Dia 8 de 16.

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Acordei já planejando como ficar longe de Camila por tanto tempo. Primeiro eu tinha que me preocupar com o café-da-manhã porque não dava para ficar sem comer, depois eu podia me enfiar em algum lugar na praia longe de todas as meninas e finalmente ouvir minhas músicas olhando para o mar. Isso. Aquele era um bom plano.

-Mani, anda logo! – Abri a porta do quarto enquanto gritava para Normani que ainda estava no banheiro enrolando.

Assim que me virei para frente dei de cara com Camila. Ela tinha um sorriso no rosto e parecia realmente empolgada em me ver.

-Oi Laur. – Disse meio ao sorriso e eu respirei fundo.

-Ca-Ca-Cami... – Mexi a boca mais algumas vezes, mas o som da palavra não saia. Era estranho. Eu parecia estar com algo preso na garganta. Eu quase podia sentir fisicamente, se não fosse apenas o nome dela. – Camila.

-É. – Ela disse rindo. – Eu não te vi ontem durante o dia.

-Eu sou um vampiro. – Sussurrei fazendo-a gargalhar. Normani apareceu atrás da gente nesse momento.

-Mila, e aí?

-Oi Mani. – Camila cumprimentou com a cabeça. – Vocês estão indo tomar café-da-manhã?

-Aham. Vamos com a gente? – Normani chamou, fazendo Camila concordar com a cabeça. Eu fiquei parada exatamente no mesmo lugar enquanto as duas começavam a andar na frente. Camila virou para trás poucos passos depois.

-Você não vem, Lauren? – Camila me perguntou e eu refleti sobre aquilo. Eu realmente estava com fome e enquanto estivéssemos na frente das outras eu acho que estava segura. Eu só não podia ficar sozinha com ela.

Balancei a cabeça, confusa, ainda presa entre o sim e o não. Primeiro fiz um não, e depois um sim, e depois minha cabeça só se mexia livremente. Ela achou estranho.

-Por que você não var chamar a Dinah e encontra a gente lá? – Camila perguntou para Normani que amou a ideia e saiu depressa de perto da gente.

Droga. Droga. Eu não podia ficar sozinha com ela. Camila se aproximou de mim enquanto eu procurava a cartão na bolsa para me enfiar de novo dentro daquele quarto.

-Qual o problema?

-QUE? – Gritei sem intenção, só para perceber que meu coração estava acelerado e eu não conseguia pensar conscientemente. Eu só sabia que aquela era uma má ideia.

-Você tá me evitando. – Disse cruzando os braços na minha frente. – E agindo estranha.

-Que? – Perguntei de novo, dessa vez sem gritar. – Não estou, não.

-Laur, qual é. – Camila revirou os olhos. – Você se arrependeu do que fez?

-Eu fiz o que?

-Não. Lauren, eu não vou participar desse joguinho. Qual o seu problema? Você parecia saber o que queria quando ME beijou. – Deu ênfase no "me", imediatamente eu corei.

-Camila, eu sou nova nessas coisas. – Disse, tentando me explicar. Mas eu não tinha que me explicar. Eu não tinha que ir para cama com ela.

-Eu sei, Laur. – Tocou meu braço e eu senti meus pelos arrepiarem. Droga, por que meu corpo estava me traindo? – E se você tá com medo de que eu vá contar para alguém. Eu não vou. Não sou de sair contando vitória. – Sorriu de lado. – Ia ser bom falar de você, mas eu não vou fa...

Calei sua boca colando-a na minha. Porque enquanto eu tentava me convencer que ela só queria uma coisa de mim (uma coisa que eu não queria dar), meu corpo me mostrava que eu a queria. E que eu queria beija-la. E eu também queria muito mesmo que ela calasse a boca.

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