CAPÍTULO 10

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Nos desvinculamos e provavelmente estava muito corada porque ele sorriu
- sabe, fazia tempo que eu esperava por esse momento.
- e porque demorou tanto pra colocar esse plano em ação?- ele me olhou assustado, como se não soubesse que eu esperava por aquilo, bem eu não esperava, mas queria e foi muito bom.
- A gente pode repetir, pra compensar- ele sorriu de lado maliciosamente já se aproximando.
- não te devo mais nada- ele olhou para frente e eu acompanhei seu olhar discretamente e Jeff estava na frente do carro, um pouco longe nos observando, parecia que o Kevin se importava se Jeff estava olhando, seria algum tipo de vingança da parte dele? Voltei a olhar  pra ele que já desfarçou seu olhar.
- e precisa dever?
- precisa- sai do carro um pouco irritava, que babaca, ele estava me usando pra fazer ciúmes para o Jeff, pra dizer que ganhou, como seu eu fosse seu grande troféu, queria chorar, ele seria tão babaca? Não queria acreditar.
Jeff me puxou pelo braço e eu o encarei com minha cara mais feia
- ainda não tive oportunidade de dar meus pêsames pelo seu pai
- guardi-os para si- Puxei meu braço e entrei sem nem mesmo esperar Kevin, porque tem que ter tanto imbecil num lugar só? Será que era o convento dos babacas e eu não fui avisada? Sera que tinha algum convento de trouxas? porque ai sim eu me encaixaria.
Sentei na mesa que estava reservada e Kevin sentou do meu lado, virei para o outro lado, ele encostou em meu braço e eu me esguiei
- que foi Ema, está tudo bem?
- não, não está- virei para encara-lo- você está fazendo um joguinho com minha vida, competindo com Jeff quem será o mais imbecil? Esperou chegar aqui bem a vista dele pra me beijar, você não está nem ai pra mim né? você só quer ver o Jeff e a Zoe perderem um jogo que você ainda não percebeu que é o único participante. olhando fixamente em seus olhos  sai do salão em direção ao lado de fora para respirar um pouco, não queria ouvir mais nenhuma mentira.
O ar estava levemente gélido pela brisa suave, haviam poucas pessoas do lado de fora, me sentei num banquinho solitário e me pus a observar o céu, percebi que alguém se sentou do meu lado, estava prestes a rodar a banhada, mas percebi que não era Kevin, era Lucy, minha melhor amiga de infância.
- oi
- oi Lucy, quanto tempo.- à braco forte.
- pois é, e como vai a vida?
- ingrata comigo.
- por que?- ela era minha única amiguinha da infância, mas se mudou para Washington, seu pai havia entrado para diplomacia ou algo do tipo e tínhamos perdido o contato, contei tudo que tinha acontecido na minha vida durante  o tempo que ela esteve fora e ela chorou muito, ela era grudada com meu pai, bem, qualquer pessoa que o tivesse conhecido o amaria, ele era um doce.
- nossa amiga, é difícil acreditar...
- sou a que menos quer acreditar, o pior é que só piora, quando eu finalmente acho que alguém se importa comigo, ele se mostra um perfeito idiota.
- quem?
- Acho que não o conhece.
- acho que não, mas pelo jeito que ele te olha acho que se importa com você.
- mas como...- Kevin estava escorado numa pilastra me olhando.
- acho que alguém quer falar com você, vou indo, amanhã podemos nos ver?
- a Lucy por favor...- tarde demais ela se foi e Kevin estava se aproximando.
- posso falar com você?
- OK uma chance de se explicar e se não for convincente você some! Entendeu?
- perfeitamente eu...
- Ema venha comigo- Uma garota ruiva de cabelos cacheados me puxou pelo braço e logo percebi que é Zoe.
- me solta, no quero falar com você!- ela continuou me puxando para um lugar escuro e sem absolutamente uma movimentação que não fosse a das folhas das árvores devido a brisa.
- sabe da aposta?
- que aposta.
- não é bem uma aposta, acho que é só na cabeça de Kevin, Kevin e Jeff estão competindo por você, e eu sinceramente não sei o motivo, Kevin está tentando mostrar o que ele fez e como é dolorido ficando com você, sei que não sou sua amiga, mas tem que confiar em mim, claro que não me importo com você, me importo comigo, estou perdendo os dois pra você e não quero que isso continue, você tem Que fazer alguma coisa.
- assim como você não se importa com minha vida, eu não me importo com a sua e isso parece muito ser um problema para você.
- Ema sua vadia- ela avança em mim, puxando meu cabelo, sério isso? Que garotinha mimada, dei um soco na cara dela, expelindo toda raiva e tensão do meu corpo pelo soco e ela desmaiou, olhei ao redor e ninguém viu, deixei ela lá no chão e voltei ao banco, Kevin ainda me esperava lá
- o que ela queria?
- se ela quisesse que você soubesse teria falado na sua frente.
- Ema porque está tão irritada, você acha que eu seria capaz de brincar com seus sentimentos?
- perdi minha capacidade de confiar nas pessoas, eu nem sei mais que você é, um obcecado por vingança com certeza- me levandei e dirigi-me ao salão
- me deu uma chance de me explicar.
- e você já não tentou?- estavamos dentro do salão e as pessoas ficavam observando eu andando de pressa e ele do mesmo modo atrás de mim.
- não.
- temos que sair daqui, se não teremos muitas testemunhas para sua defesa, vamos para minha casa,- o manobrista trouxe o carro, no caminho até minha casa  foi um silêncio mortal, talvez ele estivesse Planejando uma desculpa aceitável.

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Amar, por quê?[completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora