Dia 11 de 16.

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Acordei mais cedo que de costume. Eu queria ir chamar Camila para tomar café-da-manhã antes que ela viesse me chamar. Talvez a gente tivesse alguns minutos sozinhas antes de ter que encarar todas as outras meninas.

Bati na sua porta e esperei um tempo, sem resposta.

-Camz? – Chamei.

-Oi. – Sussurrou no meu ouvido aparecendo atrás de mim sem que eu notasse.

-Oi. – Me virei para ela sorrindo envergonhada. Coloquei minhas mãos no seu pescoço e lhe beijei. – Você quer ir tomar café?

-Pra que a pressa? – Me empurrou contra a porta e voltou a me beijar. Uns segundos depois senti a porta se mexer atrás de mim e descobri que ela tinha aberto. Separei nossos lábios e entrei no quarto, sendo seguida rapidamente por ela. Camila fechou a porta atrás de si logo em seguida se voltando para mim. Atacou meu pescoço com uma ferocidade que normalmente me assustaria, se eu não quisesse tanto que ela fizesse aquilo. Normalmente eu não ficava excitada com tão pouco, mas o jeito que ela fazia aquilo simplesmente me enlouquecia. Era como se brincasse com algo e não queria largar nunca. Enquanto isso eu ia e voltava ao inferno várias vezes, a xingando mentalmente por ser tão boa naquilo.

-Eu mandei meu primo ficar longe de você. – Ela disse depois de afastar sua boca do meu pescoço.

-Eu vou saber recompensar. – Eu disse sorrindo e o rosto de Camila iluminou. Seu rosto inteiro ficou diferente. Ela me olhou de cima abaixo como se eu fosse um pedaço de carne e ela um leão na selva africana. Seu olhar me assustava, mas ao mesmo tempo me fazia querer tirar a roupa inteira. Vai entender.

Camila avançou de volta para mim. Suas mãos procurando a barra do meu vestido para levantá-lo. Eu levantei meus braços e ela começou a puxar para cima. Mas antes que tirasse completamente, alguém bateu na porta.

-Merda. – Resmunguei.

-Também acho. – Me deu um beijo rápido e foi abrir a porta. – Ah oi, oi pai. – Colocou o braço para trás balançando-o para o lado, como se dissesse para eu sair do campo de visão dele. Eu corri para o lado, me sentando na cama tentando não fazer barulho. – Tempestade tropical?

Arregalei os olhos. Eu não ouvia o que seu pai falava, mas as palavras de Camila me assustaram.

-Não. Claro. Sem problema. Já vou lá. – Camila disse concordando com a cabeça e depois fechou a porta. – Probleminha.

-Tempestade tropical?

-É. Talvez vire um furacão. – Arregalei os olhos. – Mas talvez não. Provavelmente não. – Se aproximou de mim. – Calma Lolo, não vai ser nada demais.

-Como...? Como você sabe? E se tive um furacão? É melhor eu voltar para Nova Iorque.

-Lauren, não vai sair avião daqui hoje. – Deu um beijo na minha testa. – É melhor você ir tomar café-da-manhã e contar para as meninas.

-E você?

-Eu tenho que ir na praia avisar para os salva-vidas, meu tio e meu primo. – Segurou minha mão, me levantando da cama. Me deu um selinho. – A gente se encontra aqui em uma hora e resolve o que vai fazer. Tudo bem?

-Dá tempo?

-Dá muito tempo. Fica tranquila. – Outro selinho. – Vai comer, olhos verdes.

Concordei com a cabeça e saí do seu quarto em disparada para o encontro de Normani e Dinah.

-Gente. Tempestade... – Soltei o ar com força. – Tropical. Furacão.

-Que? – Normani perguntou e Dinah me entregou um copo de suco para que eu acalmasse um pouco enquanto bebia. – Senta, Laur. Do que você está falando?

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