Capítulo 5

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Sorriso lindo.

Ele sabia que eu o seguiria no que ele comesse no lanche das 15 horas. Eu pensei que ele comeu algo parecido com uma massinha molenga, parecia ser uma massa de pão crua. 

Eu o vi colocar na boca, tinha certeza disso. Comi. Mastiguei, mastiguei e mastiguei. Esticava daqui e dali fazendo certa força e aquilo mais se parecia com uma borracha mole de estilingue. 

Ele rachou rindo da minha cara. Foi a primeira vez que eu vi seus dentes brancos e perfeitos. Que sorriso lindo ─ Que foi Comandante Ryan?

─ Isso não se comer, serve para depositar o prato de molho para o pão e não esfria.

Indignado examinei a "massa" a esticando mais algumas vezes entre os meus dedos ─ Seu babaca ─ Ele gargalhava que se ouvia ao longe no refeitório ─

Metido. O Dr. Leonardh sentou-se a mesa, rindo é claro:

─ Rusguinhas, eu sei como é isso, tem tudo para dar...

─ Brigas? ─ Eu completei de cenho fechado ─

Disse o Comandante Ryan fechando o cenho:

─ Gregory me provoca o tempo todo, doutor!

O médico rindo sacolejou a cabeça discordando de nós dois ─ Jovens. O tempo mostrará como não sabem viver um sem o outro. Booom, eu preciso trabalhar, até mais.

O médico loiro levantou pegando uma maçã golpeou-a tornando pegá-la no ar. Arqueou seu tronco dando uma mordida nela, bem na frente do meu rosto. Riu mastigando-a saindo resmungando uma canção de boca cheia pela maçã. 

Não sei o que me deu e comecei a rir do médico.

O sisudo resmungou ─ Vai demorar a lanchar? ─ Calado o olhei negando num gesto de cabeça silencioso ─ Então te aguardo comer, Gregory!

Era estranho, mesmo um cutucando o outro era bom estarmos juntos, sentir o perfume, olhar na carranca, mais que eu vi os dentes dele hoje, eu vi. Lindos perfeitos ─ Eu estou comido.

Ri sozinho, que novidade. Levantamos e fomos para a cabine da Nave D'ele:

─ Comandante Ryan, por que você diz SUA nave?

─ Por que ela, É minha. ─ Me olhou sorrindo ─

─ Não é do governo do seu planeta?

─ Não.

─ Então não gosta de dar carona que disse que não éramos para estarmos na SUA nave?

─ Não é isso, Gregory.

─ É o que então, Ryan?

Ele suspirou incômodo parando de frente a mim ─ Por que tememos pela segurança das realezas, que só viajam aos meus cuidados, isso é um dos milhares de fatores pelos quais ninguém não autorizado viaja na minha nave!

Eu ri zoando ─ Cuidado que vou assaltar eles, até parece que sou ameaça para as realezas.

─ Não é isso, um dia te explico. Sabe ler, Gregory?

Que nojo é claro que eu sabia ler, não dei margem à provocação dele e... Espera ai, ele me disse que um dia me explicava, era por que eu iria para o mundo D'ele?

Era um livro para passar o tempo e ele se ver livre de mim?

Gargalhei pensando e falei o que havia pensado. Língua frouxa a minha. Ele olhou sacolejando a cabeça, injuriado comigo e minhas atitudes ─ Que irritante Gregory. Não você exatamente, seu comportamento infantil. ─ Deu o livro de encontro ao meu estômago ─ Toma e leia-o!

Eu não me continha ─ Não quero lê-lo agora e sabe por quê?

─ Por? ─ Arqueou a sobrancelha olhando e eu me arrepiei, ele mexia demais comigo ─

─ Por que eu estou de férias ─ Ri sozinho por que ele pouco achava graça das coisas. Eu era infantil e ele sério me perguntou se sentando em seu trono real da Nave D'ele 

─ Gregory, você serviu seu governo terráqueo?

─ Você diz exército, marinha ou aeronáutica?

Olhou-me fixo e sisudo ─ É o que tinha em Tera, não era?

Pensei. "Poxa gato, seja suave nas respostas".

─ Só me alistei, iria me apresentar, mas daí...

Abri os braços num gesto que tudo tinha acabado:

─ Entendo. Tinha vontade ou iria por obrigação?

Pensei por alguns bons minutos e ri:

─ Por que a pergunta, vai me dar uma vaga nas suas frotas?

Pela primeira vez eu o vi gargalhar tanto que me fez perder a graça de rir junto. Falei algo errado dessa vez ou era tão pouco provável que eu conseguisse ser das frotas estelares D'eles?

─ Ryan, por que ri tanto, é algo que eu não seja capaz de aprender e me igualar no seu nível?

Aos poucos gemendo segurando o abdômen ele reduziu as risadas, do que a ele se tornou uma piada. Já a mim, me sentia incômodo e ele me respondeu ─ Digamos que quase impossível!

─ Definitivamente vocês se acham os bonzões, não é Co-man-dan-te!

Fechei meu cenho magoado com ele. Folhando o livro que ele me deu para lê-lo. Lendo o índice li um subtítulo interessante "Aprenda a aprender com os Antarianos" ─ Interessante esse item. "Aprenda a aprender com os Antarianos". Você é um desses, Comandante Ryan?

Ele assentiu calado num gesto de cabeça. Eu comecei ler o livro, era interessante. Por vezes o flagrei me olhando, mas, cadê a coragem de perguntar por que ele me olhava estranho?

Tocou uma sirene não muito estridente ─ Não saia daqui e não mexe em nada pelo amor de Deus ou poderemos morrer todos, não se atreva, Gregory, fica ai.

Saiu correndo me deixando ansioso em querer saber o que era a sirene. Creio que nem o Comandante sabia por que do alarme. Fiquei tentando ler, mas estava preocupado. O que poderia estar acontecendo pela sirene. O Comandante saiu correndo em grande velocidade confiando de me deixar ali fazendo de conta eu "pilotar" a não, a navegar a nave D'ele?

Ele'S - Ficção Científica - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora