CAPÍTULO 17

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Kevin onn
Talvez estivesse predestinado a ficar só...
Eu estava apaixonado por Ema, foi a única pessoa que eu já amei de verdade, queria que fosse recíproco, fiz muitas coisas erradas na vida, mas ela era especial, ela tinha conseguido mudar meu mundo, me mudar, será que tinha sido tudo uma falsa ilusão? Tinha me deixado levar pelo sentimento que invadiu meu peito com tanta pressa e esqueci que talvez pudesse me decepcionar?
Provavelmente ela não fez por mal, pode ser que ela ainda não o esqueceu mesmo com tudo que ele já fez pra ela.
Melhor me afastar, pelo menos por um tempo, parar de sufoca-la, pra ela ver o que quer da vida...
As provas iam começar na semana que vinha, não queria perde-las, pois já tinha feito isso o ano inteiro, precisava recuperar minhas notas, mas eu não queria ver Ema, não queria que ela quebrasse mais ainda meu coração, se tinha uma fraze que se encaixava perfeitamente na minha vida naquele momento era aquela do crepúsculo: "afinal quantas vezes um coração pode se quebrar e continuar batendo?".
Decidi ir mesmo assim as aulas, quando cheguei a sala e vi sua carteira vazia fiquei preocupado, ela nunca fautara ainda mais em um dia de prova de matemática, será que tinha acontecido alguma coisa ou a culpa era minha? Mas quem deveria estar machucado era eu não ela.
No segundo dia ela também não foi, então decidi deixar meu orgulho de lado e ir até a casa dela ver se estava tudo bem, mas ela não estava em casa, tinha apenas um bilhete na porta escrito:

Fiz as provas antes e viajei... Férias antecipadas, preciso pensar em tudo que eu fiz, espero que leia e entenda meus motivos, com amor Ema.

Pra onde ela teria ido? Aquela carta era pra mim? Liguei para ela, mas caiu na caixa postal, fui até a casinha da árvore e nem sinal dela, eu não deveria me preocupar, ela já sabia se cuidar, sabia o que é melhor pra ela, mesmo que não fosse o melhor pra mim, eu queria que ela fosse feliz, mesmo que minha felicidade não dependesse disso... Queria ve-la sorrir mesmo que eu não fosse o motivo, mas bem que eu queria ser, queria protege-la, queira ela perto de mim sempre, queria sentir seu perfume pela manhã e fazer seu café da manhã, meu futuro feliz dependia dela, eu já não queria mais ser apenas seu amigo, queria ser seu ficante, namorado, amante e quem sabe até marido, eu nunca tinha pensado em me casar, mas naquele momento a palavra casamento não ecoou tão horrível na minha mente, pois eu a queria por perto até que ficassemos velhos e fossemos sustentados apenas pelo amor, saber que em cada ruga dela eu estava presente e que cada pé de galinha por gargalhar seria por minha causa, ensina-la andar de skate mesmo velha, talvez ela finalmente aprendesse, sorri ao imaginar isso e me senti meio paranóico, mas de uma coisa eu sabia, precisava dela, tinha que encontra-la onde quer que ela estivesse e de repente me veio a mente sua irmã, escuteipela porta elas conversando e ela disse que iria visita-la em Miami, ela deveria estar lá! Eu podia perder as provas e ficar de recuperação final, mas não podia perder o amor da minha vida.
Peguei o primeiro ônibus para Miami, mesmo sem saber onde Megan morava, sabia que ela era jornalista e não deveria ter tantos jornais assim lá com uma redatora jornalística chamada Megan. Demorou aproximadamente 5 horas devido as paradas, assim que cheguei me pus a pesquisar e descobri 5 jornais com uma funcionária chamada Megan, queria me lembrar o sobrenome de Ema, economizaria tempo, mas como não lembrava passei a tarde procurando os jornais e só achei 2 que não tinha a Megan como redatora, no fim da tarde estava morto, procurei um hotel barato para jartar e dormir e me alojei, foi quase impossível durmir, tinha me esquecido como as cidades são barulhentas.
Na manhã seguinte, tomei café da manhã e já estava na rua a procura do próximo jornal cheguei em frente um jornal cinza muito elegante com enfeites dourados.
- ola? Em tudo e posso ajuda-lo- a secretaria me perguntou enquando vislumbrava a beleza do edifício.
- ah sim, oi, eu estou procurando Megan, ela por acaso é redatora desse jornal?
- sabe o sobrenome dela?
- infelizmente não, mas sei como ela é, ela é loira, tem olhos claros usa óculos de leitura, deve ter uns 25 anos, um pouco baixa e magra, seu pai faleceu a pouco tempo.
- temos alguém nesse perfil, queira me dizer seu nome e eu pergu to a ela se o conhece.
- é Kevin, amigo da Ema, diga que sou amigo da Ema.
- OK vou telefonar para ela agora, aguarde um instante.- me afastei e a secretaria falou por pouco tempo no telefone, desligou e falou que sra. Filds o aguarda no quinto andar vire a direta a segunda sala a esquerda.
- obrigado- segui seus instruções e quando cheguei vi aquela mesma mulher do dia do velório do pai, as olheiras tinham diminuído e estava um pouco menos pálida
- olá?
- oi sou Kevin- estendia a mão e ela apertou firmamente.
- tenho ouvido falar muito de você ultimamente...
- ela esta mesmo aqui?
- embarcou numa viajem sem saber ao certo se o motivo dela estaria aqui?
- normalmente eu ago antes de pensar e isso tem pe prejudicado bastante...- contei toda história pra ela apesar de parecer já saber ela se mostrou muito interessada no meu ponto de vista de tudo.
- ela está no meu apartamento, esse é o endereço, espero que diga a ela tudo que me disse e que a faça muito feliz.- ela esticou um papelzinho e eu o peguei rapidamente.
- obrigada, se eu descepciona-la pode se juntar a ela no ensopado de olho que vai preparar para que eu coma- ela riu.
- certamente, adeus.
- obrigado, tchau- saí rápido da sala, eu tinha que encontra-la rápido.

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Amar, por quê?[completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora