CAPÍTULO 24

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Colocamos a roupa de mergulho e eu estava estramamente ansiosa, nunca tinha feito aquilo e tinha medo de algo errado acontecer com o oxigênio, como acabar por exemplo, mas Kevin me confortou com um beijo na testa, era incrível como ele tinha o poder de deixar tudo tão tranquilo e descontraído sem o mínimo esforço.
Foi a uma hora mais fantástica da minha vida, tinham peixes de diversos tamanhos e cores vibrantes, tinham até tubarões e raias, era fantástico, difícil de explicar o que eu estava sentindo, era mágico, lindo, perfeito, o guia tirou algumas fotos de mim e Kevin e eu peguei algumas pedrinhas e conchas para guardar de recordação,guardaria tudo numa causa de lembranças que eu tinha com coisas da minha mãe, no fim do dia estava exausta, tinha passado o dia de baixo da água e por algum motivo minha pernas nem moviam direito mais, eu só queria durmir em minha cama confortável. Já estávamos a caminho de casa, no meu carro e decidi retomar o assunto que tanto aterrorizava Kevin, ele estava misterioso demais, parecia que nem confiava em mim, e eu tinha que saber, pra poder ajuda-lo talvez.
- ainda não entendi seus motivos kevin, porque você fica tão estranho quando eu pergunto do seu passado?
- você já sabe- ele nem olhou para mim, apenas murmurou.
- não eu não sei kevin.
- já te disse sobre meus pais terem me abandonado.- ele olhou dentro dos meus olhos com um olhar longínquo e furioso.
- sim, mas você ainda age estranho sobre outros assuntos, principalmente sobre o amor.
- Ema eu não sou uma pessoa normal, eu tenho mais problemas do que pode imaginar...
- então me conte... Não confia em mim?
- não é esse o problema, o problema é que você é a única pessoas que eu amo e eu tenho medo de te perder se souber quem eu sou, o mostro que me tornaram, os tormentos, tudo que me tornou na pessoa que eu sou.
- se te tornaram o que você é então eu acho que não vou me assustar.- ele ficou me olhando em silêncio por alguns segundos, mas eles foram suficientes para o desastre que se seguiu.
Eu não sei bem como aconteceu, talvez pela nossa alteração, mas chega ser cômico como a vida pode deixar de existir num momento, talvez em fração de segundos, como é fácil deixar de respirar, principalmente quando isso se torna dificultoso demais, de alguma forma enquanto discutiamos sobre o passado de Kevin eu poderia ter tirado seu futuro e o meu também, ele saiu da pista por alguns segundos em quanto me olhava em silêncio e quando tornou a olhar para frente tinha um caminhão enorme se aproximando, ele tentou se desviar e acabou batendo nas estremidades da pista de proteção para não cair no mar que passava em baixo, o carro rodopiou e bateu a traseira no caminhão, eu sai pelo vidro da frente como se tivesse a capacidade de voar, não sei por que motivo eu não usava cinto de segurança, mas isso fez com que tudo piorasse, principalmente a minha queda que não aconteceria se eu o usasse, a última coisa que vi foi a luz forte do farol do caminhão talvez e a última que ouvi foi kevin me chamar pelo nome, mas parecia longe demais, e lá estava eu atirada no chão com uma poça de sangue ao redor da minha cabeça e então tudo se apagou, como se nunca mais voltasse a ter luz, nunca mais.

Amar, por quê?[completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora