Nothing Like Us » Justin Bieber

Is it too late to say Im sorry now?

You gotta go and get angry at all of my honesty, you know I try but I don't do too well with apologies

Peguei o elevador descendo até o saguão. Meu coração pulsava de uma forma que nunca havia sentido antes. O vento frio me atingiu antes mesmo de chegar a porta principal. Coloquei as mãos dentro do meu casaco e sai examinando a rua em busca de um taxi. Minhas pernas tremiam através do meu jeans, eu não sabia exatamente se era pelo frio, ou o pelo simples reflexo do que estava por vir. Não sabia se aquilo queria dizer que apesar de tanto tempo eu não estava pronta para aquilo.

Mas eu sabia que, se eu não fizesse aquilo naquele momento, talvez não houvesse outro.

Olhei a rua a minha frente, e quando olhei diretamente para o lado, tive a sensação que havia um grupo de garotas vindo em minha direção. Tentei ignorar aquilo, mas cada vez que se aproximavam eu tinha certeza que todos os sorrisos eram pra mim.

– Oh Annie, meu Deus, eu não acredito que você está aqui mesmo! - Uma garota loira usando um moletom preto com uma letra B em roxo falou.

– E-Eu conheço vocês? - Mordi o lábio.

– Não, mas nós conhecemos você, e agora você está aqui na minha frente! Oh céus! - Outra garota um pouco maior que a primeira falou.

– Okey, me expliquem o que está havendo por favor! - Sorri sem graça.

Uma delas abriu seu casaco revelando uma camisa preto com a foto do Justin estampada nela e eu já sabia o que estava acontecendo. Como não havia pensado nisso antes?!

– Beliebers?!

As garotas assentiram com sorrisos gigantes em minha direção.

– Pode tirar algumas fotos Annie?

Assenti e passei cerca de dez minutos fazendo isso. Meu celular vibrou no meu bolso me lembrando o porque de eu estar parada naquela calçada.

– Meninas, eu preciso ir agora! - Acenei para um taxi que estava passando – obrigada! - Sorri para elas.

– Hey Annie! - Uma delas gritou quando entrei no taxi e eu abri o vidro para escuta-la. – torcemos por você e pelo Justin, por favor, não o deixe!

Minha boca não conseguiu emitir qualquer resposta, eu apenas sorri e informei o endereço para o motorista que dirigiu em silêncio até o local.

Quando o carro parou em frente a lanchonete lancei o olhar para o local. Não estava tão cheio, talvez as pessoas tivessem decidido tomar café em casa ao invés de se deslocarem em uma noite fria até o Starbucks mais próximo.

Desci do carro agradecendo e pagando ao motorista. Parei do lado de fora tentando enxergar algo através do vidro com o adesivo grande.

– Vamos lá Annie, isso tem que acabar! - Disse a mim mesma e finalmente abri a porta olhando as poucas pessoas sentadas ali, sentado em uma das mesas consegui reconhecer cabelos levemente loiros indo até a nuca do cara sentado sozinho dançando os dedos sobre um copo de café em uma das mesas no fundo do lugar. Meu coração tomou vida pulsando freneticamente no meu peito e enchendo meus ouvidos com suas batidas.

Fechei os olhos respirando fundo, me certificando que não me sufocaria na metade do caminho.

Meus pés pareciam pesar milhares de quilos quando finalmente dei o primeiro passo em direção a mesa e mesmo assim, eu não pude mais parar, porque se eu fizesse isso, o que aconteceria a seguir era eu dar meia volta e sair correndo para longe dali.

Quando ele finalmente levantou o olhar e quando sua íris cor-de-mel me atingiram me senti tonta e precisei me sentar para não desabar.

A expressão dele resumia muito do choque que ele provavelmente também estava sentindo. Era estranho encara-lo depois de tanto tempo longe, mas era mais estranho o fato de que levamos quase uma vida para no tornamos melhores amigos e apenas alguns meses para nos sentirmos completamente estranhos diante um do outro.