou um clima estranho entre a gente nos últimos dias. Podemos ver um filme, qualquer coisa. Por você tudo bem?
—Tudo bem. — eu também queria um momento a sós com ele, para quebrar qualquer tipo de muro que tenha se formado naquela festa.
Continuamos andando, e para a minha surpresa foi muito rápido, e suas mãos nao se soltou das minhas.
Chegando a sua casa, ele abre a porta para que eu entre primeiro, sendo algo, bem educado.
—Onde está sua mãe?
—Ela está no trabalho.
—Ah sim...
Realmente, nao fazia a menor ideia do que fazer ou falar naquele momento, então só fiquei olhando-o para que ele tomasse a iniciativa, já que a casa era dele.
Ele olhou-me de volta, com aqueles olhos verdes, que me...
Não irei olhar! Adverti-me.
Aquele momento já estava se tornando constrangedor, aquele silêncio total.
—Você disse que eu não me arrependeria, mas ...
—Está um silêncio né. Mas só estou tentando me segurar.
—Se segurar? — fiquei realmente em dúvida.
Encarando-me ele cerra os punhos, o que me faz ficar ainda mais perdida, e então ele suspira.
—Quer saber? Que se dane. Nao vou me segurar perto de você.
Com um passo ele parou frente a frente a mim, tirando o fato que ele precisa abaixar um pouco a cabeça para olhar-me nos olhos. Tirou minha mochila com rapidez, e segurou meus ombros e foi levando-me até a parede. Só fui sendo guiada novamente, sem protestar.
Senti minhas costas encostar na parede. E ele ainda me olhava.
—Você mexe com a minha cabeça, eu tento, sério eu tento ser um cara comportado ao seu lado, mas como sou um cara babaca, eu nao consigo. Então mais uma vez... Que se dane.
Seus lábios tocaram os meus, e meu corpo se arrepiou em felicidade. Começamos um movimento suave, gostoso, um beijo daqueles que matam a saudade.
Saudade é o que eu realmente estava sentindo disso. Desse beijo.
Sua mão passa pela minha cintura, e vai para as costas, fazendo com que meu corpo cole ao dele, e que ao mesmo tempo eu fique presa a parede. E não estava com nenhuma vontade de me soltar dali.
Sinto meu lábio ser mordido por ele suavemente, fazendo-me sentir um prazer enorme...
Com um selinho, nosso longo beijo se encerra. Fazendo com que eu tenha que recuperar o fôlego.
—Sofia... Sou bagunçado, sou totalmente diferente de você. Mas... Quero namorar comigo?
Essa pergunta me pega muito de surpresa, já que nunca imaginei que escutaria isso da boca dele.
—Hã? V-você q-quer... — impossível segurar a gagueira.
—Sim. Eu quero — ele pega a minha mao sem o gesso, que naquele momento eu nem tinha percebido que ainda o tinha. — Aceita?
Meu coração bate mais rápido dentro do peito, sinto meu corpo se tornar leve. Isso é tudo que eu mais queria...
—Si...Triiiiiiimmmmm!!!!
Lentamente abro os meus olhos, e toda aquela sensação que eu estava sentindo passou. Viro a minha cabeça para o lado e vejo a minha mão fechada, como se eu tivesse segurado a mão de alguém.
A mão de Logan.
Um sonho.
Claro que seria um sonho sua boba!
Desligo o despertador, um tanto desanimada. O sonho foi... Ótimo. Mas foi só um sonho, na qual, mas uma vez sonhei com Logan.
O que me resta é levantar para mais um dia...A escola foi nada fora do normal. A não ser por Logan não agir mais estranho comigo, e sim, carinhoso.
Isso foi maravilhoso, por fazer com que eu não me sinta mais desconfortável, mas foi inevitável nao relembrar o sonho que tive.
Esse sonho parecia tão real, eu sentia seus lábios, sentia sua mao na minha, e isso tudo mexeu com os meus sentimentos, o que me faz pensar... E pensar...
Que nem agora.
—Sofia? — escuto minha professora me chamar.
—Sim?
—Você pode ir a sala de materias com Logan, e trazer 3 cartolinas de cada cor que tiver lá, para fazerem os cartazes do trabalho?
