Dia 1 de 16.

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Normani entrou no meu quarto cantando Bob Marley. Eu abri os olhos devagar e olhei para o lado, para o meu despertador. Meu Deus, eram nove da manhã e aquela merda não tinha me acordado com piiis no ouvido. Sabe o que aquilo significava? ADEUS INVERNO DE MERDA! OLÁ FÉRIAS NA PRAIA!

-Eu estou de férias. – Levantei na cama com um sorriso no rosto. Normani sorriu e imediatamente pulou na minha cama.

-SIM, porra, nós estamos de férias! – Ela me abraçou e eu a apertei empolgada. Ela me soltou e apertou minhas bochechas. – Meu Deus, como você já está corada só em falar em férias?

-Eu estou tão emocionada. – Pulei da cama e puxei minha mala que estava embaixo da cama. – E pronta. Eu estou pronta.

-Eu amo você quando está de férias. – Normani disse e eu ri, empolgada. – Vamos. A gente tem que estar no aeroporto em três horas.

Nos arrumamos depressa, eu não podia estar mais empolgada. Normani tinha razão, eu realmente precisava de férias. Acabou ter que ir dormir cedo e ter que acordar às sete da manhã, pegar um metrô lotado, ir até o outro lado da cidade, ler vários manuscritos por dia, ter pilhas e mais milhas de livros de ficção chegando na minha mesa. Eu juro, não aguentava mais ler tentativas patéticas de sequências de Jogos Vorazes ou Harry Potter. Esqueça isso. Por dezesseis dias eu não ia nem pensar em encostar em um livro. Não. Eu ia dormir na praia com o meu iPod. Eu ia esquecer meu nome e virar uma sereia nas águas claras das Bahamas. Espera, não, apaga isso. Me faz parecer convencida. Eu serei só um peixe normal. Um baiacu se você quiser. Ah! Tanto faz. O ponto é que eu ia fritar meu cérebro em água salgada, sol quente e água de coco sem ninguém para me incomodar.

Chegamos nas Bahamas já eram umas cinco da tarde. Infelizmente não conseguimos um voo antes e ainda tinha uma hora de fuso horário. De qualquer jeito quando chegamos ainda estava claro, e quem se importa? Estávamos nas Bahamas, nosso hotel ficava a literalmente cinco metros de onde começava a praia, e nosso quarto era legal.

-Ok, vamos lá. Nós precisamos de uma bebida nessa mão, o cartão do quarto no outro e o cartão que seus pais te deram para a gente estourar! – Eu disse empolgada assim que nos arrumamos no quarto.

-Meu Deus, eu te amo tanto. Casa comigo. – Normani disse de brincadeira e eu sorri.

-A gente já mora juntas. Acho que dá para o gasto. – Eu falei pegando uma bolsa menor e colocando minhas coisas dentro. – Além do mais está claro que você é uma péssima namorada.

-Golpe baixo, Jauregui. – Normani disse fazendo a mesma coisa que eu, passando suas coisas para uma pequena carteira. – Além do mais vindo de você. Seu último relacionamento durou duas semanas.

-O que eu posso dizer? – Tirei meus sapatos e calcei uma rasteirinha preta. – Você sabe como sou em relacionamentos. Difícil de apegar, fácil de largar.

-Melhor filosofia te prometo isso. – Veio até mim com um sorriso e bateu na minha mão. – Bom, acho que estamos prontas. O que estamos esperando para afundar essa ilha?

-Isso foi a melhor coisa que já saiu da sua boca, eu te garanto. – Disse rindo e nós saímos do quarto indo em direção à recepção só para descobrir onde o bar ficava. – Ok, vamos agir em grupo. Você sabe meu tipo ideal, certo?

-Espera. Para que? Ficar e largar ou tentar um relacionamento? – Perguntou e logo em seguida começou a rir. Eu a acompanhei.

-Essa foi boa.

-Ok, seu tipo. Não fala muito, tem corpo sarado e o rosto é um extra. – Disse e eu concordei com a cabeça. – Ah claro, se tiver de sunga já é um não.

-Se bem que... – Virei o rosto para um cara que tinha acabado de passar. – Olha direito para sunga antes de dizer não.

-Ew, Jauregui. – Resmungou com um sorriso idiota no rosto. Encostou na bancada da recepção. – Onde fica o bar?

-Só seguir reto naquela direção. – O recepcionista disse. Normani respondeu com um legal e nós seguimos na direção apontada.

-Tudo bem, o meu tipo ideal?

-Dinah. – Respondi levantando a sobrancelha.

-Sim! Estamos na mesma página. – Sorriu e nós chegamos ao bar. Olhei em volta algumas vezes, e preciso dizer, fiquei um pouco decepcionada. – O que está acontecendo aqui? Encontro de casais?

-Argh, pior. – Franzi meu rosto inteiro. – Casais em lua-de-mel.

-Argh. – Resmungou também. – Pior tipo.

Acabamos só pegando uma bebida cada e fomos dar uma volta para conhecer todo o resort. Aquele lugar era imenso! E tinha várias coisas divertidas para fazer. Bem perto tinha uma barraca para alugar jet-ski e outra barraca que dava aula de surf. Eu bem que queria aprender a surfar.

As piscinas eram imensas, e ainda tinha academia, salão de jogos, e vários restaurantes temáticos. E óbvio, a praia. Bem ali. Tão perto que não tinha porque não passar 24h do dia nela.

Normani quis voltar logo para o quarto. Tinha planejado o dia seguinte todo e tudo envolvia descobrir onde a Dinah estava, com quem estava, e se não estava ficando com ninguém. Meus planos? Água de coco e água salgada em doses não recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. E eu não podia me importar menos.

Bahamas FiveOnde histórias criam vida. Descubra agora