Dia 15 de 16.

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Acordei com pernas em volta da minhas. Abri os olhos só para descobrir Camila completamente nua ao meu lado. Sorri. Sua maquiagem da noite anterior ainda no rosto, marcas do meu batom vermelho descendo pelo seu pescoço até seus seios. Nus. Mamilos rígidos por causa do frio. Eu adoraria colar meus lábios ali, mas preferi beijar sua boca antes.

-Hmmm. – Resmungou nos meus lábios. Apertando ainda mais seu corpo contra o meu fazendo seu sexo pressionar minha coxa.

-Você dormindo está me deixando excitada.

Sorriu lindamente.

-Que gostoso acordar com você assim... – Suas mãos rapidamente acharam o caminho dos meus seios. Ela ainda não tinha aberto o olho até aquele momento quando abriu bem devagar.

Apertou meus seios com força, me fazendo soltar um suspiro alto. Minhas mãos se dirigiram para sua bunda lhe puxando ainda pra mais perto, ajudando para que ela se movimentasse lentamente na minha perna. Voltamos a nos beijar.

Ficamos um bom tempo daquele jeito. Gemendo baixinho uma contra a boca da outra enquanto ela esfregava seu sexo na minha coxa e apertava meus seios. Estava uma delícia, e era bom aproveitar aquele momento, já que era o meu penúltimo dia.

Meu celular vibrou algumas vezes no criado ao lado da cama. Camila resmungou, pedindo para eu ver logo o que era. Era a Mani.

"Onde vamos almoçar?"

"Laur?"

"Tá transando, né viado?"

"Lauren caralho, estamos com fome já"

-Que foi?

-Mani e Dinah querem saber onde vamos almoçar.

-Que horas são? – Camila perguntou se afastando um pouco de mim e eu a segurei mais perto.

-Camz, deixa elas irem almoçar sozinhas.

-Não quer ir por que?

Eu queria dizer pra ela que não queria sair do quarto o dia inteiro. Que queria transar, e depois fazer amor, e dormir, e quando acordar recomeçar tudo. Mas não era só isso que eu queria. Eu queria sua respiração contra minha pele, suas mãos entrelaçadas nas minhas, e a gente conversando sobre qualquer coisa. E o motivo era simples, eu ia sentir muita falta dela. E não queria que aquilo estivesse no fim.

-Sei lá, eu só... Não estou afim.

Ela rapidamente achou um jeito de ficar completamente em cima de mim.

-E se eu te prometer que na volta a gente vai transar muito?

-Tá. É. Vamos.

Camila me deu um beijo demorado e depois se levantou, alcançando sua cômoda e pegando uma roupa lá de dentro. Rapidamente ele trocou para um vestido e colocou uma calcinha. Eu revirei na cama.

-Vamos Lolo.

-Ah, é. Tá. – Me arrastei para fora da cama catando no chão as roupas do dia anterior. Camila apareceu antes que eu vestisse me entregando um vestido dela. Eu o vesti sem dizer nada e nós saímos do quarto em direção ao quarto da Dinah.

-Por que você tá assim? – Me perguntou enquanto eu batia na porta e me encostava na parede ao lado. Dei de ombros. – Fala, Lolo.

-Só não quero ir embora.

-Também não quero que vá. – Se aproximou e me deu um selinho. – Mas vamos aproveitar enquanto você ainda está aqui?

-Uhum. – Concordei com a cabeça.

Logo Normani e Dinah saíram do quarto e nós fomos pegar o carro do pai da Camila emprestado novamente para buscar Ally na casa dela e irmos almoçar juntas em algum lugar na cidade.

Ally e Camila nos levaram em um restaurante na beira da praia. Seria um lugar maravilhoso para se olhar, se eu não tivesse algo bem mais bonito e interessante sentado na minha frente.

-Laur, vem tirar uma foto minha ali. – Normani me chamou e saiu me puxando para a praia. Eu a acompanhei sob protestos. – Você tá parecendo uma idiota olhando pra Camila.

-Não estou.

-Tá sim. – Subiu no balanço. – Vai, tira uma foto bem sexy pra eu mostrar pra Dinah depois.

-Ela tá bem ali, por que você não a chamou pra fazer isso? – Resmunguei enquanto tirava a foto pra ela.

-Porque eu queria te dizer que apesar de achar maravilhoso você estar apaixonada, ainda mais por uma mulher, estamos indo embora amanhã.

-E?

-E você vai sofrer horrores se continuar se entregando assim para a Camila.

-Tarde demais. – Resmunguei baixinho. Normani me olhou com cara de interrogação. – Entendi, Mani. Valeu pelo toque.

-Tudo bem. – Deu de ombros e nós voltamos para mesa.

A questão é que eu sabia que quando eu voltasse para Nova Iorque minha vida não ia voltar a ser a mesma. Eu não ia estar ok em voltar para aquela vida sem graça e sem Camila. E lógico que eu ia sofrer, mas a Camz tinha razão. Eu tinha que aproveitar enquanto ainda a tinha, e deixar para sofrer depois. Na verdade, eu tinha que aproveitar todo aquele ambiente, porque ia ser muito diferente quando eu voltasse para Nova Iorque. E muito, mas muito mais frio.

As meninas decidiram que minha ideia mais idiota – a de dormir na praia-, tinha sido também a mais genial, e decidiram fazer uma fogueira a noite e dormir do lado de fora do hotel. Camila e eu combinamos de ficar lá fora até elas dormirem completamente e depois voltar para o quarto.

À tarde, como prometido, Camila e eu voltamos para o quarto para fazer exatamente o que ela falou. Transar muito. Só lá pras oito horas que as meninas foram nos buscar lá.

Ficamos a noite inteira na praia, assando marshmallows, conversando e rindo. Bahamas tinha o clima perfeito para mesmo que a noite e perto da praia eu só precisasse de um casaquinho leve, e um abraço gostoso da Camila, para estar com calor. É, Mani tinha razão, eu estava completamente entregue a ela. Eu estava incrivelmente apaixonada por tudo que ela fazia. Era uma quantidade enorme e ridícula de paixão.

A primeira a dormir foi Ally, Normani se entregou logo depois, Camila a seguir, e depois Dinah. Eu resisti firme e forte, porque eu queria mesmo voltar para o quarto com a Camila.

-Camz. Ei, vamos pro quarto.

-Soninho. – Resmungou fazendo meu coração apertar.

-Você quer ficar aqui?

-Colo. – Estendeu os braços e eu sorri, envolvendo-a nos meus braços e levantando seu corpo. Ela entrelaçou as pernas na minha cintura, e enfiou a cabeça no meu pescoço. Eu cambaleei um pouco para sair da areia com ela, e dei graças à Deus por termos insistido para ficar em frente ao quarto dela, assim eu ia andar bem menos já que podia atravessa pela varanda. Coloquei Camila deitada na cama e vi um sorriso formar nos seus lábios.

-tchamolhosverdes. – Ela resmungou baixinho. Eu tentei não tirar conclusões precipitadas, mas juro que a ouvi dizer que me amava. Ou eu estava louca? É, eu estava. E era melhor dormir.

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