Danger- Jin

Capítulo 3 - Curativos

Me ajoelhei na sua frente, seus olhos estavam fechados mas as suas mãos tremiam, ele ainda estava vivo. Minhas mãos tocaram seu rosto que estava frio como gelo, seus olhos se abriram, pude ver que ficou assustado com a minha presença. Fez uma tentativa absurda de se levantar, o ajudei a se sentar, suas forças já não estavam mais ali, querendo ou não ele precisava de mim.

Yn.: Jin, a gente precisa sair daqui pra eu poder cuidar de você. Aonde você mora? ~ Ele fica me encarando em silêncio, é tão difícil ver ele assim. 

J.: E o que pretende fazer, me carregar até lá? Se não notou eu sou o dobro do seu tamanho.

Yn.: Apenas fale onde mora!




Depois de muito insistir pra ele me falar pegamos um táxi. Tínhamos sentado cada um em uma janela, mas logo senti seu corpo cedendo sobre mim e já estava preparada para gritar com ele quando vi que ele realmente estava dormindo. 



"Tudo bem, só dessa vez"

Quando chegamos me deparo com um prédio antigo, parecia abandonado não muito bom para se morar. O ajudei a sair do carro, seu braço em meu ombro enquanto ele me guiava para o seu apartamento. 

O apartamento era três vezes maior que a minha casa, na sala tinha uma parede de vidro com a vista para a cidade. Era lindo! O ajudei a deitar no sofá para poder procurar a caixa de primeiros socorros e começar a cuidar de todos os machucados. Encontrei um no banheiro, estava prestes a sair quando reparei na foto colada no espelho. 

Jin usava um terno cinza escuro e, por mais que eu nunca tenha imaginado ver ele assim, a cara amarrada ainda permanecia. Ao seu lado havia um homem que também usava terno, mas...esse homem parecia ser...aquele homem do beco. Os dois tinham praticamente a mesma expressão no rosto, totalmente oposta a mulher abraçada com o que aparenta ser o pai do Jin. Ela estava elegante e com um sorriso enorme enquanto duas menininhas corriam ao redor deles. 

Quando sai do banheiro ele estava deitado, dormindo, não fazia ideia de como eu iria cuidar dele assim. Me sentei no espaço que tinha sobrado, levantei sua blusa, seus machucados não eram tão graves mas o seu abdômen estava coberto por sangue.

Terminei meus curativos ali, agora podia ver cada detalhe do seu abs perfeito, estava cada vez mais difícil de me concentrar. Fui para o seu rosto, sua boca... meu coração estava acelerado. Consegui limpar e fazer um curativo, mas não consegui conter o impulso de passar as mãos pelos lábios macios. 

Quando terminei ele ainda estava dormindo, decidi tirar o que sobrou da blusa dele mas quando estava quase conseguindo ele acordou. 

J.: Não quer conversar comigo mas quer tirar a minha roupa? ~ Mesmo com a boca machucada ele consegue me dar aquele sorriso malicioso.



Eu não sei aonde estava com a cabeça de ajudar ele, de pensar que ele poderia ter um lado que eu não conheço. Me levantei pra guardar as coisas no banheiro e poder ir embora, mas antes que pudesse sair do banheiro ele fica na minha frente. 

Yn.: Precisa de mais alguma coisa de mim?  ~Ele apenas fez que não com a cabeça. O empurrei e sai andando.




Agora em casa eu sabia que precisava esquecer dele e de tudo que era relacionado a ele. Mas parecia que assim só aumentava a frequência de pensamentos e a todo momento eu me pegava imaginando aquele sorriso. Depois de um banho quente decidi me deitar, quem sabe assim eu esqueço.

(...)



Entrei na sala na esperança de ver se ele estava bem, ainda estava preocupada e tinha algumas perguntas pra fazer, mas ele não apareceu. Devia estar com vergonha de estragar a sua reputação de Bulletproof Boy, mostrar aqueles machucados realmente iria fazer isso. Eu só espero que ele esteja melhor agora.