Capítulo 24

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Olá a todos!

Estão a haver imensas revelações neste momento, mas será que já aconteceram todas? Pietro estará mesmo do lado da SIAT? E o que irá fazer Natália agora que está sozinha?

Quatro pontos de vista, quatro destinos, quatro vidas em jogo.

Todos os minutos contam.

Continuação de boa leitura!

Pietro POV

Forço-me a chegar novamente ao de cima da água e deparo-me com três homens que nunca vi na vida a puxarem-me para o chão de azulejos.

Um deles grita qualquer coisa em árabe e dou por mim mais confuso do que estava antes. Ao ver a minha reação, ele fica ainda mais frustrado e pergunta num inglês irregular:

— Onde está ela?

Os outros dois saem a correr em direções opostas, e começo a perceber que isto só pode ser obra do meu pai.

Sem a minha resposta, ele agarra-me brutamente pela camisa e puxa-me para dentro do hotel, ignorando todos os meus protestos.

De seguida guia-me por uma zona reservada aos empregados até que chegamos a um estacionamento onde um carro preto blindado e de vidros fumados nos espera.

Só pelo carro que escolheram, tenho a confirmação de que o meu pai está por trás disto.

O homem volta-me a atirar de uma forma brusca e rude para dentro do veículo e tranca-me na parte de trás, colocando-se no lugar do condutor a seguir.

Os meus pensamentos começam a recair sobre a Natália. O que é que ela queria dizer com ter um gadget? E porque é que fugiu sem me dizer mais nada?

Terá sido ela a armar uma cilada para mim? Não, não acredito que estou a pensar nisto. É impossível ter sido ela. Nem mesmo um assassino mentiria tão bem quanto a sentimentos.

Chegamos a um aeroporto militar, e o homem obriga-me a sair do carro e a segui-lo escoltado por uma arma nas costas. Apesar de estar nervoso, continuo firme e seguro, pois sei que o meu pai nunca daria ordem para me matarem.

Quando vejo o jato privado que o meu pai costuma utilizar para se dirigir aos locais onde realiza os seus negócios, tenho uma nova confirmação de que é ele. Maldito. Nem sei como o posso chamar de pai depois de tudo o que fez.

A viagem de avião dura perto de três horas e meia. No entanto, colocam-me numa poltrona preso com um cinto que me impede de levantar e olhar para a janela, portanto não sei para que país ou cidade me levam.

Após aterrarmos, outros homens a mando do meu pai aparecem e levam-me num jipe até a um edifício numa cidade que percebo ser Bruxelas, na Bélgica.

Quando estacionam, dão-me a indicação de qual a porta a entrar e dizem que será uma péssima ideia tentar fugir. Mesmo estando a tremer por dentro, assinto e respiro fundo enquanto saio do carro.

Se fosse a Natália, neste momento estaria a planear uma fuga meticulosa para sair desta situação. Porém, limito-me a seguir o percurso que me deram enquanto me olham de dentro do carro à espera de qualquer insurgência.

Estamos numa cidade de negócios, logo vários homens de fato e colarinho passam apressados por mim, a maioria deles acompanhado por pastas ou a realizar chamadas telefónicas.

O prédio que me disseram para entrar é alto, muito alto, e está coberto por vidros refletores, que me impedem de ver o que está por dentro.

Mais uma vez, suspiro. É triste, pois é a única coisa que consigo fazer neste momento. Falta-me o espírito da Rendhal.

Implacável: A Assassina InocenteOnde histórias criam vida. Descubra agora