- então aquele lá era o Albert?
- sim, é namorado da minha irmã...
- hum...
- ei você perdeu as provas?
- só de geografia e inglês, mas acho que consigo recuperar...
- você é louco, não devia ter perdido, vamos tem que voltar hoje mesmo, se não você vai perder a de história também!- pixei ele pelo braço.
- melhor perder prova do que o amor da minha vida.- de repente ele ficou tão ramântico.
- sei... Mas acho melhor voltarmos logo, agora você já me conquistou- dei um beijo perto de seus lábios, estava um pouco receosa ainda, mas ele foi rápido e pegou minha boca com a sua, me envolveu em seua braços, como eu tinha sentido falta daquilo, do seu cheiro de erva doce, do cabelo lisinho, dos braços fortes, da sincronia de seus beijos, dois dias mais pareciam dois séculos, e eu sabia que não queria nunca mais ficar sem ele, não conseguiria jamais.
Conversei com Meg sobre o .eu retorno, ela não ficou muito feliz, mas sabia que seria melhor pra mim e me fez prometer voltar assim que as férias começassem e assim o fiz.
Retornamos a Key West e nos acostumamos com o apelido que a escola inteira nos adotou : "casal de cornos", não fazia a mínima diferença pra mim, mas encomodava muito ao Kevin
- não aguento mais, eles só ficam cochichando da nossa vida...- ele desabafou.
- ora Kevin, pare com isso, ninguém tem que ver com nossa vida, logo vão achar outra pessoa para casuar.
- não sei não...
- é melhor se consentrar na sua prova final. Se não vai fazer o segundo ano de novo, e aí vai desestruturar nosso futuro.
- eu sei, eu sei
Passamos a semana inteira estudando para geografia, inglês e química, todas as provas seriam na segunda feira e era sábado a noite quando decidi lhe dar uma folga dos livros.
- acho que já estou até misturando pretérito com revolução industrial e balanceamento estequiométrico.
- nada disso, se não voltamos a estudar.
- não, não já sei tudo decorado.
- então me prove
- a não, me dê um descanso- fez cara de piedade e antes mesmo de raciocinar já estava assentindo.
- tudo bem, 1 hora, nada mais.
- obrigada profs- me soou muito irônico.
- e como pretende aproveitar essa sua uma hora?
- estudando matéria que eu já passei, na realidade praticando e quero que se junte a mim.
Arregalei os olhos, do ele estaria falando?
- o que?
- andar de skate,o que você estava pensando?
- oh nada- suspirei.- bem em ando melhor que você.
- quer apostar?
- não precisa eu já sei que ando melhor auê você.
- covarde.
- você não me chamou disso, se tem uma coisa que eu não aceito é que me chame assim- falei brava brincando e ele caiu na gargalhada, peguei o skate dele e corri para rua, ele veio vagaroso atrás ainda rindo, não sabia o motivo de tanta graça, descobri um minuto depois quando caí de joelhos no alfalto.
- ei tudo bem?- olhei nos olhos dele e percebi que estava realmente preocupado, já não ria tanto quanto antes, estava sério.
- só ralei o joelho- ele me pegou no colo e levou até em casa- isso não é realmente necessário, acho que consigo andar- ele não respondeu, continuou andando até chegar ao sofá.
- onde tem curativo?
- na primeira gaveta do armário.- ele voltou com um pano, álcool e um curativo.
- pode doer um pouco- murmurou
- mas... Aiiiii.
- desculpa amor, mas pra cicatrizar dói mesmo.
Eu sabia disso mais do que ninguém, claro que não sentido do ferimento, mas do ferimento na alma, pela sua perda repentina, aquela ferida demorou cicatrizar e também doeu muito, ainda existiam resquícios dela e de repente lhe veio a mente um coisa:
- deveria usar suas filosofias pra você...
- o que quer dizer?
- Que deveria ver seus pais, passar álcool, se não essa ferida dolorosa e aberta nunca vai cicateizar...
- eu tem tenho medo...- nunca tinha visto Kevin tão abatido.- tenho medo deles não quererem me ver, deles não serem aquilo que eu sempre sonhei que fossem e que não abram um amplo sorriso ao me ver- vi uma lágrima tímida deslizar por sua bochecha e ele logo a limpou tentando disfarçar.
- vou com você- levantei num pulo- assim que suas notas saírem e as férias em fim começarem para nós.
- mas a única coisa que eu sei deles é que moram em New York.
- você também só sabia que eu estava em Miami e me achou, tenho certeza que vamos achar seus pais.
- obrigado.
- conte comigo sempre...- ele me beijou suavemente como se quisesse dizer obrigado mais uma vez.Desculpa ter demorado gente, a semana foi um pouco corrida, espero que gostem, votem e comentem, bjs
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Amar, por quê?[completo]
RomanceCerta vez me perguntaram um porquê de amar, se é uma coisa tão irracional, na qual você coloca a pessoa que ama acima de sua própria vida e eu respondi tem que sentir o amor antes de julgar os amantes, não existe um porquê de amar, existem vários, é...