Capítulo 27

356 40 19
                                    


De queixo caído...

A assistência de adaptação, ergueu sua mão para uma porta enorme de vidro refletindo cor prata em um prédio de designer futurista a nós da Terra, por que para Ele' S, era um designer já ultrapassado. Ele era todo contorcido muito alto e segundo ela, havia mais de 1.000 andares entre os dois prédios entrelaçados que aparentava estarem se abraçando.

Ergueu a mão longa para a porta a certa distância e ela se abriu. Parou ao lado da porta reverenciando, era o que aparentou ser o gesto dela. Estendeu a mão num bailar do braço acompanhado de um perfeito sorriso com dentição perfeita e branca. 

Em sensuais e naturais jogadas dos longos cabelos loiros que refletiram as últimas pegadas da luz solar na Berla antes de adentrar no prédio ─ Garotos, é aqui que irão se alojar até que seja decidido no que irão trabalhar, estudar, onde irão morar em definitivo. Aqui é apenas uma moradia momentânea até se adaptarem em Antares, gostarão daqui, tem conforto.

Nós estávamos acostumados com simplicidade e do nada estávamos em outro planeta Rico. Até então por lado nenhum nós vimos algo simples. Um só resquício de pobreza se quer naquele planeta de Antares. Parecia um hotel 300 estrelas pelo luxo do prédio que estávamos prestes a morar por um tempo num dos apartamentos. Por quanto tempo não sabíamos, era desfrutar o máximo daquilo tudo, que vida boa D'eles, bom, até ali estava tudo maravilhoso.

Berla ordenou ao elevador que nos levasse até o andar 105. Eu gelei e nos entreolhamos abismados pela altura que deveria ter o prédio que moraríamos ─ Berla pode contar onde os escolhidos da Terra que irão morar aqui em Antares?

─ De momento no mesmo prédio de vocês, precisamos fazer umas mudanças de última hora, se não, seria em dois vilarejos, tão lindo quanto esse prédio. Será visto onde se enquadra para ter vida digna, não no mesmo andar de vocês, abaixo e todos já estão sendo acomodados.

Um gelo no estômago subindo e subindo, no andar 87, alguém pediu elevador, as portas se abriram e entrou um grupo de jovens antarianos vestidos iguais de calça de moletom preta e blusa do mesmo tecido, branco e no peito levando um aparelho que não sabia o que era. Depois Berta falou ser igual um notebook de estudos D'eles.

Eles riam, conversavam entre Ele' S uma linguagem D'eles, claro, nós sem entender nada. Olharam-nos sorrindo amigáveis, pareciam muito mais muito inteligentes, parecia serem estudantes de um curso e era segundo Berla. No andar 95 Ele' S todos saíram pelo longo corredor que pude ver até a porta do elevador se fechar ─ Parecem estudantes!

Berla me olhou ─ E eles são ─ Sorriu ─

─ Estudam o que, Berla?

─ Eles são Cadetes da Frota de Solo.

Respondi sem graça um "Huuum" por que fiquei sem saber o que estudavam mais com certeza com o passar do tempo saberíamos da vida dos Antarianos. Olhei no visor e faltavam uns andares para o nosso andar 105. No andar 101 o elevador parou de novo. Entrou um lindo rapaz todo de branco, sorriu, conversou com Berla, acenou e saiu no andar 102.

Berla me olhou sorrindo por ter percebido meu fascínio na beleza D'ele ─ Médico?

─ Não, ele é da administração desse prédio, em breve irá vê-los!

No visor apareceu o número 105 ─ Chegamos!

Disse Berla saindo assim que a porta abriu, parou ao lado até que todos nós saíssemos do elevador. Caminhamos por um longo corredor cheio de portas enumeradas até uma de número 1.007. Os números das portas eram de uma luz azulada. Sentia receio de ser menos inteligente e acabar me perdendo dentro do próprio prédio. Berla deu um cartão magnético a cada um de nós. Pegou o dela e passou o cartão na porta do nosso apartamento, ela deu um estalinho soando um som como de duas taças de cristal brindando duas vezes.

Ele'S - Ficção Científica - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora