Jeff...

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Ela se encolheu na cama,pois ele estava muito perto de suas pernas,Victoria não queria toca-lo.
Mas Jeff parecia estar curioso,ele se aproximou tão perto do rosto da garota,que ela podia sentir a respiração pesada do maníaco.
-Por favor--Gaguejou,era terrivel toda aquela situação,ela podia ver a morte na sua frente,mais não podia reajir contra ela.--Não me mate.
Jeff ergue as mãos e tocou o rosto da jovem,Victoria soltou um leve gemido,ao sentir as mãos asperas do rapaz(se podemos chama-lo assim),ele fez algo parecido com um carinho,ela não soube identificar.
-Você é maravilhosamente patética--Jeff falou irônicamente--Digna de pena!mas eu não consigo ter pena não consigo ter nada--Uma sonora gargualhada saiu dele.
Victoria sentiu seu coração apertar só de pensar que um dia Jeff foi uma pessoa normal,cheio de sonhos e expectativas e agora era um homem sem alma,brincando de ser Deus.
-Jeff--Ela disse timidamente--Se quer me matar!me mate logo--Lágrimas cairam em seu angelical rosto.
-Patética--Ele levantou da cama,e saiu do quarto da jovem sem olhar para atras.
"por que não me matou?".Somente isso vinha em seu pensamento,mas a emoção de estar com ele foi tão forte,que o seu corpo entrou em colapso,e desmaiou,só vindo retomar novamente a consciência no outro dia.Ainda era cedo,a manhãzinha,seus pés descalços ao entrar em contato com algo pastoso e molhado,estremeceu.
-Lama!--Exclamou,então era a prova que Jeff realmente esteve ali,mais resolveu verificar,seus pés estavam limpos,o canto da cama a onde ela o viu tinham vestígios de lama.Alias começou a seguir o rastro de lama,que saia de seu quarto e continuava até o corredor,um longo e espaçoso.
A cada passo era uma batida do coração,ela não sabia o que iria encontrar,o rastro por fim acabam na frente de uma porta,que dava para o jardim.
Os dedos tremiam,respira fundo,inspira forte,abre a porta,a luz solar,invade o ambiente a cegando por segundos.
-Não ha nada aqui...somente flores!e ai abelhas--Riu,toda aquela tensão as vezes a divertia.
-Bom dia mamãe--Senta na mesa,pega um copo de leite e começa a se alimentar.
-Amor,ontem a noite eu ouvi uns barulhos estranho no jardim.
-Devem ser gatos--Alertou Marie,pega o jornal e entrega ao marido--Esse bairro é uns dos mais seguros,não precisa se preucopar.
"Preucopar...humpf!se eles soubessem do Jeff".Pensou Victoria.
Depois do café da manhã,foi sozinha de ônibus para o colégio,sentada com os foninhos no ouvido,olhando para a janela,havia muitas pessoas no veiculo,estava apertado e sufocante.Sentia nauseas,o rosto do Jeff ficou marcado em seu subconsciente.
Já na escola,teve uma aula normal,mas ela ficou calada o dia todo,as poucas palavras que trocou com as amigas,foram o suficiente para deixar Sophie preucopada.
-Hei!o que está acontecendo hoje?--As duas estavam num corredor do colégio sozinhas.
-Nada Sophi,só não dormi a noite.
-Para de mentir!--O rosto de Sophie ficaram vermelhos igual o seu proprio cabelo.--Você não é minha amiga?!
-Claro que somos.
-Parece que não,néh senhorita Victoria.
Victoria apoia a cabeça no armário,as lágrimas rolam em seu rosto.
-Foi horrivel...--Puxa o ar,e mentalmente tenta se tranquilizar--Ele é um monstro.
-Ele quem?!--Nesta altura Sophie ja estava no ápice da discussão--Meu Deus que está acontecendo--Victoria abraça a amiga,as duas tentavam tranquilizar uma a outra.
-Jeff--Saiu em forma de um doloroso gemido--Eu o vi,ele existe.
EXISTE,palavra que decreta o pior nesta situação,o verbo existir nunca foi pronunciado com tamanha repugnância e nojo.

Amor doentio: Jeff the killerOnde histórias criam vida. Descubra agora