CAPÍTULO 13

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Acordei no sofá, mas como eu tinha ido parar lá? Que eu me lembre tinha durmido no chão sobre o peito Kevin, pelo jeito era só um sonho bobo, ouvi barulhos na cozinha e peguei uma almofada, me perguntando qual seria a utilidade dela, cheguei de ponte- pé e não vi ninguém, estava morrendo de medo e de repente alguém me puxou tapando minha boca, dei uma cutuvelada no ser insolente e grito bem alta quando virei e vi Kevin segurando a barriga com uma careta de dor.
- Kevin?
- oi- saiu mais um grunido do que um comprimento.
- desculpa é que eu...- será que eu digo que pensei ter sido um sonho por ter sido tão bom ou que tinha algum tipo de doença não identificada?e que tal ser esquecida demais?- não sei o que me deu...- ótima resposta, esclareceu tudo!
- tudo bem, desde que tenha remédio e nada de repouso, tudo ótimo.
- é mais os remédios tem uma regularidade de horas...
- eu preciso muito deste remédio, pode me dar uma amostra agora?- ele diz finalmente levantando e eu comecei a pensar em como pessoas apaixonadas podem ficar tão bobas?
- só uma hein!?- dei um selinho nele e ele fingiu frustração enquando eu ria sem nenhuma classe.
Quando finalmente consigui falar algo:
- o que você estava fazendo na cozinha? tá saindo uma fumaça de la!
- droga os cookies!!- ele saiu correndo e eu fui atrás, a cozinha se tornou uma grande nuvem negra de fumaça, comecei a tossir e ele também, ele pegou uma luva e tirou os carvões do fogão
- está servida?
- não, muito obrigada.
- mas eu fiz com tanto amor!
- espero que não faça mais nada com amor então.
- maguou- ele fez cara de cachorro com fome, dei- lhe um abraço forte e ele me sentou em seu colo, passou os dedos suavemente em minhas contas e depois no meu cabelo, depois no meu rosto, com era arrepiante o toque de sua pele na minha, ele me deu um beijo na bochecha e me olhou fixamente nos olhos como se pudesse ver minha alma e eu via a sua um pouco confusa, gostaria de saber o motivo.
- eu não te mereço Ema, você é tão linda, tão... Tão perfeita que e não sei como veio parar em meus braços.
- e eu penso porque vc não apareceu antes, teria me livrado de braços de idiotas.
- eu...eu..eu ttttt- parecia que ele ia pifar, como aqueles robôs que dão defeito, dei um tapa na cara dele e ele me olhou assustado.
- que foi? Parecia que você ia morrer ou sei lá.
- sei...
- mas o que você ia dizer?
- nada de mais, deixa pra lá.
- tá bem - desci de seu colo e peguei duas xícaras de café expresso pra gente- café?
- obrigado Ema- meu telefone começou a tocar, mas não fazia ideia de onde ele está, fui pelo som e o achei embaixo do sofá, nem vou me perguntar como ele tinha parado ali.
-alô?
- oi Ema, é a Meg.
- oi Meg, tudo bem?
- tudo Maninha e você.
- nunca estive melhor- disse olhando para Kevin e ele sorriu como resposta.
- nossa que bom que alguém está feliz, sabe o Albert e eu terminamos e eu não sei a quem recorrer, ele disse que meu serviço é mais importante para mim e sabe que ele não estava errado, eu nem saio do escritório, não tenho nem uma amiga a não ser minha assistente, todo o meu mundo se resume a trabalhar...- sua voz saiu embargada.
- calma Megan, você está querendo construir sua carreira profissional primeiro e se ele não intende ele é um babaca- saí da cozinha em direção a varanda.
- não sei Ema, eu realmente gosto do Albert, não me vejo sem ele- eu sabia exatamente o que ela estava passando, mas não tinha um conselho para dar, afinal eu não era a melhor indicada para conselhos e se ela recorreu a mim, estava desesperadamente sem amigas.
- Meg porque você não pega umas férias para reajustar sua vida, que não seja atrás de uma mesa, você precisa descansar um pouco a mante, viaje com o Albert pra um lugar longe de tudo, principalmente internet porque eu sei que vai tentar trabalhar mesmo de longe.
- obrigada Ema, não sei o que faria sem você, vou tentar falar com ele.
- tá daí você me liga, se ele não aceitar eu vou aí só pra dar um soco nele.
- só assim pra você vir para cá? Vou brigar mais vezes com Albert- nós duas rimos.
- eu te visitei uma vez!
- nossa quantas visitas, nem dá pra contar no dedo, principalmente o tanto de dias que ficou, quantos foram mesmo?
- para de ser chata, foi o meio dia mais feliz da sua vida.
- gostaria de ser feliz mais vezes.
- prometo que nas férias eu vou.
- sei... E a tia Delle? Desapareceu?
- nunca mais a vi, acho que ficou com vergonha.
- também o que ela fez né... Ta bom Ema depois eu te falo o que deu minha novela de vida e você tem que me contar porque está tão feliz viu?
- assim que me contar o resultado do meu experimento, cobaia.
- beijos fofa.
- beijos mana- desliguei o telefone e entrei novamente em casa, na cozinha Kevin estava se livrando dos cookies de carvão.
- tudo bem?
- tudo, só uma briguinha de casal da minha irmã, logo passa.
- e ela pede conselhos para alguém tão sem coração como você?
- porque sem coração.
- nem comeu meus cookies.
- isso já é outra história- ele se aproximou de mim, até que não existisse nem um espaço entre nós.
- então prova que tem coração.- ele susurrou no meu ouvido.
- acho que sua cota de pedir coisas já acabou, mas eu faço esse último esforço.- ele então me olhou nos olhos e se aproximou, vocês já sabem o que aconteceu...

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Amar, por quê?[completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora