CAPÍTULO 20

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A semana passou voando e já era o dia das provas.
- quer revisar um pouco antes?
- não já sei tudo, pode confiar...
-ok, vou te esperar lá na cantina.
- ta bom- ele me deu um beijo no rosto e se foi.
Sentei numa das masas da cantina e fiquei esperando, derrepente eu vi Zoe se aproximando e já fiquei na defensiva.
- oi Ema
- oi- falei entre os dentes.
- posse falar com você?
- pensei que já estivesse fazendo isso.
- é serio mesmo Ema, eu queria me desculpar...- me pegou tão de surpresa que minha única reação foi ficar de boca aberta, n afinal não era se era todo dia que ela percebia o erro e se desculpava- PPR tudo que eu te fiz, por roubar seu namorado e querer estragar você e o Kevin, acho que eu estava apenas com ciúme porque ele nunca me olhou do jeito que ele te olha, e eu sempre quis que ele gostasse de mim, eu meio que forcei ele e quando eu vi vocês juntos eu pensei que era só ciúme que ele queria fazer pra mim, mas não ele nunca se importaria tanto assim comigo...- ele abaixou o olhar, parecia querer chorar e eu realmente não sei o que fazer quando as pessoas choram, coloquei a mão em sua costas como reconforto
- você vai achar alguém Zoe, alguém que se importe com você, que te ame muito, mas não acho que essa pessoa seja o Jeff, e não é ciúme nem nada disso, eu sei que você no fundo é uma boa pessoa e o Jeff bem, ele é o Jeff, ele acima de tudo.
- eu já terminei com ele... Pode ser que eu encontre mesmo alguém, eu vou me mudar pra Londres, terminar o ensino médio e já começar a faculdade, talvez exista alguém pra mim por lá... Vim pra me despedir também, passei a te considerar muito nesses últimos dias.
- ei zoe, pode ser que você seja uma das únicas amigas que eu tenha, sou muito ante social.
Nos abraçamos e senti algumas lágrimas escorrerem em meu rosto, nunca achei possível ser amiga de Zoe Sullivan, também nunca imaginei ter uma amiga, minha única amiga foi Lucy e mesmo assim tinhamos perdido o contato, quase nunca nos falávamos pelo telefone e agora mais uma amiga ia embora, talvez Key West fosse apenas um lugar para turismo, passar as férias ou algo do tipo.
Depois de um tempo assim ele de desvinculou e foi embora com os olhos marejados.
Talvez meio destino fosse perder as pessoas, assim que parecia que as coisas iam melhorar, elas pioravam, elas iam embora, esperava que Kevin não fizesse o mesmo.
Depois do que pareceram séculos Kevin finalmente saiu da sala, corri até ele com a pergunta estampada no rosto, ele parecia triste, diminui um pouco, parecia que ele tinha ido muito mal.
- e aí?
- não sei não, geografia e inglês, mas em química confundi algumas coisas e você sabe que um errinho no final da conta ele já coloca um "X" enorme em tudo.
- tenha fé, quando sai a ficha de quem passou?
- daqui dois dias.
- Então não vamos ficar esperando esse tempo todo angustiados, tenho uma ideia melhor- mordi os lábios.
- e qual seria- sussurrou ao meu ouvido.
- me siga- disparei em corrida pela areia da praia, mas como era sedentária de mais para isso ele me alcançou e me jogou na areia
- ai- passei a mão no joelho.
- está doendo aqui?- ele roçou os lábios no meu joelho
- já passou
- sei...- prendeu meus braços acima da cabeça com apenas uma mão e ficou sentado na minha barriga.
- agora eu não consigo respirar- falei tentando buscar fôlego.
- nossa eu te deixo tão sem fôlego assi?
- não idiota, você está sentado na minha barriga, como espera que eu respire?
- a tá - Kevin ficou um pouco sem graça e me sinto mal.
- não precisa sair, só não senta na minha barriga.
- então você quer que eu fique aqui?- aquele sorriso melicioso voltou ao seu rosto e me arrependi no mesmo instante.
- não é que eu quero é que pode ficar se quiser...
- e você não quer?
- não é essa a questão.
- quero ouvir você falar que me quer, que no vive sem mim, que me ama.
- nossa mas que carência...- tentei levantar, mas ele me enpurrou suavemente, aproximando seu rosto do meu, logo depois roçou meu pescoço até chegar aos meus lábios e naquele momento eu não queria estar em outro lugar, não naquele momento, mas não vida toda, eu queria ele, eu não conseguiria viver sem ele e eu mais do que nunca o amava, mas achei que ele não precisava ficar tão convencido naquele momento, então não disse nada, deixei que apenas os movimentos dos meus lábios no dele dissesse por mim, pela minha alma.

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Amar, por quê?[completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora