Sonhos

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Eu não presto pra nada, pareço uma criancinha ingênua atrás de um brinquedinho.

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"- Porque você não me deixa em paz???- perguntei com ódio.

- Porque você está atrapalhando meu relacionamento com ele. ELE NÃO TE AMA SUA GORDA.- A mulher de cabelos castanhos disse, gritando comigo. Quem essa cachorra pensa que é?

- OLHA O JEITO QUE VOCÊ FALA COMIGO SUA PUTA, SE ENXERGA E SE OLHE NO ESPELHO, SUA BEIÇO DE LINGÜIÇA, RIDICULA.- gritei no mesmo tom que ela.

- OLHA SÓ, FALOU A CRIANCINHA DA CASA, ELE NÃO TE QUER AQUI VAI EMBORA, DESAPARECE VADIA, O SEU TEMPO ACABOU, VOCÊ NÃO TEM CORPO NÃO TEM NADA DE ATRAENTE, QUEM É QUE VAI TE QUERER?- disse.

- Ele me quer sim e foi por isso que ele me escolheu. – eu disse parando pra analisar a situação, ela estava certa eu não tenho corpo nenhum, e olha ela tem um corpão ganha qualquer um.

- Hahaha. Você foi só um passatempo pra ele. Ele me quer agora, mas você está atrapalhando isso. – ela disse, e eu a olhei. Passei correndo por ela e subi para meu quarto.

Ela estava certa há semanas Justin não vem ligando para mim, eu sei que ele vive ocupado e tals, mas antes ele tinha algum tempo pra mim. Ela tem razão eu deveria sumir desse mundo, só assim ele vive a vida dele e eu posso ser feliz em outro lugar. Fui andando em direção do meu criado mudo e peguei vários remédios, misturados, entrei no banheiro e me encarei no espelho, não acreditando que iria fazer aquilo, mas sei que será o melhor. Coloquei todos os remédios juntos na boca, e bebi água, senti todos eles descerem rasgando por minha garganta, esperei eles fazerem o efeito e me matarem de uma só vez o mais rápido possível, mas isso estava demorando demais, fui até o quarto de Justin e peguei sua arma que estava em seu criado mudo, voltei para meu quarto entrei no banheiro deixando a porta aberta, comecei a ficar tonta, e isso foi um sinal me dizendo que os remédios já estavam fazendo efeito. Coloquei a arma em minha cabeça e tentei olhar no espelho, mas minha visão estava muito embaçada já, até que escutei uma voz conhecida.

- Tamyres? Você está ai?- Justin perguntou, mas eu não o respondi, coloquei a mão no gatilho e esperei a coragem chegar para aperta-lo – O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?- eu o olhei e sorri fraco.

- Acabando com o seu sofrimento...- eu disse baixo e apertei o gatilho. "

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH- acordei assustada. Que porra de sonho é esse? Como assim eu tentei me matar? Porque Justin estava nele qual é o sentido disso tudo? Porra de dor de cabeça que não vai embora.

Eu estava toda suada e quente, minha respiração estava acelerada eu não estava em orbita, minha cabeça ta em um lugar que nem eu mesmo sei. Depois desse "sequestro" minha cabeça não para de doer, e esses sonhos estranhos nunca acabam é um mais maluco que o outro, em um eu estava em uma boate e em outro esse Justin estava me comprando, e depois tinha me maltratado, até o Biel aparece nesses sonhos loucos. Só espero que hoje Justin me ajude a melhorar essa memória minha, e fazer minha dor de cabeça parar, porque nem remédio está funcionando mais. Levantei-me com a mão no rosto, e fui andando em direção ao banheiro, molhei meu rosto, e o pescoço me encarei no espelho e respirei fundo o que vai ser da minha vida agora? O engraçado é que a resposta nunca aparece. Justin disse que quando eu levantasse era para eu descer e ir para cozinha que talvez ele estaria lá, então sai do quarto e fui rumo a cozinha, o difícil é eu encontrar a cozinha nessa casa, que parece mais com um bairro isso sim. Desci as escadas e passei pela sala, onde tinha uma mulher sentada de costas para mim, assistindo televisão, seus cabelos eram castanhos claros, ela era meio que familiar para mim, parece à mulher com quem eu sonhei hoje. Estranho? Muito. Dei de ombros e fui procurar a cozinha já que ela não notou minha presença ali, depois de rodar aquela casa toda encontrei a cozinha, uma senhora já de idade estava de costas mexendo no fogão, fazendo alguma coisa. Eu a olhei e a reconheci de algum lugar.

- Bom dia? – eu disse chamando sua atenção, e vi a mesma se virar em minha direção e abrir um sorriso, seus olhos eram lindos, tinham um tom de mel misturado com verde.

- Oh Meu Deus, eu não acredito. Tamyres é você? - Perguntou alegre, eu odeio acabar com a felicidade dos outros, porque eu não estou me lembrando dela? Ela parece ser tão legal. Eu sorri e assenti com o que ela tinha acabado de me perguntar. – Minha menininha está de volta, você está bem? Eu soube do seu acidente, mas os meninos não quiseram me contar muita coisa, mas eu sei que você perdeu a memória e está perdida em tudo o que eu estou falando né? - Disse sorrindo e eu assenti com um sorriso no rosto, me sentando frente ao balcão. – Eu me chamo Maria, Justin lhe trouxe para cá, já faz um bom tempo, e você amava todos os bolos que eu fazia. Falando nisso você quer comer um bolo? Acabei de fazer. – me perguntou mudando de assunto. Maria era legal, mas eu ainda não lembrava muito dela, minhas lembranças estão retorcidas um pouco ainda, mas já estou conseguindo organiza-las. Maria falava e falava, e tudo o que eu fazia era assenti e sorrir e às vezes comentar alguma coisa. Ela era muito alegre, como uma pessoa consegue ficar tão animada desse jeito as 08h00min da manhã? Incrível como as pessoas te surpreendem né?

Eu estava ajudando Maria com a louça do café, pois eu tinha tomado café sozinha e Justin não avia aparecido ainda, mas é só pensar na peste que ela aprece.

- Bom Dia Maria. - Disse e eu me virei, tendo a visão dele sem camisa só com uma calça, digamos que parecia que estava cagado, mas tudo bem. Segurei minha vontade de rir, e me virei pra continuar secando a louça. Balancei a cabeça negativamente e soltei um risinho baixo. – Bom Dia pra você também Tamyres. – disse

- Achei que não tinha me visto aqui.- eu disse.

- Haha engraçadinha. Hoje a gente tem um dia muito cheio. Então eu quero meu café reforçado. - disse quando Maria saiu do local. Haha se ele está achando que eu vou fazer o café dele, está muito enganado.

- Me desculpa você falou isso pra quem?- eu perguntei. Ele olhou em volta da cozinha e olhou em minha direção, indicando que era eu quem iria fazer seu café. – haha me desculpe, mas não sou sua empregada. - Eu disse e coloquei o pano em cima da mesa.

- Oxi eu não to nem aí, mas eu pedi para você.- disse e deu um leve sorriso.

- Então vá procurar outra pessoa, porque eu não vou fazer café pra você- eu disse e fui em direção da sala, mas antes de sair da cozinha o ouvi bufar e se levantar, derrubando o banco. Eitha a bixa se estressou, ri desse meu pensamento bobo.

Quando cheguei à sala a mulher não estava mais lá, então me sentei –joguei – no sofá e fiquei trocando de canal, até a porta se abrir e entrar um grupo de garotos, e parar na porta me olhando como se eu fosse um fantasma. Um deles era o Ryan que veio falar comigo, eu só não conhecia os outros dois, ou melhor, não me lembrava deles.

- Porque vocês estão em olhando assim? – perguntei franzindo a testa.

- Puta que pariu o Ryan estava falando a verdade. – disse o mais alto, com o cabelo mais escuro.

- Alguém pelo amor de Deus diz que não é um fantasma que está aqui nessa sala. - disse o mais baixinho, com o cabelo mais claro e uma pintinha do lado direito acima da boca.

- Affe seus idiotas, não vão falar com ela não? Vão ficar ai olhando com cara de idiotas é?- disse Ryan se jogando no sofá. Dei uma risadinha baixa pelo modo que Ryan falou e vi os garotos se aproximarem.

- Olá Tamyres. Eu sou o Chris. - Disse o mais baixinho, me dando um beijo na bochecha, e eu sorri.

- E aí Tamyres, nossa mano eu achei que você tinha morrido, eu ainda não acredito que você está aqui. Eu sou o Chaz lembra?- disse o outro, eu sorri, mas balancei a cabeça negativamente, pois eu não tinha entendido nada. Eles me olharam com uma carinha triste, mas eu não posso fazer nada se eu não os conheço. Ryan se levantou e chamou os meninos para irem falar com Justin, e foram rumo a algum cômodo daquela casa enorme. Virei-me para voltar a ver Televisão, e ouvi uma voz que me fez se arrepiar todos os pelos do meu corpo.

- Olha só se a vadiasinha não voltou. Achei que você estava morta. - disse a voz feminina que estava em meu sonho.



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