Senti o clima estranho com Killian e Ruby, então tentei falar com a vovó o maior tempo possível e quando não pude mais segurar, pedi aos céus que terminassem logo aquela conversa. Agradeci aos Deuses por terem terminado, logo em seguida.
– Gostou? - perguntei, quebrando o silêncio entre nós.
– Muito bom. - Killian pegou um guardanapo e se limpou, como um cavalheiro. - Mesmo. - ele sorriu e me permiti sorrir também. - Ah, antes que eu me esqueça... Obrigada. - queria perguntar pelo que ele agradecia, mas eu sabia o que era, então apenas fiz que sim com a cabeça e sussurrei:
– Sem problemas. - tentei puxar assunto para saber sobre o que eles estavam conversando. - Tentei prender a vovó o maior tempo possível, o que não foi difícil, até que o assunto acabou. - mordi o lábio inferior.
– Ruby estava difícil. - ele revirou os olhos. - Ela é muito impulsiva e vulgar. - Killian fitava o prato quase sem comida. - Falou um bando de merdas pra mim e ainda teve a capacidade de dizer que gosta de mim. Dá pra acreditar? - ele fez um sorriso meio irônico e eu fiz que não com a cabeça. E continuou, dessa vez mais baixo. - E me beijou. Teve a ousadia de me beijar, Emma, depois de tudo que ela fez. - vi seus punhos cerrados, o que me assustou por um momento. - E sabe o que deve estar acontecendo agora, Swan? - mexi a cabeça, negativamente. - Ela deve estar me difamando para sua querida avó, que eu tanto gosto. Vou ser barrado de entrar aqui, ótimo. - ele socou a mesa e pulei de susto.
– Céus, você me assustou! - falei, controlando a respiração. - Calma, - busquei sua mão. - a vovó conhece sua neta. Tenho certeza que isso não afetará o elo de vocês e bom, a Ruby tem que seguir a vida. - tentei buscar palavras reconfortantes, mas a única coisa que saiu de minha boca foi: - O que ela fez com você, afinal? - droga, não deveria ter perguntado isso. Vi Killian respirando fundo e acariciando as costas de minha mão delicadamente.
O champanhe estava próximo a metade e a comida estaria, provavelmente, fria. Killian já havia terminado de comer e seu Rum parecia estar no fim, pois ele chamou vovó, que veio com um sorriso no rosto, e pediu uma taça. Segundos depois, ela volta com a taça.
– Ela me traiu. - disse Killian, no momento que vovó está longe o bastante. - E agora fica dizendo que gosta de mim, que se importa comigo. - ele respirou fundo e bagunçou o cabelo. - Ela ainda teve a coragem de falar de você. - meu olhar mudou no mesmo segundo. O que ela falou de mim? Eu nem sequer a conh... Ah, claro. Alguém tinha que me reconhecer e era, justamente, a ex-namorada do cara que estava comigo, bem na minha frente. Maravilha.
– O que ela falou de mim? - perguntei, em voz alta, dessa vez. Killian soltou sua mão, que estava junto a minha, para encher nossas taças.
– Perguntou o que eu estava fazendo com a Rapunze e eu disse que isso não lhe importava, então começamos a discutir. - ele suspirou. Eles discutiram por minha causa? - Pelo menos consegui falar algumas coisas que estavam entaladas em minha garganta.
– Você gosta dela? - perguntei. Qual foi Emma? Quer ser mais descarada não?
– Não mais. - ele olhou-a de relance. Ruby atendia alguns clientes. - Ela é uma menina legal, linda e inteligente. Me encantei com ela, mas passou. - ele ergueu a taça e fiz o mesmo, brindamos em silêncio e tomamos um gole do champanhe. - Além do mais, ela me traiu e eu não faço o tipo de corno. - ele riu. - Ou faço, Swan? - e jogou a pergunta para mim.
Não tinha a menor ideia de como responder.
– Ah, não sei. - arrumei uma desculpa. - Se você fosse meu namorado, não iria te trair. - belo exemplo Emma, vamos procurar um buraco para enterrar essa sua cabeça de vento. Killian riu do meu desespero.
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Rapunzel Prostituta
Fanfic• Capa feita pela maravilhosa Sofia Neglia • As pessoas nessa cidade me chamam delicadamente de "Rapunzel Prostituta". Sim, eu sei, horrível não é? Rapunzel acho que é pelo meu cabelo, que é de mesmo tom e, algum dia de minha vida, já fora bem long...