Capítulo 19

311 45 9
                                    


Fuja, louco.

Corri gritando o ar existente nos meus pulmões e aquilo atrás de mim. Podia ser que não queria me fazer nada, mais veja bem, eu em outro planeta e o Prince Lucas Eduard tinha alertado sobre os policiais robôs que eram antissociais em Adoníades.

Corri berrando para dentro da casa do Tarkên, não deu tempo de entrar na casa dele. Correndo quase na porta olhei para trás e para cima vendo-o. Ele jogou sobre mim um tipo de rede metálica, quando tocou o chão abriu-se um tipo de jaula me prendendo dentro daquilo.

Assustado com meus berros e aquele estardalhaço todos eles saíram da casa ver o que acontecia comigo. O Tarkên falava gesticulando para o policial robô que estava com uma arma apontada para minha cabeça. Como se precisasse estar de arma em punho, eu estava desarmado e preso na gaiola. Minúsculo perto do monte de lata de 3 metros, até que bonitinho, parecia um dos transformes dos filmes da Terra que assisti um dia.

Não era policial robô, era ladrão que estava roubando do Comandante Ryan, o posto dele de sisudo. Olhei os amigos ─ Gente não fiz nada, estava entrando para dentro e corri dele que parece que não foi com minha Cara, me ajudem.

Renan falou com o Ser Tarkên que o ouviu e falou com o robô; o Robô parou falando para o Ser com uma forte voz masculina metálica e deu um aviso.

Esse Ser Humano vai se esclarecer perante nossa realeza. Cometeu o crime 978KP. Regra essa de estar sondando um lar de Adoníades. Ele irá a julgamento com o Conselho Estelar das nossas Galáxias próximas.

Queeeeeee?

Renan traduziu e eu? Estava ferrado!

Queee exageeero!

Resumindo...

Àquele maldito Policial Robô disse que eu era um ladrão e iria assaltar a casa do Tarkên?

Ladrão era o robô querendo roubar o posto de sisudo do Comandante Ryan. Ele gritou com o policial robô que eu era um hóspede terráqueo. Tudo o que o Ser e o Robô falavam, Renan traduzia e estava tão em pânico quanto eu, como todos os meus amigos demonstrando pânico. 

O robô agarrou a gaiola que eu estava preso e ergueu-a me olhando cara a cara. Nunca eu me esqueci daqueles olhos que pareciam duas lanternas de vidro de uma luz pulsante vermelha. 

Que medooooo...

Eu me sentia um ratinho preso e rolando de um canto a outro me debatendo em cada passada larga do robô no balanço que dava aquela gaiola. Eu senti uma terrível dor na cabeça e gritei alto aos meus amigos ─ Geeente minha cabeça dóóói.

Eu ouvi Guilherme gritar alto para que eu ouvisse:

─ Estamos com você, não está sozinho, Gregory.

─ Não iremos abandonar-te ─ Gritou Renan ─

─ Greeegoryyy eu to junto ─ Esgoelou Mirella ─

Roberta corria pela lateral dando saltos tentando me ver dentro da gaiola. Repetia entre gritar e respirar vencendo correr acompanhando as largas passadas do robô ─ Gregory... Eu aqui, eu aqui, eu aqui, Gregory...

Victor o mulato gato, dono de resistência física impressionante. Corria adiantado do robô e berrava ─ Nenhum de nós deixaremos você sozinho, se precisar iremos presos com você.

Coitados, e foram mesmo...

Minha cabeça girou e girou. Eu pensava que de fato tinha verdadeiros amigos, nem no perigo eles me abandonaram. Bati minha cabeça nas grades fininhas, dourada e resistente daquela gaiola me maltratando nas batidas.

Gritei aos amigos ─ Não aguento mais minha cabeça ─ Apaguei

[...]

Não sabia quanto tempo eu tinha apagado, se desmaiei ou se havia dormido ou ainda tido um ataque psicótico dos nervos pelo que estava acontecendo comigo. Eu era dentre meus amigos o premiado e assim eu ia antes deles conhecendo a tudo nem que fosse da pior forma.

