Uma Pespectiva Real

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Estou dentro de um mundo absorto de figuras que, com outras perspectivas, facilmente são confundidas com um pensamento inimaginável, senão um mero sonho.

As formas geométricas predominantes são círculos, pelo qual por cima caminhamos ou sobre ele corremos até que a exaustão nos torne instáveis e adoecidos. No final, a linha de chegada é a mesma para todos, o descanso.

Mas para alcançá-la é nos dado
outros caminhos e paralelas que atravessam aquele em que situamos.
A escolha é nossa os seguir ou os ignorar. Embora o sentido que pretendemos seja sempre "para frente", muitas vezes nos arrependemos das chances desperdiçadas de seguir por outras formas geométricas por causa do medo. Não se engane! O medo senta-se ao nosso lado nessa viagem e nos protege daquilo que nos faz hesitar, a insegurança. É com ela que deveríamos nos preocupar pois é um óculos escuro que enxerga apenas uma cor desse mundo doido e não nos permite reconhecer todas aquelas presentes no arco-íris.

Certo momento, de um jeito ou de outro, como seres humanos naturalmente curiosos o vencemos quando começamos a andar, a nos incluir em um meio social,  a amar. Até que aquilo que tememos já não é um incômodo.

O ciclo se repete de novo e de novo com cada pessoa, uns se apressam no meio do trajeto, não por opção, senão pela falta dela. É quando entramos em uma sala branca e escutamos as palavras "não há cura" de um médico e nesse momento o tempo perdido é relembrado às lágrimas.

Os trilhos sugeridos nesse caminho geralmente são tomados por emoções, desejos. Cada ser é diferente, por isso as divergências nos modos de agir. E sobre esta, vem os extremos sociais e morais que insistem em serem vomitados preenchendo a forma geométrica que escolhemos dar pé-ante-pé. O rico e o pobre. O bonito e o feio. O ateu e o religioso...

Quando nos deparamos com a realidade, na verdade o que aparentou ser um sonho, é a vida.
O que não deixa de ser uma pergunta insolúvel, uma vez que não há definição concreta.

O motivo é que mesmo que cada um traje sua forma, à sua maneira o moldará a sua felicidade. Até quando fecharmos os olhos novamente.

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