Dia 13 de 16.

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-Bom dia. – Acordei com uma voz no meu ouvido. Não era a Normani. Abri os olhos assustada para dar de cara com Camila com o rosto praticamente colado no meu. Eu sorri e ela me deu um selinho assim que abri os olhos.

Seu rosto estava perto do meu e eu pude notar tudo que eu tanto gostava nele. Seus enormes olhos castanhos, todas as suas sardas tão pequenas e clarinhas, seus lábios perfeitos. Eu queria beija-la, mas eu tinha acabado de acordar e provavelmente meu hálito não era a melhor coisa naquele momento. Seus enormes cabelos desciam pelos seus ombros alisando o seu corpo e tocando o meu.

Eu gostava de Camila. Não, eu não a amava. Mas talvez eu estivesse começando a me apaixonar por ela. E por mais que meu cérebro me dissesse que aquilo era errado, ou me perguntasse que porra eu estava fazendo com a minha vida, Camila chegava, e ele dava curto circuito. E meu corpo me mostrava que eu não precisava pensar em nada, só senti-la.

Ela se sentou na cama e eu me levantei um pouco depois, deixando o lençol que eu estava embrulhada cair na minha frente, me deixando de pijama para ela. Eu não me importava.

-Mani foi buscar Dinah. Ela quer leva-la para fazer algo especial hoje... – Olhou para minha barriga por alguns segundos, voltou a olhar para mim. – Sem a gente, claro.

-Oh. – Foi o que consegui dizer. Eu teria o dia inteiro com a Camila. Só nós duas. E então lembrei da Ally. – E a Ally?

-Meu pai deu o dia de folga para ela porque ela fez hora extra ontem. – Camila deu de ombros.

-Então, ela também não está por aqui? – Perguntei, ela negou com a cabeça. – Oh. – Repeti. Só nós duas.

-O que você quer fazer hoje? – Perguntou.

-Você. – Falei sem pensar direito. Só saiu. Camila gargalhou.

-Por que você não coloca uma roupa e a gente vai tomar café? Depois, quem sabe, eu deixo você fazer o que você quer.

Dessa vez, fui eu ri. Mas eu fiz exatamente o que ela tinha falado. Entrei no banheiro, escovei os dentes, coloquei um biquíni, um short e uma blusa cropped e saí do banheiro para dar de cara com Camila, que mordia os lábios.

-Vamos?

-Você... Eu... – Ela gaguejou e correu em minha direção se agachando na minha frente. Suas mãos subiam pelas minhas coxas e seus lábios beijavam a minha barriga.

-Camz... – Resmunguei já quase jogando minha sanidade para o céu. – Café da manhã.

Ela parou de beijar minha barriga quando a ouviu roncar. Olhou para cima e eu dei um sorriso envergonhado. Ela riu.

-Tudo bem, vamos. – Pegou na minha mão e saiu me guiando para fora do quarto pelo caminho que fazíamos todos os dias de manhã para comer.

Tomamos café devagar. Apesar de sentir tanta vontade de estar no quarto com ela fazendo outras coisas, eu sabia que aquele dia era só nosso. Eu me sentia estranha por estar de casalzinho ali. Ou em qualquer lugar. Era estranho eu ter me apegado já, e esquecer completamente que em 3 dias eu iria embora e ela não estaria mais na minha vida.

-Lolo? – Me chamou, eu voltei a encara-la com um sorriso no rosto. – No que você está pensando?

-Que eu vou embora em 3 dias. – Fiquei triste de repente. Ela arrastou sua cadeira até ficar completamente ao meu lado e segurou minha mão.

-Você não pode ficar mais? A gente pode ir pra... – Eu balancei a cabeça negando antes que ela terminasse. Seus lábios alcançaram minha bochecha e ela deu um beijo demorado. – Tudo bem, a gente aproveita muito esses 3 dias.

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