18 - Viagem V: Verdade ou Desafio?

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– Killian? - falei, ao ouvir barulhos na porta. - Pode entrar.

– Entrando. - ele disse ao encostar a mesma. - E ai, o que você veio fazer aqui?

– Vou tirar esse sapato, deixar a bolsa aqui... - falei. - E quero te perguntar uma coisa.

– Pode mandar.

– Killian, é uma curiosidade, não precisa responder, se não quiser, tá?

– Tá bom. - ele disse, sorrindo. - Mas eu confio em você, Swan.

– Ok, então me diz como você fez uma prótese da sua mão, tendo que trazer esse navio de volta a Storybrooke?

– Sabia que alguma hora você ia questionar isso. - ele riu sem humor. - Bom, Smee tomou meu cargo por um período de tempo, enquanto eu me recuperava, digamos assim. A prótese feita com a minha mão foi um processo difícil. Eu tive que procurar o Dr. Whale, o médico aqui do navio, e ele fez estudos e mais estudos, até conseguir que minha mão recebesse os sensores cerebrais novamente. Não me pergunte como ele conseguiu isso, eu não tenho a menor ideia! Depois de praticamente um mês testando ela, Whale disse que eu poderia usar, mas deveria ser costurada e não presa, como a maioria. Ficou quase perfeito, pois tem essa marca aqui, - ele me mostrou uma marquinha que tinha como se fosse uma pulseira sobreposta no punho. - mas eu consigo disfarçar usando um relógio ou algumas pulseiras.

– Isso é muito estranho... - falei, assustada. - E o gancho? Porque um gancho?

– Foi a primeira coisa que eu vi e como não queria por uma mão mecânica, acabei pedindo para ele fazer o gancho. Sei que é meio impossível, mas acredite em mim, não sei o que foi pior, perder a mão e quase perder o emprego ou... - ele abaixou a cabeça - ao perder...

– O que?

– Eu não posso lhe dizer.

– Você disse que estava tentando confiar em mim.

– E estou, mas é algo muito pessoal e não resolvido ainda, não quero te meter nisso. Foi antes de tudo... - ele encarou as mãos. - Quando eu era um... - e depois me fitou com o olhar. - ladrão.

Rá, só podia ser brincadeira! Um ladrão, dono de navio? Sério!? Só faltava ele me dizer que tinha um inimigo mortal chamado Barba Negra! Tenho um legitimo pirata ao meu lado. Ridículo.

– Ladrão? Você tá me zoando, né? - perguntei, incrédula.

– Bem que eu queria, mas não estou não. Depois eu explico isso, vamos encontrar os meninos? - ele disse, levantando e me esperando na porta.

– Com certeza. - disse, arrancando um dos meus livros de dentro da mala, já que, poderia ficar no tédio. Já estava achando isso muito estranho.

– E ai, gostou do jantar? - Killian perguntou, descendo e subindo a mão pelas minhas costas enquanto andávamos em direção a uma varanda. Mal sabia ele que eu estava completamente arrepiada e tremendo da cabeça aos pés com aquele singelo toque. Mesmo assim, ainda estava confusa e furiosa com ele por me deixar assim. Eu hein.

– Se eu gostei? - olhei, erguendo as sobrancelhas. - Eu amei tudo! - suspirei. - Aqui é tudo lindo e grande e chique.

– Obrigado, obrigado. - gabou-se. Fiz uma careta para ele, que retribuiu.

– Olha só quem chegou! - disse Thiago, sem a menor cerimônia, assim que nos avistou. Como ele é ocupado, pensei que não viria, mas pelo visto, me surpreendi. - O casal 20! - ele disse e até olhei para trás, tentando achar o casal(e corei logo em seguida por saber que o tal casal era eu e Killian).

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