A... Nao... Ele de novo?
—Posso sim.
Dirijo-me para fora da sala, aonde Logan já está a minha espera.
—Você está meio longe hoje, parece ate que teve um sonho bom.
Hm? Oi? Sonho? Como sabe do sonho? Nao... Espera. Estou 'boiando'.
Abro a boca para dizer algo, e me vem a lembrança do sonho. Por que fui sonhar com ele de novo, hein cérebro?
—Não...
—Aham sei. Com o tempo que levou para a falar. —ele da uma risadinha. Que é uma melodia aos meus ouvidos.
Chegando a sala de materiais, a inspetora nos deixa pegar o que quisermos e sai para resolver algum outro problema. Então será só Logan e eu nesta sala pequena.
—Eu não estava entendo pra quê duas pessoas levarem cartolina. Mas agora acho que entendo. — digo olhando todas as cores de cartolina presentes naquela sala.
Tem cerca de 5 cores, e carregar três cartolinas de cada uma, fica um tanto pesado.
—O pior que tem a branca e a rosa lá em cima. Você vai subir na escada para pegar. —diz ele.
—Eu? Por que eu?
—Porque se você for pra cair eu consigo segurar a escada, pois te aguento.
—Ta. Mas me segura hein!
—Claro.
Subo os degraus da escada para alcançar as cartolinas, que contém uma caixa cheia de papel crepom, que tentarei tomar cuidado para nao derrubar.
Puxo a cartolina branca, com um tanto de força, o que faz a escada balançar.
—Logan! Segura!
—Opa! Desculpa, nao vai balançar mais.
—Pega as cartolinas brancas. —e assim ele faz.
Começo a puxar as cartolinas rosas, quando a caixa quase vira, deixando uns crepons cair.
—Logan, pega pra mim por favor?
—Mas e a escada?
—Ja peguei as cartolinas e já vou descer.
Quando começo a descer das escadas, Logan se abaixa para pegar os crepons, mas por descuido, ele bate sua bunda na escada, fazendo com que ela balance no momento que estou descendo.
Me arrepio, por medo de cair, e bater o braço com gesso.
—Logan!
Solto as cartolinas e tento segurar na escada, que já esta se inclinado para cair em cima dele. Logan rapidamente se levanta, e tenta segurar a escada, mas minha mão boa se solta dela, o que faz com que ele me segure, e caia em cima dele.
Fico esperando a escada bater na minha cabeça, no momento em que caímos no chão. Mas nao sinto nada. Olho para onde ela esta, e vejo a perna de Logan a segurando.
—Você é um ninja?
—Nas horas vagas sim. — ele sorri me fazendo sorrir junto.
E naquele momento percebo, os crepons no chão, e seus braços envolta de mim.
—Ai..ai... Desculpa por quase te fazer cair.
—Foi nada, contanto que eu nao me machuquei.
—Levando em conta que te segurei...
Sorrio. E ele me encara.
A... Droga.
Nao consigo resistir à esses olhos.
Sua mao levanta e coloca uma mexa minha atrás da orelha, e acaricia minha bochecha.
Assim fica difícil.
Aos poucos o clima daquele lugar mudou. Nao sei se é por estar em cima de Logan, ou o fato de seu toque.
Mas só quero beijá-lo.
Bem ali.
Neste momento.
Percebo que ele olha a minha boca, e sobe para os meus olhos. Instintivamente, passo a língua nos meus lábios, que sem eu perceber, ficaram ressecados.
E pareceu que tudo envolta desapareceu.
O que viemos fazer aqui?...
Realmente nao quero lembrar agora. E só desfrutar desse momento, que no começo foi estranho...
Mas agora se tornou maravilhoso, pela troca de olhares.
Que sem palavras, já falam tudo.*~*~*~*
Oi pessoal! Espero que gostem! Até a próxima sexta! Beijos.
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Me faça sua
RomanceSofia é uma garota normal de 16 anos, que acredita que todo e mais belo romance só vive no mundo dos livros. Tem seus ideais na vida mesmo não tendo seu pai. Com a chegada de Logan Rice, um amigo de infância, retomam a proximidade de antes. Agora q...