Capítulo 3

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Cadê o velho pançudo?

Ele levantou-se aquele que antes eu via por trás do encosto da poltrona...

Pra queee meu Deus.

Jeeesus ele girou sua poltrona se levantando. Aquilo era um anjo, impossível ser um humano.

Jovem de 18 anos sorriu para mim apontando na poltrona ao lado da dele ─ Sente Sr. Gregory. Eu sou o Comandante Estelar das nossas Frotas. Ryan, muito prazer!

─ Cadê o chefão pançudo e velho? ─ Riram ─

Demonstrei minha excessiva admiração por ele. Eu não queria crer em tudo aquilo, mas...

Estava tudo diante dos meus olhos, eu não me aguentei sem dar mancada e zoei ─ Jovem e um Comandante, sei. Então eu sou um coelhinho da revista Playboy. Gregory, muito prazer!

Ele fechou o cenho sem gostar do que eu disse de ser o coelhinho da Playboy.

Xiii, falei asneira:

─ Perdão Ryan. ─ Sem jeito limpei a garganta ─ Comandante Ryan, me desculpe!

Sentei esmorecido com o olhar reprovador dele. Ele olhou nos três rapazes com grande seriedade ─ Podem sair cadetes de navegação, grato por trazê-lo aqui!

Aqueles que me levaram até o Comandante Ryan bateram continência, ele devolveu gesto solene. Eles ao saírem percebi que iriam rachar rindo da minha cara de idiota com a mais idiota brincadeira que eu fiz na vida. Eu me apresentar como o coelhinho da revista Playboy ─ Sr. Gregory, alerto, não toque em nenhum dos painéis. Pode observar tudo e irá descobrindo aos poucos o que te aconteceu, mas não toque em nada, por favor.

Eu me senti sentado em ovos, no menor gesto brusco meu, os ovos se quebrariam. Medo de esbarrar em alguma coisa que não devesse e... Cabuuum. Eram painéis por todos os cantos, parecia ser de cristais azulados cintilantes ─ Eu preciso saber onde eu estou comandante Ryan.

Ele sorriu sem mostrar os dentes, um gato, um anjo, mas custava ser menos sério? ─ Você está na minha nave, Gregory.

Queee?

Ele me disse, minha NAVE?

Engasguei engolindo a seco, relembrei centenas de filmes de ficção científica ─ Na... Na... Nave? Tipo, nave espacial, jornada nas estrelas ou tipo um simulador?

Ele me olhou sério por longos segundos sem nada me dizer. Levantou calmo e mexeu em alguns daqueles painéis. Deu-me uma espécie de óculos. Apertou um dos milhares de sensores dos painéis luminosos de luzes pulsantes. Senti-me insignificante na frente dele sem ter ideia para que servisse cada tecla que ele mexeu ─ Deduza você mesmo, Sr. Gregory! ─ Apontou ─

─ Não me chame de senhor, se você for um ano mais velho que eu, é muito. Co–man-dan-te.

Discreto ele riu com o canto da boca. Dele eu não havia visto os dentes ainda, será que ele era banguela? "Cara sério. Marrento, azedo, sisudo e... Gaaato." ─ Pensei ─.

Na sala hospitalar vi o que deduzi serem janelas ovaladas com um tipo de proteção cinza escuro. Ali na cabine da nave tinha iguais, no entanto era de tamanho enorme de 10 metros de largura. Para brisa provavelmente. Lento ergueram automáticas as proteções depois que ele mexeu em dezenas de teclas nos painéis. Apareceu o Universo ali, frente aos meus olhos. Choquei, paralisei boquiaberto.

Pensei que estava tendo um ataque inexplicável de alegria, tristeza, não sabia descrever o momento único olhando o Universo a minha frente. Não contive minhas lágrimas deixando-as cair pelo meu rosto com tanto resplendor do Divino. Emudeci compreendendo por que eu havia visto tantas coisas diferentes da Terra. Eles mencionavam Tera e não Terra, pronunciando (Têra) para nosso planeta Terra ─ Vocês nos raptaram não é? ─ Vai se catar, que falei aquilo para ele? Nem eu acreditava quando raciocinei que babaca fui, eu sou.

Ele'S - Ficção Científica - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora