Dia 3 de 16.

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No dia seguinte fizemos a mesma coisa. A única diferença é que Dinah tinha decidido passar a manhã na praia e a tarde na piscina. Eu já estava de saco cheio, então convenci Normani que estava na hora de ela agir. A gente tinha ido ali para que ela reconquistasse a Dinah e não ficasse seguindo-a e mantendo distância.

Assim que Dinah saiu para o bar, Normani me cutucou.

-Vai lá falar com ela. – Normani disse apontando para a garota sozinha perto da piscina e eu me virei para ela.

-Falar o que? – Perguntei.

-Qualquer coisa. Só deixa ela ocupada enquanto eu vou atrás da Dinah. – Normani disse se levantando e eu segurei seu braço.

-Como assim? Normani, não. Não faz isso comigo.

-Isso o que?

-Não me faz ir falar com uma pessoa estranha. – Implorei. – Eu não saberia o que falar e eu não sei fazer amizades, você sabe disso.

-Laur, é só perguntar de onde ela é, se está em lua de mel, se está gostando, se pega mulher, sei lá. Se vira. – Soltou seu braço preso entre minhas mãos. – Quinze minutos de conversa com alguém não vai te matar.

-E se ela for uma assassina e não gostar de mim e quiser me matar? – Perguntei fazendo drama.

-Puta que pariu, Jauregui. Eu só estou te pedindo para ir falar oi para uma garota da nossa idade. Não é possível que seja assim tão impossível.

-Ok. – Levantei da cadeira, respirei fundo. – Eu consigo.

-Só distrai ela até eu voltar. – Normani saiu e eu fui em direção à garota.

-Tem alguém aqui? – Perguntei apontando para uma cadeira de sol. Dois enormes olhos castanhos olharam para mim, a garota sorria negando com a cabeça.

-Não. Fica à vontade. – Respondeu e eu me sentei ao seu lado. Ok, eu precisava puxar conversa. Um casal passou na nossa frente. Respirei fundo.

-Nossa, tem muito casal em lua de mel aqui. – Disse alto. Expirei demoradamente. Que merda, eu era péssima naquilo. – É horrível quando se está sozinha.

-Aham. – Concordou me olhando de canto de olho.

-Falei merda? Você está em lua de mel, né? – Perguntei e ela concordou com a cabeça.

-É. – Sorriu. – Meu marido está no quarto com insolação.

-Oh, eu sinto muito. – Disse. Ela deu de ombros. Eu transpirava de nervoso. – Espero que consiga se divertir aqui, mesmo com ele... Bom, com ele no quarto.

Ela riu.

-Eu não entendi a graça.

-Você realmente acreditou que eu pudesse ser casada? – Gargalhou. Eu respirei fundo. – Eu também estou sozinha.

-Ah. Eu... eu tinha acreditado. – Suspirei. Olhei para trás, Normani obviamente ainda não tinha voltado porque aquele tanto de conversa devia ter durado só uns três minutos. – Lauren. – Estendi a mão para ela.

-Camila. – Apertou minha mão com um sorriso no rosto.

-De onde você é?

-Daqui.

-Sério? Você mora aqui? – Perguntei e ela concordou com a cabeça. – Bom, isso explica muita coisa.

-Tipo o que? – Camila perguntou de volta.

-Seu bronzeado perfeito. – Eu disse. – O fato de que você não está incomodada com tantos casais.

-De onde você é?

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