14 - Viagem I: Curiosidade

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– MERDA! - falei, socando a porta ao entrar na sala de novo. - Eu não queria que ela ouvisse.

– Calma cara! - disse Graham, segurando minha mão. - Ela disse que não queria saber e se conheço bem a Emma, ela pode até ficar curiosa, mas não vai ficar te interrogando até você falar. - ele disse, se sentando.

– Eu sei, eu sei. - falei, apesar de não saber tanto assim. - Bom, eu tenho que agitar as coisas para a viagem mais tarde.

– Tranquilo, vai lá Capitão. - dei um tapinha nas costas dele e sai.

Cheguei na casa de Dan e fui entrando, como de costume. A porta estava entreaberta e estranhei, mas eu iria saber o porquê de qualquer modo.

– Dan? - gritei, entrando pelo corredor. - Daniel! - bati na porta forte e ouvi alguém falar - ou tentar falar - baixo.

Já vou Killian, já vou!– ele falou. Tentei abrir a porta, mas estava trancada.

– Quem tá ai? - perguntei.

Ninguém cara, eu to trocando de roupa.– ele disse, chegando mais próximo dessa vez. Me afastei da porta e depois de parecer que havia saído de perto, colei a orelha nela. Infelizmente, não deu muito certo, então pensei numa tática que eu havia visto em um filme onde o cara queria ouvir uma conversa e pegou um copo, colocando-o na porta e botando a orelha atrás, parece que isso fazia o som aumentar. Não é que deu certo? Como eu pensava, Dan não estava sozinho, caso contrário, ele já teria saído do quarto faz tempo.

Eu não posso te falar...– disse meu amigo para Emma, agora eu tinha certeza.

Dan, por que?

Primeiro que o Killian é meu melhor amigo e eu não vou trair a confiança dele Emma...– tive uma vontade de arrombar aquela porta e dar um beijo nele! - Segundo que porra, pra que você quer saber? Ele não disse que ia te contar, deixa de ser curiosa. É a vida dele Emma, foca nas suas coisas agora, na delegacia, nos seus clientes, nas coisas que você faz e gosta de fazer. Por que esse interesse todo no Jones, posso saber?

Ai ta bom, não quer falar não fala! – ela disse. - Mas também não fala merda. Eu só estou curiosa e bom, acho que tenho direito de saber, não é?

Você tem por ser amiga dele, não por isso interferir no seu trabalho, até porque, se ele quisesse mesmo que você soubesse, se abriria contigo e não com o Graham!– falou. Daniel era um gênio mesmo.

Uhum.– pressionei mais o copo, já que o barulho estava ficando um pouco mais baixo. - E como fazemos com ele aqui?

Não quer que ele saiba que você está aqui, né?– é obvio que ela não quer né Daniel, se não essa porta já estaria aberta e eu já estaria falando com vocês. Percebi que ele continuou, provavelmente ela deve ter sussurrado um sim ou confirmado com a cabeça, coisas que obviamente, eu não veria. - Em, você tá gostando do Killian?

Filho da puta!

Hein?

Eu sei que você ouviu muito bem e eu, assim como você, sou muito curioso, então pelo amor de Deus, me diz sim ou não.

Não sei Dan, eu nunca gostei de ninguém...

Nem de mim?– Dan deve ter feito uma careta de cachorro pidão, bem típico dele.

Claro que eu gosto de você, você é meu melhor amigo.– bonitinhos. Agora foquem na conversa!!

Tá, então você gosta de mim, imagino que tenha simpatizado com o Killian de cara, né?– esbocei um sorriso, feliz de saber que, apesar de ela não responder, sabia que tínhamos tido empatia um com o outro. - Além de ter simpatizado com todos os outros, né?

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