Mais que eu conhecia antes deles cada lugar era fato. Abri os olhos direto no teto daquele lugar estranho e sombrio os semicerrando na tentativa de analisar onde eu estava. Mais uma vez eu senti-me em uma mesa gelada. Forcei o corpo levantando da mesa gelada dura e ver onde eu estivesse fosse onde fosse. Senti meus pulsos e tornozelos atados, não conseguia levantar. Quem diz que eu conseguia erguer a cabeça para tentar olhar ao redor. Ela também estava atada a um tipo de cinto metálico na minha testa que estava um tanto dormente, formigando.

Lembrei da Nave do Ryan quando eu estava na mesa do que eu achava ser um hospital. Parecia ser feio tudo naquele local, e o cheiro não tinha nada haver com hospital e depois, eu não ouvia nenhum aparelho. Gritei até onde as dores suportava ─ Eeei... ─ Pausei no aguardo e nada ─ Ei, tem alguém ai? ─ De novo nada ─ Eeeeei alguém pode vir me tirar dessa porra de mesa?

Quase enfartei com a voz de um robô que não adiantou nada ele me falar algo por que não entendia a linguagem dos Adonidianos. "Guapar nock puan prozon."

Que foi que o monte de lata me disse?

Cadê o Renan para me traduzir?

Definitivamente eu estava não sei onde, nem sei por que, sem entender o que a voz masculina metálica do monte de lata de 3 metros de altura tinha me falado. Porém, raciocinando as palavras eu me arrepiei. Quando não se tem o que fazer e mantendo a mente ocupada, é claro que vem porcaria na mente e veio. Deduzi com mil pensamentos.

Vai que tivesse me dito que eu estava na prisão (Prozon) no aguardo da minha sentença de morte? Mais daí por qual motivo eu estaria ali amarrado até a testa para não poder me mover? Cadê o sisudo que sumiu? Cadê meus amigos que até no momento de eu acordar naquela mesa dura e gelada eu lembrava eles correndo ao lado do policial robô acompanhando sem me abandonar em momento algum? Cadê as Realezas de Antares? 

Mil perguntas sem respostas...

Berrei, berrei, berrei como doido e ouvi passos descendo muitos degraus de uma escadaria. Ansioso aguardei coração pulsando na garganta ─ Renaaan meu amigo me tire daqui!

Ele me olhou triste e preocupado com as mãos atrás do seu corpo. Eu repeti a mesma coisa que pedi e ele me disse abaixando sua cabeça ─ Não posso Gregory, sinto muito!

─ Por que não pode Renan?

─ Primeiro que eu estou algemado, segundo...

Gritei ─ Algemado?

Renan se aproximou da mesa que eu estava aprisionado. Movi a cabeça o mais que pude com aquele cinto na cabeça me permitisse para olhá-lo em seus olhos ─ Eu prometi se fosse para você ser preso como você de fato está, nós iríamos juntos com você. Todos nós estamos aguardamos julgamento do tal Conselho Intergaláctico que estão se preparando para fazer dentro de minutos. Você em especial que vão julgá-lo. Você destruiu dois patrimônios do planeta de Adoníades.

Assustado não tinha como eu não perguntar ─ Renan eu desmaiei, acordei aqui atado a cintos até a cabeça, bem vê. De que forma eu posso ter destruído patrimônios públicos do planeta de Adoníades? Isso é impossível não acha?

─ Gregory precisa manter a calma e aguardar o julgamento.

─ Renan, você viu o que eu destruí?

Ele suspirou tenso chegou mais perto da mesa arqueou seu tronco e falou em tom baixo ─ Você destruiu aquele policial robô o deixando em milhares de pedaços inúteis. Virou sucata e foi uma nave pequena ajudar o robô que você também fez daquela nave uma bola de futebol. E ambos são, eram propriedade do governo de Adoníades, Gregory.

Ele'S - Ficção Científica - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora